Gente eu não vou fazer a versão do Rodrigo nessa história, quero fazer só a versão dela, porque todas as minhas história sempre foram sobre o personagem homem, dessa vez a história vai ser dela, mas hoje vou abrir uma excessão e falar sobre ele, só para vocês entenderem um pouco desse homem, sendo assim não contarei como capítulo essa versão dele, Então vamos lá.
Toda criança sempre teve o sonho de viver em um castelo ou de brincar de rei, mas eu tive a sorte de nascer em um, minha casa é tão grande que é igualada a um castelo, tenho pessoas ao meu dispor o tempo todo, para me trocar, me dá comida, me levar ao colégio e me por para dormir, fora os pais maravilhosos.
Mamãe é uma dona de casa, meu pai um engenheiro bem sucedido, mas após sua aposentadoria ele acabou ficando atoa demais e começou a viver sua vida em cassinos dizendo ser uma forma de distração, como ele começou a se ausentar eu e minha mãe acabamos tendo mais tempo juntos. Mesmo ausente meu pai me dava muita atenção e ensinamentos, resumindo fui criado cercado de muito carinho.
Após minha mãe cobrar atenção do meu pai, ele decidiu que precisava de um emprego novo para ocupar a mente, e teve a brilhante idéia de comprar um cassino, e assim ele começou a refazer a fortuna de nossa família , e a desculpa era que ele não iria para lá pra poder se divertir e sim para trabalhar, eu fui uma única vez em seu cassino, mas definitivamente não faz a minha praia.
Na adolescência sempre fui privilegiado com as meninas pela minha beleza , mas não usava disso para me envolver com várias , eu sempre gostei da Viviane, mas ela parecia gostar do Heitor, o rebelde do colégio. Um certo dia o cupido resolveu vir ao meu favor, e em um hi-fi de despedida do ensino fundamental ela se aproximou de min, e desde então começamos uma amizade, e foi assim até a faculdade, sou formado em gestão financeira, mas isso não vem ao caso agora .
Na nossa formatura acabou acontecendo um beijo , e desde então eu e Viviane chegamos a conclusão de que nosso relacionamento já havia passado de amizade e começamos um namoro, ela foi minha primeira mulher na cama, nós tiramos nossa virgindade e com dois anos de namoro a pedi em noivado, eu com 29 anos e ela com 28 .
Estávamos com planos de nos casar no próximo ano, estávamos apaixonados e queríamos viver nossa vida a dois.
Hoje é meu aniversário, eu faço 30 anos, mas o estranho é não ter ninguém em casa, levanto e o senhor Osvaldo me encontra na sala.
-- Cade todos? ( pergunto)
-- Saíram bem cedinho.
Dou de ombros e vou até a cozinha, mas logo o telefone da sala toca, corro para atender é provável que seja Viviane me parabenizando.
-- Oi. ( atendo esperançoso)
-- Senhor Rodrigo? ( uma voz desconhecida soa ao fundo)
-- Sim, sou eu. ( sinto um calafrio estranho)
-- Aqui é do Hospital LIFEMED, e gostaríamos que você comparecesse aqui.
Sinto meu corpo todo gelar, um sensação ruin e um aperto no peito.
-- Aconteceu algo? ( digo com a voz trêmula)
-- Olha, nós não podemos passar esse tipo de informação por telefone, aguardamos sua presença aqui.
Rapidamente pego a chave do carro e do jeito que estou saio de casa sem nem avisar Osvaldo, chego no hospital em tempo recorder, no balcão já me identifico.
-- Bom dia Sr Rodrigo, o médico responsável pelo plantão já irá falar com você .
Os segundos parecem horas, ando de um lado pro outro, olho no relógio e só se passaram cinco minutos enquanto minha mente entende que se passaram horas , estou aflito .
-- Sr Rodrigo? ( uma voz feminina aparece) me viro e se trata de uma médica que segura um envelope pardo.
-- Sim sou eu. ( digo agitado)
-- Sou a Doutora Mariana Veigas, me acompanha por favor?
Com passos pesados eu vou com ela até uma saleta fria e vazia, as pessoas que passam por min me olham, não sei se por curiosidade ou por ja saber o que está acontecendo.
-- Sente-se. ( ela diz)
-- Olha eu não sei do que se trata, mas peço por gentileza que adiante o assunto.
Ela faz que sim com a cabeça abre uma gaveta e retira de lá algumas sacolas transparente , sem nem pegar eu reconheço a aliança de Viviane em uma das sacolas , logo uma lágrima escorre dos meus olhos, a outra sacola contém o relógio de meu pai.
-- Diz para mim que eles estão bem, que é só procedimento me entregar os pertences .( digo em prantos, algo grave aconteceu eu sei, não precisou de muito para que eu entendesse )
-- Olha, hoje mais cedo, recebemos eles no hospital, foi uma batida brusca de carro na Avenida Central, o motorista que eu presumo ser seu pai perdeu a direção do carro após uma carreta chocar se na traseira de seu carro fazendo com que o mesmo capatasse, a moça e seu pai faleceram na hora, sua mãe chegou com vida ao hospital, mas sofreu uma parada cardíaca forte, e por mais que tivéssemos tentado de tudo para recuperar-la , não foi o suficiente eu sinto muito.
