As letras foram cortadas
E eu mal consigo escrever
Minha poesia é como a chuva
Ela cai sob seu corpo e molha sua armadura
Disseram que minhas palavras são como o mar
Duras feito rochas, mas fortes como o ar
Muitos quiseram me seguir
Agora poucos vão me compreender.
Fui perseguido
Empurrado de um penhasco
Por um amor...
Digo
Pela dor
O prazer
E o rancor
É triste dizer tudo isso?
É pior ainda escrever sobre algo que a mente tentou jogar no lixo
E meu coração não correspondeu
Ninguém aqui está sofrendo meu bem
"Está tudo bem"
Quantas vezes você já disse essa frase, mas
Sabemos o sorriso forçado e as lágrimas que escorreram de seu rosto.
Ninguém precisa saber, mas
Eu sei que você tem medo...
Ela disse sussurrando em meu ouvido
Meu corpo tremeu
Aquelas palavras torturavam minha mente.
Eu te vi num outro dia, pelo vidro de um ônibus
Eu tentei gritar pelo seu nome, mas a garganta estava sufocada
Senti uma falta de ar e dores no peito
Hoje eu olho para o espelho e me vejo um alguém que nem conheço
E usando uma tinta vermelha ele escreveu:
Algo dentro de mim se perdeu, mas as memórias jamais serão esquecidas
Está tudo diferente eu queria tanto entender
Risquei meu corpo com letras cruciais
R M S F
Rabisque a memória e siga em frente
Rafael Silva.
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Poesias Góticas
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