Sem Controle

2 Capítulo

                     

Acordei cedo, tomei um banho demorado, coloquei meu uniforme - uma blusa social branca com uma saia preta - peguei minha bolsa, dei uma olhada na casa rápida e  percebi que a Anna não dormiu aqui hoje, o que me fez rir.  Aguardei o elevador chegar até o oitavo andar, onde moro, e entrei. Fiquei contente de ter um espelho grande, pois podia me olhar. Saindo do elevador fui em direção a garagem, o prédio onde moro é sofisticado, mas de uma forma não exagerada. Fui até meu carro -  chevy chevelle malibu preto - entrei olhando o turbo que mandei colocar a cinco meses. O meu estilo para carro era muito variável, eu amava esse carro porque foi presente do meu avô, pai do meu pai que foi muito mais um pai pra mim do que o seu próprio filho. Infelizmente ele faleceu, mas eu não desisto desse carro. Dei umas melhoradas nele. Como pintura, som e motores. Amo escutar música no carro, mas quando digo escutar, quero dizer e-s-c-u-t-a-r na alma as batidas. Os homens quando me vêem passar com ele ficam meio que surpresos,  oque me faz amar ainda mais minha belezura. Sempre tem alguém que me observa impressionado. Meu avô me ensinou a dirigir, e a correr de carro. O motivo pelo qual coloquei turbo nele foi esse, mas como agora estou em uma cidade grande, é complicado você correr com mil carros ao seu redor atrapalhando a sua passagem. Mas digamos que nem sempre isso é o problema, consigo correr bastante com ele. Com bastante atenção em não ser pega e muito menos multada. Magie minha cidade antiga era muito mais calma e não tinha tanta gente assim, e a fiscalização era muito menor do que a de são Bernardo.

    Ligo o carro e vou em direção ao meu trabalho, mas paro um pouco antes da empresa - Donovan - onde trabalho. Vejo um salão aberto, bem sofisticado. Entro e sou muito bem atendida por um cara muito atraente que se chama Alef - Cabelos loiros claros, olhos verdes, cor de pele morena, corpo musculoso - Poderia ser um belo modelo se quisesse, mas pelo que vi o que ele mais prefere é trabalhar no seu salão.

- Então oque você vai querer fazer minha sereia - sorri para mim.

- posso deixar por sua conta? - sorri afetivamente para ele.

- Claro, você vai amar acredite - piscou pra mim.

E foi oque aconteceu, quando sai do salão, com as unhas da mão e do pé pintadas com o cabelo picotado, mantendo o comprimento me senti outra pessoa. Ele fez umas luzes castanhas mais claras que a cor original do meu cabelo. O que fez meus olhos ficarem mais claros.

    Quando saio do salão vejo vários homens me olhando - não que isso seja novidade, mas me senti mais bonita com esse penteado, minha franja cai até meu queixo, quando abaixo para pegar a chave do carro que caiu da minha bolsa. Quando pego-a me viro de relance vejo um moreno muito atraente, com seu terno sobe medida, corpo largo e parece ter músculos bem defendidos por baixo da roupa, vou medindo ele de baixo pra cima, olho pro seu rosto, que esta observando alguma coisa do outro lado da rua, ai meu Deus, que gato, os lábios carnudos, barba perfeita, olhos azuis claros como o céu límpido, fico um tempo vendo-o ate que resolvo entrar no carro, essa não é minha realidade.  Tem cara de ter muita grana, e olhando agora de novo vejo que tem um segurança do seu lado.  É sem dúvida, ele deve ter bastante grana. Liguei o motor, e abri as janelas para deixar o ar fresco da manhã entrar, coloquei a música do Justin Timberlake words i say bem alta e cantei pneu, oque me fez rir quando vejo o olhar assustado do bonitão quando vou me aproximando de onde ele ta, ele olha para mim com um tipo de jeito dominador que me faz imaginar do que ele seria capaz. Entro na garagem da empresa Denovan, com o olhar do bonitão ainda em mim. Desvio os olhos quando vejo que as portas se abriram e entro na garagem.

Demora alguns minutos ate achar alguma vaga para meu carro, então paro a música e saio do carro. Vou em direção a Galaria, sem antes da uma boa olhada na empresa, pelo oque sei, a Galaria foi aceita ali por causa que o dono da empresa adora arte, e por conhecer meu chefe - Dan - ele deixou ele abrir uma galaria em sua empresa, o que é muito bom, pois sempre tem empresários loucos para comprar quadros. Entro na galaria e vou até minha mesa - não é uma sala, é uma mesa mesmo que eu uso - sento-me nela e vejo o correio de voz.