CAP 01

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Cap 01

Sabe quando você tem sonhos,  mas não  tem grana?  É meu caso,  meu sonho é cursar psicologia,  mas para isso preciso de dinheiro.
E eu fui atrás  dos meu sonhos e foi assim que tudo começou .

Estava olhando o classificado do jornal até vê um anúncio que se encaixava nos meus horários.
Procuro auxiliar de limpeza,  Horário Segunda a Sexta - de 07 as 18 horas,  sábado o dia inteiro , Domingo Folga.
Eu sou uma menina de 19 anos,  começando a vida,  o emprego me privaria de viver muitas coisas, mas preciso me formar e sei que vai valer a pena o esforço.
Pulo do sofá,  tomo um banho,  visto uma calça jeans, uma blusa  de manga comprida e tênis,  anoto o endereço e vou até o local,  que fica um pouco longe de onde moro.
Salto do ônibus  e caminho um pouco até lá,  paro em frente a uma enorme mansão e não acredito que seja ali , verifico mais uma vez o papel e sim,  é  aqui.
Toco a campanhia e em alguns minutos,  um senhor uniformizado me atende.
-- Bom dia moça..
-- Bom dia Senhor,  me chamo Ana Clara,  e vim para  a entrevista  ..
-- De auxiliar?  Tem  certeza? (Ele me olha encabulado)
-- Ora,  certeza absoluta .
-- Tudo bem,  entre.
Entro reparando tudo,  a casa é  enorme e toda luxuosa com uma decoração antiga,  mas existe um silêncio mortal nesse lugar,  algo que me incomoda, e eu adoro música e muito barulho, não sei como vivem nesse silêncio medonho.
-- A Senhora Geórgia irá recebê-la.
-- Obrigada. ( essa deve ser a dona da casa) penso comigo.
Fico numa imensa sala a observar tudo,  observo quadros que devem pagar minha faculdade de tão  caros,  e vejo uma rack cheia de fotos,  me aproximo para ver,  mas sou interrompida por uma voz firme.
-- Bom dia. ( ela fala)
-- Bom dia ( me viro sorrindo)  enquanto ela me encara com cara de desdenho.
-- Sou Geórgia,  a governanta da casa.
-- Prazer, sou Ana Clara. ( falo sorrindo)  mas ela se mantém séria.
-- Você sabe que isso é uma entrevista para auxiliar de limpeza, está no lugar certo? ( ela me repara dos pés a cabeça)
-- Claro que sei,   não sou tão inocente quanto pareço,  eu preciso fazer faculdade e preciso  de um emprego para pagar a mesma,  e foi por isso que eu vim aqui. ( falo encarando ela)  moro com minha vó,  meus pais nunca se importaram comigo,  não sei nem quem são, sempre batalhei pelos meus sonhos,  e nunca abaixei a cabeça para ninguém .
-- Por curiosidade,  quantos anos você tem? ( ela fala com o dedo apontado para min).
-- Tenho 19 anos senhora, nunca tive mordomia,  muito menos moleza..
-- Olha,  como eu havia dito eu sou a governanta da casa, nosso patrão está viajando a negócios,  eu gostei da sua digamos que ousadia  e atitude,  mas o serviço braçal será pesado, cozinhar você sabe? ( ela pergunta)
-- Oxi,  claro que sei,  sei inúmeras receitas gostosas e bolos maravilhosos.
-- Ótimo,  te deixarei na cozinha ajudando a Vera,  se conseguir se sair bem,  ficará lá com ela, caso contrário rua,  lembrando que o Sr Bittencourt é bem exigente,  sua data prevista de retorno é  daqui a 21 dias,  você terá quinze dias de experiência ,  eu irei avaliar, se for bem sucedida ótimo,  se não irei dispensá-la antes que ele retorne.
-- Eu juro que você não irá se arrepender.  ( falo empolgada)
-- Ok pequena garota,  amanhã as 07 horas em ponto te aguardo aqui .

Vou para a casa empolgada para dá a notícia a minha vó sobre eu conseguir o emprego, de começo ela não acha muito adequado já que passarei muito tempo lá, mas me apoia pela força de vontade de ir atrás dos meus sonhos.
Durmo feito uma pilha de nervos e ansiedade preciso que tudo dê certo no primeiro dia .
05:30 da manhã já estou de pé tomo um banho, visto uma calça legging uma bata comprida uma sapatilha e um rabo de cavalo, as 06 horas saio de casa me dando 15 minutos de adiantamento no serviço.
-- Bom dia menina, você voltou.( fala o rapaz uniformizado que eu suponho ser o mordomo)
-- E porque não voltaria, oxi estou disposta!( falo firme). Vejo ele dando um sorriso .
-- Entre, já estão a sua espera.
Entro na casa e mais uma vez continuo a observar tudo, parece um castelo de tão grande .