Nesse exato momento as palavras brincavam em minha mente, meus pais e a tal moça é minha noiva, eles estão mortos, de repente tudo começou a se embolar e formar uma enorme confusão, as pessoas que eu mais amo em minha vida estão mortas, e para piorar minha situação trágica a médica me entregou o envelope pardo que ela segurava .
-- O que é isso? ( pergunto aflito)
-- Abra e verá .
Com as mãos trêmulas eu abro, e dentro dele contém dois papéis , o primeiro que eu não entendi direito foi esclarecido logo após eu ler o segundo onde continha a seguinte frase.
" Parabéns papai, eu mamãe e meus avós te amamos muito " .
E assim foi declarado o pior dia da minha vida, o dia em que eu mudei eu me transformei, o dia que eu me revoltei e desacreditei de todas as coisas boas que eu vivi, eu tinha a felicidade em mãos, mas me foi arrancada de forma bruta e cruel, eu não acredito mais no amor, não tenho motivos para acreditar.
O velório e enterro foram na mesma capela e cemitério, e esse foi o último dia que eu me permiti chorar e mostrar emoções, nesse dia eu não enterrei somente meus pais minha noiva e meu bebê , eu enterrei também o meu coração.
Após a morte muitas coisas vieram a tona, eu tomei muitas decisões, e uma delas foi que eu viveria de luto eterno, joguei fora todas as minhas roupas de cor, e abasteci o guarda-roupa com roupas pretas, desde ternos gravatas a meias e cuecas, a casa que tinha a aparência de castelo do bem, agora parece um castelo de filme de terror , eu também abandonei meu emprego e comecei a comandar o cassino do meu pai, lugar que eu declarei que jamais pisaria novamente, e hoje eu não comando só um , são vários espalhados pelo país.
Hoje me apresento a vocês , sou Rodrigo Bittencourt, um empresário de sucesso, um grande magnata que ganha dinheiro em cima do vício das pessoas, um homem frio, calculista, não adepto a demonstrações de sentimentos, um cara de poucas palavras, que impõe respeito e medo onde passa.
Antes de viajar para o Espírito Santo deixei avisado a Georgia minha governanta que eu precisava de uma diarista e futuramente alguém que ajudasse Vera na cozinha já que a mesma está ficando cansada, cozinha maravilhosamente bem, mas a idade já está lhe privando de algumas coisas uma delas é a agilidade, e deixei claro que quando eu voltasse queria a diarista contratada e uma lista de possíveis ajudantes de cozinha.
Recebo um e-mail de Geórgia dizendo que arrumou alguém para ajudar Vera, não me agradou muito porque o combinado era primeiro a diarista e depois a ajudante comigo, sou exigente quanto a alimentação e gostaria de escolher a pessoa certa.
Sendo assim decido ir embora de surpresa para poder ver o que estão fazendo em minha ausência, e quando chego em minha cozinha me deparo com um emaranhado de cabelos ruivos dançando, e se não estou maluco, vejo até Vera mexendo o corpo ao som de uma música insuportavelmente alta e irritante, sem querer presenciar mais dessa baderna que virou minha cozinha eu digo irritadíssimo:
-- O que está acontecendo aqui? Desde quando minha cozinha virou uma baderna?
E então a menina se vira para mim, nossos olhares se cruzam e depois de anos senti de novo aquele frio na barriga que só senti quando adolescente Viviane sentou perto de min naquele hi-fi, aproveito a oportunidade para lhe dá uma breve reparada, é linda, branca como algodão, bem magrinha, e seu charme é completo devido as suas sardas que compõe todo seu corpo, mas minha avaliação é interrompida por Geórgia.
-- Senhor Bittencourt, voltou sem avisar. ( que fala aparentemente nervosa).
-- As vezes é necessário, porque assim vejo o que de real acontece em minha casa quando não estou .( falo ainda olhando para a garota que também me encara fazendo meu corpo ter reações que me assustam).
-- Essa é Ana Clara, nova ajudante de Vera. ( ela é uma criança como pode ser ajudante?) mandarei ela embora hoje, não quero uma garotinha em minha cozinha e também não estou confortável com as sensações sentidas.
-- Essa garota é uma criança! ( bufo )
-- Ei perae, não sou uma criança, só porque tenho idade para ser sua filha não significa que eu seja uma menininha( ela fala bastante irritada) franzo a testa e encaro ela, abusada, boca nervosa, autêntica.
-- Georgia, meu escritório por favor.( é a única coisa que consigo falar)
Já em meu escritório desconto a raiva em Georgia.
-- Que merda é essa que está fazendo ?
-- O que Senhor Rodrigo?
-- Contratar uma criança, está ficando maluca?
-- Acredite eu também achei que fosse, mas a menina tem 19 anos, é esforçada, cozinha muito bem e precisa do emprego, dê uma chance.
