Capitulo 03

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CAP 03

Vou até a varanda e encontro Osvaldo..
-- Oi.. ( digo)
-- Precisa de alguma coisa?
-- Não,  aliás na verdade só uma pergunta..
-- Pode fazer..
-- Você dorme aqui?  Aliás hoje você dormirá aqui?
-- Não,  eu tenho uma família,  na qual sempre retorno ao sair daqui.
-- Ah sim.. ( falo meia constrangida)
-- Porque?  Algum problema? 
-- Não  não..
-- Fique tranquila , ele tem esse jeito esquisito,  mas não  é  estuprador,  ele não irá invadir seu quarto.
-- Sabe que não pensei nisso.
-- Sei sim,  mas só para consolar você.
-- Você o conhece a muito tempo ? ( aproveito a oportunidade )
-- Sim,  desde adolescente,  eu era mordomo de seus pais.
-- E o que aconteceu com eles?
-- Olha eu não deveria lhe passar essas informações,  mas eles morreram num acidente junto com a noiva dele,  e é só isso que tenho a te dizer.
Ai meu Deus,  abro a boca e fecho novamente..
-- Não ouse comentar nada , ele não gosta do assunto,  e não reage bem quando se fala sobre.
-- Por isso ele só usa preto? 
-- Sim,  agora vá menina,  antes que ele venha te procurar.
Volto para a cozinha cheia de pensamentos,  caraca deve ter sido difícil para ele,  eu não me imagino numa situação dessa.
-- Ana Clara. ( ele fala) e mais uma vez eu tomo um grande susto.
-- Sim Senhor. ( e estava tão nervosa que o chamei de senhor sem perceber.) ele me olha estranho,  talvez por eu ter chamado ele de senhor,  normalmente isso não acontece,  na verdade nunca aconteceu.
-- Pode servir as entradas.
-- Ok.
Vou até a saleta de jantar e sirvo os ceviche aos seis homens que se encontram ali, assim que eu entro eles se calam,  óbvio não querem que eu escute o assunto , rapidamente acabo de servir peço licença e saio a tempo de ouvir um deles falando.. " Que serviçal gostosinha " .  Nojento,  não sou obrigada a ouvir esses tipos de coisas,  mas me calo em respeito a Rodrigo,  ele me disse que era importante,  então não irei estragar.
Logo mais sirvo o jantar,  e dessa vez sem piadinhas boba,  volto para a cozinha e começo a juntar as sujeiras para aliviar meu serviço de mais tarde.
Com tudo em ordem olho pro relógio e já sao 00:45 , Osvaldo já foi embora,  Rodrigo entra na cozinha ..
-- Pode ir deitar,  nós iremos tomar mais um vinho  , não precisarei mais de você, e sobre a bagunça amanhã  a Senhora responsável pela limpeza virá,  assim que você acordar passe em meu escritório pegue seu pagamento e retorne na segunda,  lembrando que Vera só volta daqui a quinze dias,  a propósito ela está bem, e sobre o jantar você me surpreendeu. ( assim que ele fala ele sai)  e eu fico em choque e cheia de achismo,  ele me elogiou, não acredito,  é a primeira vez,  meu Deus que sensação  boa. Feliz da vida vou para o quarto em que ele havia me mostrado mais cedo,  mas antes de chegar ao quarto topo com um de seus convidados saindo do banheiro.
-- Caso não dê certo aqui,  me procure,  ficarei feliz em ter uma cozinheira dessas em minha casa. ( ele fala me reparando da cabeça aos pés ) não respondo tento passar por ele que assim que dou as costas diz :
-- Que bundinha gostosa!
Aí já foi longe demais. Ele é um velho barbudo e barrigudo que me causa asco.
-- Olhe aqui,  o senhor me respeite,  é o mínimo que eu lhe peço.
-- Te respeito muito , mais do que você imagina. (Ele fala e coça o pênis) 
-- Nojento,  aprenda a respeitar uma mulher seu imundo. ( falo alto demais)
-- O que está acontecendo aqui?  ( Rodrigo chega)
-- Esse seu " amigo " está  sendo mais do que incoveniente comigo.
Ele fecha sua cara e fuzila o velhote safado que tem a testa pingando suor.
-- Dentro da minha casa,  minhas regras,  então respeite minha funcionária.
Cruzo os braços  e fico olhando.
-- E quanto a você Ana Clara,  pode ir se retirar.
-- Espero que isso não se repita mais,  ou eu vou me demitir. ( falado isso dou as costas e entro no quarto)
Ascendo a luz e vou direto para o banheiro que tem alí,  estou tão cansada que não reparo nada no quarto,  apenas tomo um banho , passo um creme hidratante solto meus cabelos e pego meu pijama novo,  e advinhem?  Minha querida avó mexeu em minha bolsa,  tirou o que comprei colocou a velha camisola de alcinhas que vai até os pés,  cheia de ursinhos e ainda deixou um bilhete..  " por precaução use sempre essa" sorrio que velhinha danada , como não tenho outra opção visto essa camisola mesmo,  apago a luz e me deito na cama e em questão de segundos me encontro em sono profundo .
No meio da noite sinto uma forte vontade de fazer xixi,  levanto e vejo um clarão no banheiro,  caraca dormi e não apaguei a luz, caminho meio sonolenta,  e quando chego na porta do banheiro dou de cara com Rodrigo escovando os dentes.
-- Meu Deus,  o que fazes aqui?  Seu quarto não tem banheiro? 
Ele me olha e vira o rosto,  acaba de escovar seus dentes,  enquanto meu rosto queima de vergonha pela camisola.
-- Na verdade tenho,  esse é meu quarto,  aquela que você deitou é minha cama,  acho que quem se confundiu foi você.
Nesse exato momento meu rosto queima de vergonha,  sinto minha alma saindo de dentro de min,  pela primeira vez estou sem resposta,  ainda mais agora tendo o vislumbre desse homem somente de samba canção.
-- Se quiser pode continuar ae.
Olho assustada..
-- E você?
-- Também continuarei aqui..
-- Na cama?  Comigo?
-- Sim,  meu quarto minha cama,  caso não queira continuar aqui,  o quarto que eu havia te mostrado fica na segunda porta depois do banheiro la de fora.
Sem dá uma resposta a ele,  pego minha bolsa no chão, e saio do quarto e antes que eu encoste a mesma ele fala.
-- Se essa sua camisola fosse ao menos sensual  eu juro que você poderia correr riscos em dormir na mesma cama que eu,  mas com essa infantilidade toda esbanjando ursos,  a sensação é de ter uma garotinha ao meu lado,  então você não corre risco nenhum,  caso seu desespero para sair daqui seja esse..( ele fala meio a risos )
A vergonha é tanta que me deixa sem resposta,  apenas bato a porta e saio do quarto dele e corro pro outro
Agora no quarto certo me sento na cama e fico pensando,  é a segunda vez que ele me trata feito uma garotinha,  então  a raiva vem me domando,  eu não sou uma garota,  sou uma mulher e posso provar a ele que sou uma,  uma idéia insana me vem a mente,  eu não devo,  irei colocar o meu emprego em risco,  mas eu o farei.
Retiro camisola ficando apenas  de calcinha, em minha bolsa pego o soutien que combina com a calcinha visto me olho no espelho e mais pareço um graveto vestido,  sou magrela,  não tenho muito busto nem muito corpo,  quase uma vara pau,  a única curva que tenho  e mesmo assim é pequena, fica em meu bumbum que não é grande não mesmo,  mas é considerável , além do mais sou extremamente branca,  que as veias se destacam em meu corpo acompanhadas de minhas sardas,  mas eu não vou me importar com isso,  vou mostrar pra ele o que a garotinha é capaz de fazer .
Abro a porta do quarto decidida,  mas assim que eu abro dou de cara com ele na porta.
-- O que é  isso? ( ele fala me olhando dos pés a cabeça)
-- É uma lingerie,  é  só para te provar que garotinhas como eu também  gostam de dormir assim. ( falo isso e dou meia volta)  é  a primeira vez que o vejo sem reação,  ele não  fala nada só olha,  então  eu finalizo.
-- Agora me dê licença,  preciso  dormir estou exausta.
Volto para o quarto,  mas ele me puxa e me prensa na parede..
-- Não mexa com fogo,  você não suportaria as consequências  .
Fico assustada olhando a intensidade de seu olhar e de suas palavras , seu rosto muito próximo ao meu,  seu cheiro inebriando minhas narinas,  minhas pernas mole,  parecem gelatinas,  eu tento sair mas suas mãos estão uma de cada lado do meu corpo me fazendo ficar presa alí, mas mais uma vez faço algo que nunca havia feito,  impulsiono meu corpo para  frente e beijo seu lábio,  mas logo solto,  então ele agarra suas mãos em meus cabelos e me dá um beijo,  mas não um simples beijo,  um beijo de me deixar de pernas bambas,  com a respiração acelerada,  sentindo que esse beijo poderá acarretar em algo mais íntimo,  me solto do beijo e tento sair,  vendo meu desespero ele me deixa sair, mas antes fala :
-- Só brinque com brinquedos que você saiba manusear,  uma dica apenas.
Corro para o quarto e tranco a porta, estou abalada pelas suas palavras,  pelo seu cheiro  e pela sua pegada, pelo seu beijo, não estou arrependida,  apenas mexida com isso que acabou de acontecer.
Coloco novamente a camisola e me deito,  viro de um lado para o outro a mente viaja em muitas imaginações e preocupações,  será que ele vai me mandar embora?  E se me mandar o que direi a minha avó?  Eu não deveria ter feito isso,  ele é  meu patrão , onde eu estava com a cabeça?  A minha boca está seca,  preciso beber água,  mas não saio desse quarto nem morta,  eu não quero correr o risco de encontrar ele novamente pelo corredor.
Com muito custo consigo dormir novamente,  mas assim que o primeiro raio de sol passa pela brecha da janela abro meus olhos,  não faço idéia de que horas são,  a única certeza que tenho é que preciso ir embora o mais rápido possível,  me levanto,  faço minha higiene pessoal,  visto minha calça jeans uma blusa básica de manga preta,  junto minhas coisas e saio do quarto como se eu estivesse cometido um crime,  o frio na barriga me consome,  assim que piso na sala senhor Osvaldo me aborda .
-- Bom dia muleca..  ( sempre bem humorado)
-- Bom dia Sr Osvaldo. ( abraço ele)  ele me trás paz,  gosto demais da presença dele.
-- Sr Bittencourt disse que assim que acordasse fosse ao escritório dele.
-- Obrigada. ( digo sem muito ânimo)
Com passos lentos caminho até seu escritório  dou duas batidas na porta que está fechada.
-- Entre. ( ele fala com a voz de sempre.)
Entro e deixo a porta meia aberta.
-- Bom dia. ( falo fingindo naturalidade)
-- Feche a porta Ana Clara.
Me viro e fecho a porta sentindo meu coração  saltar pela boca,  ao me virar de frente para ele,  ele está em uma postura séria e firme.
-- Seu pagamento pela noite de ontem com uma porcentagem extra,  pelo jantar esplêndido.
Pego o envelope e com as mãos trêmulas guardo na minha bolsa.
-- Obrigada. ( falo e dou as costas para sair) 
-- Eu ainda não  acabei,  então por favor sente-se.
Reviro os olhos e volto sem muita vontade,  sei que ele vai tocar no assunto e não é algo que eu gostaria de falar.
--  Estou aqui. ( falo.)
-- O ocorrido de ontem foi um erro absurdo,  tanto da minha parte quanto da sua,  espero que não confunda mais meu quarto e que não desfile de calcinha pelo corredor,  eu sou homem e se eu agir da forma que gostaria você não suportaria,  é um tanto quanto frágil para certas coisas,  sendo assim se quiseres manter seu emprego exclua de sua mente tudo que aconteceu e não volte a repetir e muito menos a tocar no assunto.
Sinto um nó na garganta,  ele fala como se eu fosse a única culpada.
-- Como se o erro fosse só meu. ( digo bufando)
-- Como acabei de falar o erro foi mútuo,  porém eu não errei de quarto,  não sai de calcinha e beijei meu patrão,  então reveja suas atitudes,  e esse assunto já  deu,  pode ir,  segunda-feira  se ainda quiser o emprego terá,  caso contrário..
Levanto bufando,  arrasto a cadeira e assim que chego na porta digo:
-- Caso eu não queira o emprego já tenho outro , afinal o velhote barrigudo de ontem disse que está a minha disposição.  (Lanço uma piscadela de olhos para ele e saio)  não ouso me virar para ver sua reação,  ele deve está bufando,  rapidamente saio da casa,  chega de conflitos por essa semana,  preciso apenas de descansar e me preparar para amanhã,  já que Verinha só na outra semana,  e Georgia não sei qual dia chega,  e só para constar,  eu jamais aceitaria o emprego daquele  velhote,  foi só para provocar o senhor das cavernas.
Ao longo de minha vida quase não fiz amizades,  não por ser uma pessoa que prefere ficar sozinha,  mas porque eu sempre cuidei de minha vó,  então eu preferia ficar em casa do que na rua em baladas essas coisas,  na verdade nunca fui em uma balada,  nunca bebi,  apesar de gostar de barulho,  música, sou caseira.
Sentada no ponto esperando o ônibus para ir pra casa uma menina senta ao meu lado,  uma negra de óculos e cabelos enrolados,  olho para ela que sorri para min,  e eu retribuo,  porém algo me intriga,  discretamente olho para ele mais algumas vezes , eu a conheço,  só  não me recordo de onde,  seu rosto é familiar.
A minha condução vem e eu dou sinal e ela faz o mesmo,  sento e ela senta ao meu lado.
-- Você é a Ana Clara, certo  ? ( ela pergunta)
-- Sim.. ( sorrio) 
-- Sou a Nayara,  não se lembra?  Estudamos juntas até a quinta série.. ( ela fala e sorri)  e quando sorri me recordo do seu sorriso,  claro que me lembro,  nós éramos basntante unidas.
-- Nay..  ( falo e abraço ela) 
-- Como você está?  ( ela pergunta )
E então viemos batendo papo o caminho todo,  ela mora no mesmo bairro que eu,  porém algumas ruas pra cima,  trocamos números de telefone e marcamos de fazer algo na minha folga.
-- Vó,  reencontrei uma amiga de escola ( falo assim que chego). E bastante empolgada que acabo me esquecendo do ocorrido de ontem e hoje.
-- Sua benção minha filha, chegou igual um furacão hoje. ( ela fala rindo e beijando minha testa)
-- Benção Vó,  é  que estou feliz, é  bom ter uma amiga de novo.
-- Sim , ficar sem amigos é muito ruin. ( ela fala)  minha vózinha é cheia das amizades, toda quarta-feira suas amigas da igreja vem aqui pra casa tomar café e bater papo.
-- Verdade vozinha. ( falo apertando sua bochecha).
-- E o serviço ontem?  Tudo bem?
E então o frio na barriga me consome,  tento disfarçar a voz e digo.
-- Perfeitamente bem,  acredite que ele me elogiou e ainda me deu um extra.
-- Que bom minha neta, fico orgulhosa.
-- E por falar em serviço,  a senhora em. 
Ela começa a rir do jeito que todo seu corpo balança com sua risada.
-- Vou fazer o almoço ( ela sai  da sala)
Eu amo essa velhinha,  minha vida não seria nada sem ela.
Vou ao meu quarto,  jogo as malas tomo um banho e volto para almoçar.
Durante a tarde dormir,  precisava descansar já que amanhã  tem mais,  assim que acordo recebo uma mensagem de Nay.
* Oi,  o que está fazendo? ( Nay)
* Oi,  acabei de acordar e você? ( Ana)
* Estou querendo dá um pulo na rua,  topa? ( Nay)
* Onde exatamente? ( Ana)
* Num barzinho na Vila. ( Nay)
Eu nunca fui  a um barzinho,  mas não falaria isso para ela de forma alguma.
* Ok,  vamos sim. ( Ana)
* Tá,  vou me arrumar,  assim que estiver pronta me avisa. ( Nay)
* Ta bom. ( Ana)
Vou até  a sala.
-- Vó,  a senhora se importaria se eu sair com a Nayara?
-- Claro que não minha filha,  muito pelo contrário,  só não volte tarde por causa do serviço amanhã.
-- Pode deixar.
Vou ao meu quarto e começo a ver minhas roupas, não são nada muito chique,  até porque nunca tive dinheiro para poder ter roupas maravilhosas,  mas sim eu tenho um vestido preto de minha formatura,  ele não é  curto nem indecente,  pega um palmo a cima do joelho,  e tem um decote quadrado,  que não faz muita diferença já que não tenho bustos para serem mostrados .
Visto ele junto com o salto passo um batom vermelho,  solto meu cabelo jogo ele todo de lado,  passo um perfume , retiro um pouco do dinheiro que ganhei hoje e guardo o resto,  o valor que eu receberia por ontem seria de 500 reais,  pois ele me pagou 1.000 reais,  bastante generoso, e isso me confunde muito , porque ele é um ser humano que oscila,  um dia ele é um amor no outro ele é um mosntro,  mas que se dane não quero ter que pensar nele agora  estou de folga.
* Estou pronta. ( Ana)
* Estou indo para o ponto. ( Nay)
* Vou pedir um táxi para nós. ( Ana)
* Ok,  te ajudo a pagar. ( Nay)
Pego Nay no ponto e vamos para o bar,  ao sentarmos na mesa ela pede um drink.
-- Você vai beber o que? ( ela pergunta)
-- Um suco de laranja. ( digo sem graça)
-- Suco?  Sério? ( ela fala rindo)
-- Sim,  não tenho o hábito de beber.
-- Não acredito.
-- Problema é seu,  não bebo e pronto,  sendo assim um suco. ( peço ao garçom que me olha assustado)  sim só tenho carinha de menininha,  sou arretada mesmo.
-- Além do seu jeitinho,  a outra coisa que não mudou em você foi suas respostas. ( ela fala rindo)
-- E nem mudará. ( eu digo agora mais calma.) 
Durante a nossa conversa descubro que Nay cursa enfermagem, trabalha como balconista e que mora sozinha,  seus pais se mudaram para outra cidade.
Ela é um ano mais velha do que eu , meu sonho é morar sozinha,  mas enquanto minha avó existir eu jamais abandonarei ela.
Descobri também que Nayara é doidinha,  sem juízo nenhum,  vai para inúmeros lugares.
-- Vamos a um cassino qualquer dia? ( ela me pergunta empolgada)
-- Um cassino? ( digo encucada)
-- Sim um cassino, é bem legal,  e tem homens lindos e mais velhos.
-- Você é louca. ( digo sorrindo) 
-- Tem um que funciona hoje,  topa ir?
-- Cassino?
-- Sim,  vamos?
Penso,  repenso e movida ao famoso fogo eu acabo aceitando,  mas só quando chego lá que me dou conta de que Rodrigo pode ser o dono.

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