-- Bom dia Maria Clara, confesso que achei que iria desistir .
-- Bom dia, eu sou osso ruin de roer, não desisto fácil das coisas.
-- Ótimo, venha até meu escritório que vou te apresentar seu salário se você ficar, e lhe dá um uniforme provisório .
Pego o contrato e leio , o salário é absurdamente grande para mim, vai dar para pagar a faculdade e ajudar minha vó em casa, preciso fazer valer a pena .
-- De acordo ? ( ela pergunta depois de um tempo)
-- Claro que sim, nunca vi tanto dinheiro na vida . (Digo empolgada ) ela sorri com sarcasmo..
-- Vá se trocar que Vera a espera na cozinha .
Vou a um banheiro que é do tamanho do meu quarto, um espelho enorme e a banheira cabe no mínimo duas de mim, é tudo tão ostensivo, que dá até medo de tocar .
Coloco uma calça e uma blusa branca que fica igual um vestido, o uniforme é claramente bem maior do que eu que tenho apenas 1.65 metro, mas ta bom será provisório .
Já na cozinha sou apresentada a Vera, uma senhora um pouco mais nova que minha vó, já peguei um carinho por ela .
-- Tão menina, você deveria está buscando sonhos e não presa nessa cozinha .( ela diz assim que a Sra Geórgia Se vai )
-- E eu estou buscando meus sonhos, por isso estou aqui, preciso do dinheiro para minha faculdade e também para ajudar minha avó .
Ela sorri e as rugas de expressão aparecem no canto dos seus olhos .
-- Então vamos lá, o almoço de hoje será pato ao molho de laranja, vou te ensinar como se faz,  é um dos pratos preferidos do Sr Bittencourt, ele é bem exigente na alimentação.
-- Com laranja ? Minha vó faz um com macarrão que é de cair o queixo de tão gostoso .
Novamente ela sorri..
-- Vamos começar com o tempero.
E assim foi nosso primeiro dia, almoço pronto sem nenhum elogio mas também sem nada contra, segundo dia fiz uma broa com queijo para tomar café, e a Sra Geórgia provou, porém mais uma vez não disse nada, mas sei que gostou, pois comeu dois pedaços, o Sr  Otávio o mordomo também gostou .
-- A última vez que comi uma broa gostosa assim , foi na minha época de menino, feito pela minha avó.
-- Sim ela tem gostinho de avó, a receita é da minha .
A cozinha é um dos meus lugares preferidos, sempre gostei de cozinhar, miha vó  trabalhou durante muito tempo e eu tinha que me virar para comer, e foi então  que começei a aprender a conzinhar e ter gosto por isso, sei muitas receitas, não tão sofisiticadas, mas muito boas, creio que me darei bem aqui .
Com uma semana de experiência fiz uma rabada para eles, no começo dona Vera disse que eu era doida de arriscar, Sra Geórgia me julgou , mas quando provou ficou até com a boca suja de gordura de tanto que comeu, e no final do expediente me chamou para que eu assinasse o contrato que consiste em três meses de experiência, caso de tudo certo, renovaram o mesmo .
Estou radiante,  como estamos no mês de outubro eu só entrarei na faculdade ano que vem,  tempo suficiente para juntar um dinheirinho e dá de entrada .
Faltando dois dias para o tão temido patrão chegar,  resolvo tirar algumas dúvidas com Vera,  que já é minha amiga íntima aqui,  na verdade ela e sr Otávio são pessoas incriveis,  dona Geórgia saiu para comprar os mimos do patrão, e apesar do seu jeito rígido moldado para agradar o senhor ranzinza,  ela já  mudou muito seu jeito comigo, e parece gostar  do meu serviço,  agora estamos nós três na cozinha tomando um suco , aproveito para perguntar.
-- Qual o nome do nosso patrão?!  ( acreditem só ouço as pessoas chamarem ele por Sr Bittencourt)
-- Rodrigo,  mas um aviso,  não o chame de Rodrigo,  ele não gosta,  na verdade só se direcione a ele o necessário,  ele é uma pessoa calada,  fria e bastante ignorante,  então se queres mater o emprego,  seja discreta. ( Dona Vera fala).
-- Nossa falando assim parece que ele é um monstro. ( falo).
-- Não,  um monstro não,  mas chega perto.
-- Ele não é casado? 
-- Não, na verdade se ele tem mulher nós não sabemos,  pois ele nunca trouxe uma para sua casa, muito menos fala de sua vida pessoal .
-- Entendi,  um velho rabugento. ( falo dando de ombros. )
Dona Vera sorri e diz:
-- Você irá se surpreender,  mas por favor não se afobe seja discreta prestativa e educada.
-- Ok..  Eu o farei.