Penso e repenso, eu nunca dou segunda chance a ninguém, a vida não me deu, então também não darei , mas vou abrir uma excessão, apesar de me enfrentar e eu odiar que meus funcionários me desrepeitem, eu vou deixar com que ela fique, será divertido, e eu preciso de diversão .
-- OK, uma semana de experiência, mas não avise a ela que estará sendo visada, quero que ela me surpreenda.
E foi isso que aconteceu, desde então ela me surpreendeu com sua culinária deliciosa, com sua audácia, com suas respostas sempre prontas todas as vezes que eu a confrontava, dizendo que o almoço está ruin, ou o café amargo, ela sempre me desafiando me respondendo sem ter medo das consequências, me deixou zonzo também com sua beleza, e sua inocência de menina, a mesma que eu tinha na sua idade, a mesma que Viviane tinha, o mesmo brilho no olhar de quando Viviane me olhava, Ana Clara, o nome que está revirando meus dias, e me trazendo uma confusão mental , eu preciso ficar longe dela, sua pureza não pode ser intoxicada por minha merda de vida, mas existe algo feito um imã que me liga até ela, e eu não sei explicar, é errado, como ela mesma disse, tenho idade para ser pai dela, preciso me afastar, mas fiz o contrário, foi inevitável vê-la tão sexy com as bochechas rosadas os cabelos molhados vestindo minha blusa, eu confesso que tentei resistir, mas foi mais forte do que eu, e acabei transando com essa menina mulher , e hoje estou trancafiado dentro de casa, mentindo para ela que estou viajando. Eu Preciso de um tempo afastado, eu preciso repor meus pensamentos, me organizar, eu não posso me envolver com ela, certamente ela espera vivenciar um relacionamento normal algum dia, e eu não posso estragar sua vida com o meu jeito de viver, eu não faço nada mais em minha vida por amor, eu apenas sugo o prazer das mulheres para min e depois que se foda, mas ela não, eu não posso fazer isso com ela , e a única maneira de evitar que eu use do seu corpo, usufrua dela é mantendo ela longe, pelo menos até eu recuperar a minha sanidade que perdi naquela noite em que ela desmanchou-se em meu pau.
Tenho inúmeros motivos para me afastar mas o principal é que ela é muito nova, tem coisas boas para viver, não é justo eu estragar a vida dela, apesar de sua boquinha nervosa, ela é inocente, e merece conhecer um homem que apresente não só o prazer da vida sexual a ela, e sim o amor que um dia eu vivenciei por pouco tempo, mas vivi.
Hoje é Sexta-feira preciso sair e ir ao cassino, hoje é noite de lucro alto e de me divertir com qualquer mulher da noite.
Visto minha roupagem negra e saio de casa , depois de algumas verificações concluo que está tudo em ordem no cassino, ascendo meu charuto e sento-me no meu canto onde eu vejo tudo e ninguém me vê , mas algo de novidade parece acontecer, pois vejo os homens agitados olhando para o bar, me levanto para saber do que se trata, e quase morro do coração com o que vejo , vestida com um sobretudo preto, um batom vermelho fogo nos lábios, uma meia que me dá o que pensar , salto alto e o cabelo solto com enormes cachos ela acaba de mandar embora todo o controle que eu havia conseguido nesses três dias sem vê-la, e ao me ver ela direciona um olhar totalmente sexy e diferente do que tem, joga seus cabelos pro lado fazendo com que eles caem em cascata sobre seu fino rosto, essa em minha direção não é a menina que eu conheci a um mês atrás, é uma mulher sensual com todas as armas para deixar qualquer homem de joelhos aos seus pés, estou intacto parado observando ela vindo em minha direção com um andar sexy que me deixa perdido em imaginação, ao se aproximar ela sussura..
-- Então quer dizer que o homem durão qual eu conheci precisou inventar uma viagem para evitar a menininha que vós fala? Sinto muito em te dizer que além de eu ter descoberto sua mentirinha, aqui é um lugar no qual você não pode me evitar.
Sem me dá o direito de resposta, ela se vira e vai até o bar pede algo ao garçom senta em um banco alto que faz com que seu sobretudo levante mostrando a barra de sua meia e um pedaço de fita que eu suponho ser de sua cinta liga, pego meu celular e LIGO para o segurança que tirou ela daqui da outra vez.
-- Mais que merda de serviço é esse que você me presta? Eu avisei que não era para deixar ela entrar aqui nunca mais, não avisei?!
-- Mas como eu iria saber que era ela? Ela está diferente, parece outra pessoa.
-- Feche essa merda mande todos embora agora menos ela se preciso carregue esses viciados no colo como fez com ela, mas esvazie esse cassino e depois vá embora também, quero apenas ela aqui.
Desligo o celular e vou para minha saleta escura, ela quer jogar não é mesmo? Então vamos jogar!
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Escrava do Desejo
RomanceMinha vida é comum no mundo onde vivemos, assim que nasci tive pouco contato com meus pais, segundo minha amada vó materna, eles disseram ser muito novos para criar um filho, disseram que iriam atrás de seus sonhos e voltariam, pois bem tenho...