Capítulo 19

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Meninas estou repostando o capítulo de HOJE,  porque  muitas disseram que não está aparecendo,  sendo assim esse é o CAPÍTULO 19 COM NADA DIFERENTE,  APENAS REPOSTANDO..

Capítulo 19

Estou trancado hoje o dia inteiro em meu escritório averiguando as papeladas dos cassinos, analisando o percentual de lucros e dispesas junto com Sheila que trabalha na administração de lá,  como eu desconfiava os livros daqui estão todos corretos além de honesta ela sabe o que faz,  mas terei que viajar essa semana para São Paulo,  algo lá não está certo,  preciso saber de perto.  Para finalizar essa reunião de negócios peço para que Vera nos traga um vinho,  e mais a noite vou buscar Ana Clara para dormir aqui comigo,  fazem dois dias que não a vejo e durante todos esses anos de merda e solidão ela tem sido a minha melhor distração.
Sheila apesar de fazer um trabalho impecável ela tem apenas um defeito,  ela se joga para cima de mim descaradamente e eu sempre me desvencilho,  não que ela não seja uma mulher atraente, porque ela é,  e além de ser inteligente é visivelmente bonita e comivel,  mas não misturo serviço com sexo,  aliás não misturava até uma certa garota aparecer  e fazer com que eu Burle algumas regras que eu prescrevi para minha vida .
Encostada em minha mesa Sheila me encara com a taça proxima aos lábios enquanto eu estou sentado no braço do meu sofá  fingindo está inerte aos seus sinais  .
-- Sabe Sr Bittencourt,  durante todos esses anos que eu o conheço eu nunca o vi com ninguém  .. (Ela diz se aproximando) 
-- Talvez porque eu não tenha a intensão, ou talvez porque minha vida pessoal seja restrita só a min. ( digo curto e grosso para evitar que o assunto se prolongue) 
-- E sabe o que mais me deixa curiosa ? É esse mistério que você exala.. ( ela diz esticando um braço e tocando em minha pele ) seguro em seu pulso e nesse exato momento um emaranhado de cabelos ruivos e pele clara entra em meu escritório , seu rosto trazia um sorriso mas logo foi substituído por uma boca aberta e pupilas dilatadas.
-- Oi, não sabia que tinha visita,  desculpa atrapalhar.  ( ela fala e sai logo em seguida)  .
-- Merda!!  ( praguejo) Sheila me olha com um olhar presunçoso como se tivesse descoberto o tesouro de um pirata e diz :
-- Talvez agora não seja tão restrito mais!
Enfurecido pela situação,  e por ver a alegria dela em saber algo que eu sempre privei digo :
-- Para deixar bem claro,  independente de qualquer coisa, entre nós dois não rolaria nada do que você esteja imaginando nessa sua mente insana,  e se agora me der licença tenho outras coisas para serem resolvidas,  fique a vontade para sair quando quiser.
Deixo ela sozinha em meu escritório e vou atrás de Ana Clara,  ela viu uma situação ruin e vai deduzir da pior forma possível,  e eu devo uma satisfação para ela, desde que eu firmei um acordo com ela e ela disse sim. Pego meu carro tiro da garagem e  como eu deduzi a encontro no ponto de ônibus,  paro o carro abaixo o vidro e digo em tom de ordem:
-- Entre!
Como uma menina madura ela não faz cena e entra no carro.
-- Ana Clara.. ( começo a falar)  mas ela faz algo que eu detesto,  me interrompe e começa a falar.
-- Rodrigo,  não se explique,  eu confio em  você e prefiro pensar que  nada ocorreu ali,  já que você já tinha me avisado que vocês trabalham juntos deduzi que tenha sido um encontro profissional.
Essa mulher me deixa sem reação,  é sempre imprevisível,  quando acho que ela vai explodir ela me dá um tapa de luvas fazendo com que eu me sinta estranho, e  sem ter muito o que dizer eu pergunto.
-- Você está bem? ( sem me olhar ela responde)
-- Sim.
Mas pela sua reação e seu jeito eu vejo que algo está incomodando, ou ela mentiu sobre não sentir nada ao ver aquela cena,  ou tem algo a mais nisso.
-- Tem certeza?  Você parece está incomodada com algo.  (Insisto)
Ela me olha pela primeira vez e então com toda sinceridade que ela passa em seu olhar diz :
-- Precisamos conversar. ( o seu tom mexeu comigo)  o que será que ela quer conversar? 
-- Quer ir para um lugar mais reservado para isso? ( pergunto vendo que se trata de algo sério)
-- Sim..  Menos minha casa porque minha prima já chegou. ( ela diz)
-- Vamos para minha casa?  ( dou a sugestão)
-- Não,  Verinha está lá  e eu tive que driblar ela para entrar sem que me veja. ( ela fala feito a moleca que é)
-- Você entrou escondida? ( sorrio incrédulo)
-- Sim,  feito uma ladra.. ( ela dá um sorriso travesso)  ah esse sorriso aquece meu corpo de uma forma surreal.
-- Já sei para onde podemos ir. ( digo tendo uma idéia em mente) 
Acelero o carro e sigo a minha rota,  ao chegarmos próximos ela logo se toca de onde estamos indo..
-- Motel Rodrigo?  ( ela diz surpresa)
-- Sim,  um motel Ana Clara. ( falo com naturalidade)
-- Eu nunca fui em um. ( ela diz tímida)
-- Não?  Me sinto privilegiado em ser o primeiro.   ( e me sinto mesmo )
-- Mas como e onde você e seu ex namorado transavam?  ( pergunto curioso)  .
Ela me olha e fica visivelmente tímida,  mas responde.
-- Nós não tínhamos um relacionamento sexual ativo,  mas faziamos isso na casa dele,  ele ficava a maior parte do dia sozinho  e então..  ( antes dela terminar de dizer eu encerro assunto , é algo que me deixa incomodado, saber que ela transava antes de min) 
-- Já entendi.. Chega. ( digo)..
-- Ué,  mas você que perguntou.   ( ela dá de ombros) 
É todo esse conjunto de Ana Clara que me faz cada dia querer ela mais próxima,  ela tem um atrevimento fantástico, mas as vezes sua inocência para entender certos tipos de coisas é contagiante, as vezes me sinto um professor ensinando coisas erradas para uma aluna , prazerosas mas erradas . Estaciono o carro na garagem do motel e já tenho vontade de avançar nela aqui mesmo , só de imaginar um cômodo fechado com uma cama e ela junto meu corpo já entende que é sinal de sexo e meu pau começa a implorar por libertação,  mas não o farei isso agora primeiro preciso saber o que ela tanto tem para conversar também apreciar sua inocência e sua curiosidade em conhecer um motel.  Passo por ela e seu cheiro maravilhoso adentra em minhas narinas fazendo com que eu tenha vontade de chegar mais perto , abro a porta acendo a luz e ela fica feito uma criança reparando tudo,  fecho a porta e fico observando e digo:
-- Viu?  Nada que não tenha dentro de uma casa,  um quarto banheiro e cama .
Ela sorri para mim,  e depois que acaba de fazer sua observação mental sobre o local ela  se senta na cama e diz:
-- Sente-se aqui comigo.

Escrava do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora