Capítulo 05
Decido parar na praça próxima a casa de Rodrigo para poder esperar a hora passar, não quero chegar em casa agora, se não minha vó vai estranhar.
Me sento na pracinha e busco pelo meu celular em minha bolsa e não acho, vasculho em todos os espaços possíveis e ele não está aqui, não acredito que perdi meu celular, com as mãos apoiadas na testa tento me lembrar qual foi a última vez que mexi nele, e sim foi na cozinha eu o deixei carregando perto da geladeira, Ana Clara sua burra, como você esquece o celular, e o pior que vou ter que buscar já que não fico sem ele, o tempo começa a fechar e escurecer não por está a noite, mas por ameaçar cair uma chuva forte.
Com passos grandes volto até lá, o portão ainda está do jeito que deixei, sinal que Osvaldo não saiu e nem Rodrigo. Entro pelo quintal e me choco ao ver a cena mais cômica de minha vida, Rodrigo na beirada do fogão fazendo algo para comer, suponho que seja um ovo frito, dou uma risada e chamo sua atenção .
-- O que faz aqui? ( ele pergunta sem graça ).
-- Buscando meu celular que esqueci. ( digo indo até onde meu celular está ) enquanto ele está na luta para virar o ovo ma frigideira, sei que não deveria, mas como sou uma besta me ofereço.
-- Quer ajuda?
-- Não precisa.
-- OK, tchauzinho.
Assim que chego na porta da cozinha ele me chama.
-- Se eu não for pedir muito e você quiser, será que poderia preparar o pato? Confesso que estou de água na boca por causa dele.
Melhor do que ver ele sendo educado é ver ele sem jeito me pedindo algo , e como está cedo e eu iria ficar na rua enrolando decido fazer.
-- Saia dae .( falo colocando minha bolsa na bancada, na mesma bancada onde quase transei com ele) .
-- Estou lá pra dentro, se precisar só chamar.
Não chamarei, porque você não atenderá ao que preciso, então é melhor que fique longe mesmo, penso comigo.
Agora sozinha na cozinha coloco uma música bem baixinha para ouvir enquanto começo a preparar o pato, estou sem atenção nenhuma na cozinha, meus pensamentos só me levam ao momento que tivemos aqui antes, suas mãos percorrendo meu corpo, sua boca beijando-me com todo seu fervor, chego a arrepiar só de lembrar.
Meu horário de ir embora é 17 horas, mas como o pato só ficou pronto as 18:30 , fiquei até mais tarde.
-- Vó, vou atrasar hoje tá bom? ( digo ao telefone com ela)
-- O que foi filha? Aconteceu algo ?
-- Não, só acabando de fazer o jantar.
-- Então tá bom, cuidado com a chuva que vai cair.
-- Pode deixar.
Deixo tudo pronto em cima do fogão a hora que ele quiser é só se servir, pego minha bolsa meu celular e vou até seu escritório avisar que estou indo, mas encontro ele na sala lendo algum livro com óculos de grau extremamente sexy.
-- Estou indo embora, está tudo pronto no fogão, quando quiser se servir só esquentar.
-- Espere a chuva cair, você vai se molhar no meio do caminho.
-- Cade Osvaldo? ( pergunto sentindo falta dele)
-- Você e sua mania de responder com outra pergunta, Osvaldo foi ao médico e de lá foi pra casa, não iria precisar dele aqui hoje.
-- Ah sim, sendo assim estou indo, até amanhã .
-- Obrigado!
O que? Ele foi grato? Meu Deus.. Agora sim vai cair uma chuva de alagar a rua, e foi o que aconteceu cheguei na metade do caminho e um toró dos bravos caiu, em segundos estava toda encharcada, e mais uma vez tive que retornar a casa do poderoso chefão, não posso entrar num onibus molhada assim e nem pegar um táxi encharcada , volto xingando todos os nomes feios que existem , o portão continua aberto, só que dessa vez não vou pela cozinha , vou pela sala, Bato na porta e depois de alguns minutos ele abre.
-- Você e sua teimosia, deveria te deixar molhada para aprender a escutar. ( ele braveja)
-- Eu não poderia imaginar. ( digo)
-- Era visível isso Ana Clara, entre e tome um banho quente, não quero funcionário doente e de atestado, já basta a Vera.
Reviro os olhos e estalo a boca, se ele soubesse a vontade que estou de está aqui ele me pouparia desses sermões chato. Vou até o banheiro, mas antes de entrar peço a ele uma toalha, ela é tão macia e grossa que parece uma coberta.
LIGO o chuveiro no quente e deixo a água escorrer por meu corpo, lavo meus cabelos, me lavo inteira e quando estou me secando lembro que eu não trouxe outra roupa, eu já vim de uniform. Não sei onde eu estava com a cabeça quando fiz isso, mas era a única opção do momento, pendurado atrás da porta tinha uma blusa preta social de mangas comprida do Rodrigo, e foi o que fiz, vesti a blusa que ficou larga e enorme em min, feito um vestido, mas era a opção, pentiei meu cabelo joguei de lado e muito sem graça sai do banheiro, agora é encarar a fera, ele vai surtar quando me vê com sua blusa, vai dizer que fui longe demais ou que estou abusando da boa vontade dele, mas fazer o que?
No corredor indo para sala encontro com ele que me olha assustado.
-- É, vesti sua blusa, as minhas roupas estavam encharcadas e eu não trouxe outra.. Não teve outra opção.. Mas se quiser eu tiro..
Ele continua a me olhar, a manga do lado direito cai do ombro deixando a mostra um pedaço do colo do meu seio.
-- Ana Clara, só fique longe de min. ( ele fala passando por min) encosto na parede e pergunto.
-- E porque eu deveria? Acho que não é isso que você nem eu queremos.
Sem virar para trás ele responde frio.
-- Você está fodendo com a merda do meu juízo desde quando te vi dançando na cozinha, e se ficar próxima demais posso me arrepender de minha atitude, é um caminho sem volta.
Meu coração acelera, eu causo nele o mesmo efeito que ele causa em min, resolvo provocar mais um pouco.
-- Vai se arrepender? A verdade é que você é um medroso!
Agora consegui atiçar a fera, pois ele se volta para min e chega perto bem perto e me prensa na parede.
-- Garota, você tem apenas 19 anos, eu 37 , você espera amor das pessoas enquanto eu só ofereço sexo, você não suportaria.
Engulo seco quando ele faz essa declaração .
-- Não tem como declarar algo sem saber. ( digo bem baixinho) e aos poucos vou abrindo os botões da minha blusa, ele fica parado me olhando, mas no terceiro botão ele arregaça a blusa fazendo com que voe botões por todo lado, ele abaixa e abocanha meu seio com força, grito, mas aos poucos a dor se vai e o tesão domina, sua língua faz círculos no meu mamilo, solto um longo e alto gemido , ele solta dos meus peitos e beija minha boca , estou quase derretendo minhas pernas estão mole a sorte é que eu estou escorada nessa parede se não já tinha caído no chão, com os olhos fechados apenas sinto suas mãos por todo meu corpo, só abro os olhos quando vejo que ele para de me tocar para poder abrir sua calça jeans, ele empurra ela para baixo , ficando apenas de blusa e cueca, decido avançar um pouco seguro na barra de sua blusa e o impulsiono a tirar a mesma, e ele o faz, ficando agora na minha frente apenas de cueca box, parece que estou tendo a visão do paraíso , ele leva sua mão ao meu pescoço e levemente aperta, quando abro a boca para dizer algo, ele me beija e me faz até esquecer o que eu ia falar levo minhas mãos ao seu pescoço, mas ele retira de lá e abaixa elas até seu pênis por cima da cueca, de leve vou apalpando para ter noção do tamanho, e tomo um susto claro, não sei exatamente o tamanho, mas é extremamente grosso, ele põe sua mão por cima da minha e aperta ela em seu pênis, depois retira minha mão e coloca seu mastro para fora e ordena.
-- Me chupa Ana Clara.( e fala isso com aquele olhar penetrante que me envolve ) deslizo meu corpo pela parede me ajoelho na frente dele e solto um desabafo..
-- Caraca é enorme...
-- Fica tranquila que se ele não couber na boca ele cabe todo em você, agora me chupa.
Engulo seco coloco uma mão em seu pênis e delicadamente coloco a minha boca, mas ele parece ter presa e muito tesão, pois agarra em meus cabelos e diz:
-- Vou foder sua linda boca..
E assim começa a socar seu pênis em minha boca fazendo com que eu engasgue várias vezes, depois de algumas estocadas em minha boca ele diz.
-- Baba nele todo e engole.
E assim eu faço, vou chupando e aumentando o ritimo enquanto ele solta gemidos músculos , esse som que ele produz tem efeito positivo em min, mas logo ele retira seu pênis e eu me levanto.
-- Venha até meu quarto.
Vou andando atrás dele que está completamente nú, em seu quarto ele me pede para retirar a blusa que ainda está em meu corpo, eu deslizo ela pelo meu corpo enquanto ele me olha nua e acaricia seu enorme pênis.
-- Venha aqui. ( ele me pede) caminho até ele, que agarra meus longos cabelos e me da um beijo, mas logo me joga de bruços na cama.
-- Fique de quatro.
Feito um robô eu obedeço e fico como ele pede, de relance vejo ele pegando uma camisinha e vestindo, meu corpo está agitado ansiando por ele, e como sei que será agora sinto um frio na barriga gostoso, ele se posiciona atrás de mim, passa seu pênis em minha vagina e me penetra duro e bruscamente, solto um grito de dor com prazer, ele não é piedoso nem carinhoso, muito pelo contrário ele é grosso e forte, dá estocadas atrás de estocadas fazendo meu corpo pender para frente, meus cabelos estão enrolados em sua mão, enquanto eu grito ele me dá tapas na bunda, está me fodendo literalmente , e eu estou me sentindo estranha, eu nunca havia feito um sexo bruto dessa forma, ao mesmo tempo que é dolorido é prazeroso , e eu sei que ele faz isso porque gosta, pois seus gemidos dizem isso por ele, sinto suas bolas escrotais batendo em minha bunda, e meu corpo se movimentando a cada batida que ele me dá, aos poucos vou sentindo minhas pernas bambear e meu corpo tremer, uma vontade de gritar, parece que vou explodir e é isso mesmo que acontece, explodo em desejo, em tesão em puro êxtase, eu nunca tive uma liberação tão forte como essa, e logo após de mim ele dá um urro forte e goza dentro de mim, sorte que está com camisinha, assim que goza ele sai de dentro de min e sai do quarto, enquanto eu fico morta sem forças esticada em sua cama por uns dez minutos até me recompor, logo ele volta com uma sacola.
-- Esse aqui é um uniforme antigo, deve te servir, assim que estiver vestida estarei na sala te esperando.
Novamente seu tom frio volta a ativa, me levanto me visto e vou até ele na sala, sem jeito digo.
-- Estou aqui.
-- Ótimo, espero que seja madura o suficiente para não confundir o que tivemos hoje amanhã na hora do serviço e que também não saia comentando com ninguém.
Ah pronto foi o suficiente.
-- Você deve está se achando o máximo, ou até mesmo algo que rende orgulho para alguma mulher, acorda o que tivemos foi um sexo e não vejo vantagem em sair espalhando ou idealizar alguma coisa com você, era só isso que queria falar?
Ele me olha sério e balança a cabeça que sim.
-- Sendo assim eu vou indo, até amanhã Sr Bitencourt.. ( claro que fui sarcástica)
Graças a Deus a chuva deu uma trégua, verifico o celular e já são 22:35 da noite, saio de sua casa de cabeça erguida, mas quando chego em minha casa e paro para pensar vejo que fiz a maior burrada, porque se antes eu não tirava ele da cabeça, agora piorou, o sexo dele é aquele bem quente, aquele que causa dor, mas o tesão é maior, porém eu gostei e gostei muito, o que me deixou estranha é a frieza que ele me tratou após transamos, eu sei que ele avisou que não tinha amor, mas sei lá, foi como se fosse ensaiado, me comeu de uma forma deliciosamente bruta, mas depois agiu como se nada tiviesse acontecido, e o pior é que amanhã ele fará pior, já eu não tenho como prevê minha reação, a única certeza que eu tenho agora é que eu estou me sentindo estranha.
Acordo assustada, pego o celular e vejo que acordei meia hora antes dele dispertar, e adivinhem o primeiro pensamento do dia é claro que é ele Rodrigo Bittencourt que domina minha mente e meu lado mais insano.
Levanto da cama e vou tomar um banho, volto para meu quarto enrolada na toalha e levo um susto quando meu celular toca, verifico quem é, e o número eu não tenho anotado , atendo assustada.
-- Oi..
-- Não precisa de vir trabalhar hoje. Estou indo viajar agora e só volto semana que vem.
Sua voz grossa e firme no telefone faz meu coração disparar.
-- E que dia eu volto? ( falo trêmula)
-- Um dia antes de eu voltar te aviso e você vai, liberei todos os funcionários estou indo resolver algo importante, sendo assim não tem necessidade de fazer comida.
-- Tudo bem.
E pronto ele desliga o telefone sem nem ao menos me dar tchau.
Como não vou conseguir dormir decido ir dar uma caminhada pelo bairro e reorganizar meus pensamentos, esse tempo sem ir trabalhar vai ser bom, porque assim abaixa a poeira os nervos acalmam e eu posso trabalhar normalmente, ainda mais que Geórgia vai voltar e em breve a Verinha, elas jamais saberão disso.
Retorno para casa depois de uma hora andando e minha vó me aborda :
-- Ué minha filha? Não foi trabalhar?
-- Não, meu chefe me ligou e disse que vai viajar e só volta semana que vem, então tenho meus dias de folga.
-- Olha olha Ana Clara, você não foi mandada embora não né?
Olho para ela sorrio e seguro em suas mãos.
-- Não vózinha, não fui mandada embora.
-- Que bom, chegou para min esses dias uma carta do Ministério da Fazenda cobrando uma taxa enorme de IPTU atrasado, segundo eles se a gente não pagar eles tomarão nossa casa, então minha filha por favor, até resolvermos essa situação não saia desse emprego, só a pensão que seu avô nos deixou não sera suficiente. ( ela fala entristecida) .
-- E quanto é esse valor minha Vó? ( pergunto sentindo ela tensa)
-- Minha filha é de 10 mil reais.
Arregalo meus olhos, mas logo me controlo eu não posso passar preocupação para ela.
-- Fique tranquila vovó, nós vamos conseguir e vai dar tudo certo..
A verdade é que eu não sei como farei, nem de onde irei tirar esse dinheiro, mas que eu jamais deixarei ela passar por isso sozinha.
O resto do dia foi tranquilo, passei agarradinha com minha avó, descansando e conversando com ela.
Na sexta feira fui até uma farmácia perto da casa do Rodrigo, é uma farmácia popular, para poder comprar mais barato os remédios de minha avó de coração, agora mais do que nunca precisamos cortar os gastos da casa..
Saindo da farmácia encontro com Osvaldo uniformizado, ué? Mas será que ele teve que trabalhar sozinho? Caminho até ele que quando me vê tenta disfarçar, mas eu grito.
-- Oii Osvaaaaldo.. ( e caminho mais rapido até alcançá-lo)
-- Oi muleca.. ( ele fala sem graça)
-- Hum fingindo que não me viu? ( falo rindo)
-- Que isso, é que estou um pouco com pressa. ( ele fala agitado demais) então decido ser esperta.
-- Ordens do poderoso chefão? ( falo como sempre me refiro a ele)
-- Sim o homem está bravo desde ontem. ( ele fala sem perceber)
-- Ah sim, ele chegou de viagem ontem né? (Jogo o verde)
-- Não, na terça mesmo, mas desde então ele está impaciente, acho que já está na hora de você voltar. Afinal sua avó melhorou.? ( ele pergunta) Minha avó? Como assim? Ele viajou e voltou no mesmo dia?
-- Minha avó? ( pergunto surpresa) .
-- Sim. Ela não caiu e machucou a perna? Rodrigo nos disse.
Ameaço a rir de raiva. Entendi o jogo do espertão .
-- Verdade, mas ja ta melhor, semana que vem eu volto com tudo , mande lembranças a seu chefe, diga que mandei um beijo a ele.
Ele me olha e começa a rir, e então vou para a casa com a mente trabalhando, olhem não sou vingativa, mas farei algo que deixará ele de boca aberta, ele está me evitando isso ficou claro, de duas uma, ou ele não quer me ver devido o ocorrido ou ele está mexifo assim como eu, e se for isso que está acontecendo ele que me aguarde, pois hoje farei uma visita a ele, e não será em sua casa não, será no seu local de serviço, onde da outra vez me tiraram de lá a força.
Sei que não devo e nem posso, mas não vou para a casa, vou para a Vila fazer algumas compras.
Estou me sentindo uma diabinha vingativa, mas isso está sendo divertido e prazeroso, ah querido chefe me aguarde, porque se você está evitando em me ver, hoje você odiará minha visita, porque pela primeira vez em minha vida eu estou decidida a provocar e balançar de verdade todas as suas estruturas .
Chego em casa descanso, acordo converso com minha avó digo que vou sair e então no meu quarto começo a me arrumar, cada peça vestida é um sorriso malicioso que eu dou, me aguardem, hoje vai ser épico.
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Escrava do Desejo
RomanceMinha vida é comum no mundo onde vivemos, assim que nasci tive pouco contato com meus pais, segundo minha amada vó materna, eles disseram ser muito novos para criar um filho, disseram que iriam atrás de seus sonhos e voltariam, pois bem tenho...