Depois dessas declarações criei uma certa ansiedade para conhecer essa tal pessoa, no mínimo alguém armagurado,  porque pela casa se vê que é um alguém com muito dinheiro,  mas a decoração é chocha demais.
No dia anterior a sua vinda,  Geórgia avisou que ele teve problemas e sendo assim só vira mês que vem, ótimo, assim ganho mais experiência .
Os dias foram passando é até Sra Geórgia consegui conquistar,  essa é mais firme,  mais rígida,  mas consegui amolecer seu coração .
Meu uniforme chegou,  a calça é como a provisória,  porem a blusa é uma batinha branca com detalhes rosas,  bem meiguinha,  e agora está certo.
Um mês se passou,  e eu já aprendi fazer até alguns pratos franceses,  aprendi a selecionar vinhos que combinam,  confesso que quando estou em casa,  pesquiso sobre essas combinações , hoje Georgia entrevistou uma mulher para auxílio geral, segundo ela não vai ser necessário a moça vir todos os dias,  apenas três vezes por semana.
Hoje na cozinha o prato é macarrão a molho pesto,  enquanto cozinhamos ligo a play list de meu celular  , sou eclética gosto de tudo um pouco,  mas nessa hora está tocando Justin Bieber - Sorry,  estou com um macarrão pendurado na boca fazendo graça enquanto danço,  Verinha corta a cebola e dá até uma mexida no bumbum, estou em êxtase com a música,  pego a colher de pau e me empolgo quando ele canta sorry me sinto a cantora e digo..
-- SORRY!  ( aquele bem esticado e alto no rítmo da música, até escutar uma voz ecoar na cozinha uma voz grossa firme e fria,  eu que estava de costas sem ver do que se tratava senti meu corpo arrepiar,  é uma voz mascula , porém uma voz que passa medo)
-- O que está acontecendo aqui?  Desde quando minha cozinha virou uma baderna?
Discretamente coloco a colher de pau na bancada que até então era meu microfone, e lentamente viro meu corpo,  ai meu Deus o velhote chegou sem avisar,  mas quando meus olhos encontram com o dele,  eu perco até o ar,  além do seu olhar penetrante que irradia raiva,  ele tem uma beleza descomunal,  fora que ele deve ter no máximo seus 38 anos,  eu juro que idealizei ele um velhote barrigudo com seus 60 anos,  ual,  sinto minha testa soar,  ele é o homem mais lindo que já vi na vida,  ele me encara de testa franzida,  claro que não gostou do que viu aqui. E a música ecoa novamente em minha mente " sorry" era o que eu queria dizer,  um leve sorriso brota em meus lábios,  mas logo se esconde quando percebo que ele continua a me encarar sério.
-- Senhor Bittencourt,  voltou sem avisar. ( Geórgia fala aparentemente nervosa).
-- As vezes é necessário, porque assim vejo o que de real acontece em minha casa quando não estou .( ele fala ainda me encarando).
-- Essa é Ana Clara,  nova ajudante de Vera. ( ela fala percebendo o olhar dele para min) 
-- Essa garota é uma criança! ( ele bufa)
-- Ei perae,  não sou uma criança,  só porque tenho idade para ser sua filha não significa que eu seja uma menininha( falo irritada. Odeio ser tratada como uma garota) todos me olham assustados inclusive ele,  que desvia o olhar de min pela primeira vez desde que chegou e fala para Geórgia .
-- Georgia,  meu escritório por favor.
Antes de sair Geórgia me olha com uma cara ruin,  ai meu Deus será que falei demais?
-- Menina,  desligue  esse celular, e continue a fazer o almoço,  e capriche,  pois depois do ocorrido o humor dele deve ter ido de mal a pior. ( Verinha fala)  .
Minha mente só  consegue ter o vislumbre de seus olhos encarando os meus,  estou em choque,  imaginei um velhote,  e o que me aparece  é um belo homem , é normal ficar meia deslocada,  mas eu preciso recuperar  a razão e focar no que é realmente importante,  o almoço  de hoje! 
-- Clara,  controle-se,  por pouco você não foi mandada embora. ( Georgia sussurra na cozinha ).
-- Ah fala serio por causa da música? ( falo pegando um vinho ) ..
-- Mais pela sua resposta do que pela música  .( Ela fala )
-- Desculpe, prometo me controlar.
-- Espero que sim,  eu facilitei para você  esse emprego porque gostei de ti,  você trabalha relativamente pouco,  e recebe o triplo do que qualquer outro lugar te pagaria apenas para cozinhar,  então faça  por onde,  se quiseres ser uma psicóloga um dia,  regue bem sua plantação aqui,  para mais tarde colher seus bons frutos. ( ela me aconselha e apesar  de não gostar muito de quando conseguem me calar,  eu concordo e sei que é para meu bem)
-- Sim.  Você  está  certa. ( pronto me murchou)  eu era um balão  de gás hélio e agora pareço um maracujá de gaveta!   
Sirvo o almoço séria,  fora da minha psotura normal,  sinto seus olhos me queimando,  coloco a tigela com o macarrão , o pote com o molho pesto,  o vinho já  está a mesa junto com o prato e talhares,  saio da sala de almoço,  mas sua voz me faz parar.
-- Me sirva por favor. ( ele fala firme) 
-- Eu posso fazer isso Senhor. ( Geórgia diz)
-- Geórgia, eu não solicitei você para nada,  e acho que fui bem claro. ( ele fala um pouco rude)
-- Ok . me perdoa. ( ela sempre sendo obediente)
Fecho a cara ao ver esse comportamento  , a ignorância  dele e o respeito  demasiado grande dela.  Isso não funciona comigo,  até porque se ele fala dessa forma comigo eu taco o macarrão  e o pesto bem no meio da fuça dele.
Volto para a mesa e primeiramente sirvo sua taça  de vinho  para que ele prove , coloco apenas um pouco,  o suficiente para uma degustação , me afasto e aguardo que ele fale algo.
Ele beberica,  joga o líquido para um lado e para o outro em sua boca,  seus olhos estão fechados,  e seu rosto transmite total apreciação,  dou um suspiro aliviada , e enquanto ele permanece com os olhos fechados reparo seu belo rosto,  ele exala beleza por todos seus poros.
-- Onde você viu que esse vinho com massa combina?  ( ele pergunta  sério)
-- Eu pesquisei na internet.. ( digo firme.)
-- Pois bem a internet nem sempre é leal com as informações que fornece!  ( ele fala ríspido)
-- Você está querendo dizer que o vinho não combina? ( pergunto)
-- Combinar combina,  mas não me agrada,  então da próxima vez procure mais de um,  para quando  eu não ne agradar de um você poder me oferecer uma segunda opção .( a forma que ele fala faz meu sangue ferver,  eu sou empregada dele sim,  mas não  uma escrava)..
-- Olha aqui,  deixa eu te informar algo sobre ..( falo  com o dedo apontado para ele)  ele fita meu dedo e depois me encara,  com uma cara de que diz " adoro desafios,  tente a sorte" , mas então me lembrei que se eu for demitida hoje,  amanhã  mesmo ele tem outra pessoa, já  eu amanhã não terei outro emprego,  então engulo minhas palavras,  coloco um sorriso forçado no rosto e digo.
-- Ok você está correto,  anotarei a dica,  posso servir sua refeição agora? ( falo com um pouco  de sarcasmo) 
-- Bom,  caso a Georgia tenha sido falha em relação a algumas exigências minha,  vou lhe esclarecer,  o termo " você " só  se é  aplicado a minha pessoa quando a mesma que se dirige assim tem total liberdade e intimidade comigo,  que não  é  o seu caso,  sendo assim por favor Senhor Bittencourt,  caso não  goste ou não  eateja satisfeita,  da mesma forma que  entrou, poderá sair. Agora por favor me sirva. ( ele fala de uma forma arrogante)  mas dessa vez não,  não  consegui mesmo me calar, enquanto sirvo seu prato vou lhe dizendo.
-- Olha Senhor Bittencourt ( falo dando ênfase a letra R) , concordo que lhe devo sim um respeito devido ao senhor ser meu patrão , mas não  pense que me comportarei de forma ofensiva e submissa como a dona Georgia se presta a você,  estou aqui para lhe servir e sim sei de suas exigências,  e as seguirei,  mas não  pense que abaixarei a cabeça para você sempre que for arrogante porque não vou. Da mesma forma  que entri com certeza posso sair , ou entramos num contexto bom para nós,  ou então aguardo seu alvará para que Dona Georgia me demita.. ( acabo de falar e o encaro) . Ele me olha com aquele olhar frio gélido e diz:
-- Pode se retirar , qualquer coisa eu torno a chamar. ( ele fala sem sentimentos )
Saio dalí com o coração saltando na boca,  as mãos suando,  bebo um copo de água gelado enquanto Verinha que ouviu tudo pela parede diz:
-- Muleca você é maluca,  como afronta o homem assim? 
-- Simples , ele é  meu patrão,  não  meu dono,  não preciso abaixar a cabeça sempre.
Ela me olha e volta a comer..
Eu perdi a fome completamente pego um copo de suco e vou até o jardim que fica na parte  de trás  do quintal e começo a pensar,  na verdade a sonhar com minha futura vida,  sei que não vai ser fácil,  meu problema acabou de se apresentar hoje para min,  e quando digo problema não  é só pela sua arrogância frieza e indiferença,  mas sim pela sua beleza mística , digo mística porque ele é  lindo,  mas esconde um mistério tão grande em seu olhar,  eu consigo ver e sentir.

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