11 Capítulo

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Acordei cedo, e fui para o trabalho, abri a galeria e demorou apenas vinte minutos para que Dan aparecesse, enrola-lo foi fácil, não gostava nada nada de fazer isso, porém foi por uma boa causa. Ele ficou descontente, mas o que podia fazer? Mais tarde liguei para Scott e disse que iria até sua sala, quando chego ele está na sua mesa com uma cara de quem vai ouvir a pior coisa do universo, até que ele me faz a pergunta mais idiota que podia ter saído de sua boca.

- Você está gravida? - ele parece assustado, acabo rindo.

- Claro que não - digo depois de me controlar - Só vim avisar que estou indo embora de São Bernardo.

- E por que posso saber?

- Problemas com minha família, terei que me mudar para lá, sobe como são essas coisas né?

- Mas vai larga tudo assim do nada?

- Pois é - digo refletindo - o que posso dizer? é complicado.

- Entendo. Mas não pensa em como vai ficar as pessoas aqui?

- Claro que sim, me preocupo com isso, porém não acho que possa fazer nada.

- Por que não acredito em você?

- Se fosse tão filha da mãe não estaria aqui te contando isso, sumiria e te deixaria no vazio. Prefere assim? - Levanto-me e vou indo embora. Mas ele me para.

- Desculpa - Ele diz - Não disse por mal, só fiquei surpreso de você ir embora do nada.

Não digo nada, só observo ele, Scott me beija, no começo é mais calmo, mas depois vai ficando mais intenso, quando vejo ele já esta me carregando para sua mesa. No começo tento afastar ele, dizendo que não quero que seja assim. Mas ele diz que quer eu me lembre dele. Então ele me beija novamente, segurando na minha nuca, com uma intensidade fora do normal, como se estivesse com raiva de mim ou da situação e quisesse aliviar isso. Deixei que ele tirasse minha roupa e eu tirei a dele. Deixei que fizéssemos amor e também fizéssemos ódio, tinha vezes que suas entocadas eram agressivas, como se quisesse realmente me marca. Me deixou gozar uma vez, sem ter chego ainda, só para me observa. Depois fez com mais calma e com mais carinho, beijando meus labios com carinho, como se fosse desaparecer a qualquer minuto. Chegamos juntos no clímax, ele ficou abraçado a mim por um tempo, até que passasse o efeito desnorteante que estávamos sentindo. Fiquei olhando seus olhos por um tempo, então beijei seus lábios novamente. Me levantei da sua mesa e ele me ajudo a calocar minha roupa, cada peça um beijo, coloquei a dele também, ajudando a deixar impecável seu terno novamente. Soltei meu cabelo que graças a Deus estavam presos, ficaram comportados disfarçando minha cara de quem acabou de transar e ter dois orgasmo. Dei um ultimo beijo em Scott então disse que precisava ir e fui. Sai da sua sala deixando tudo pra trás.

     Terminei meu turno normalmente, peguei todas as minhas coisas e fui embora dirigindo meu carro, tranquilamente, pensando em como sentiria falta desse lugar. Chegando em casa encontrei Anna e comecei a explicar para ela, no começo ela ficou mega irritada, mas com o drama que fiz, aceitou. Disse que ia chamar Christopher para vir aqui em casa, para poder contar para ele. Então ela resolveu ir pra casa de Taylor e me deixar a vontade.

  Liguei para Dev e Benjamin explicando tudo pelo telefone, ficaram desapontados mas disseram que entendiam, familia sempre em primeiro lugar. Mal sabem eles. Liguei para Christopher depois de alguns minutos e pedi para que viesse na minha casa, em alguns minutos ele estaria aqui, disse ele. E quando deu vinte minutos o interfone tocou, mandei subir. Quando a campainha tocou, fiquei um pouco esperando ficar mais tranquila, mentir para todos não é algo muito fácil.

- Olá - abri a porta e encontrei ele, com uma jaqueta preta, calça jeans clara, tênis branco e blusa de gola v da mesma cor que o tênis - Entre, pode sentar ali.

- O que aconteceu? - ele pergunta indo sentar no sofá, vou atrás dele observando seus movimentos.

- Te chamei aqui para avisar que vou embora de São Bernardo

- Ta brincando né?

- Não.

- Mas por que isso do nada?

- Problemas familiares - digo reforçando "familiares" - Familia sempre em primeiro lugar não?

- Claro - ele diz meio desanimado - Não dou certo, sempre que encontro alguém existe um problema.

- Se você fosse menos insuportável teria mais opções - digo rindo.

- Obrigada. Quer acabar com sua auto estima? Converse com Sofia por dois minutos, ela é ótima nisso.

- Fala sério - dou uma gargalhada com o modo que ele fala, e ele acaba rindo também.

Chis quando para de rir, fica me olhando como se estivesse pensando se devia fazer alguma coisa, depois sem pensar chegou perto de mim e me beijou. Foi um beijo ótimo, ele tem uma pegada de enlouquecer qualquer uma, além de ser um gato, mas depois que as coisas ficam quente, eu me afasto. Afinal, mais cedo estava com Scott. Ele entende e para de tentar mais alguma coisa. Acaba que janta comigo, e ficamos conversando tranquilamente sobre varias assuntos não interessantes, até ele resolver ir embora, me dando um beijo na porta.

        Despedir dos meus familiares foi mais fácil, tirando minha mãe que ficou chateada, mas depois aceitou de boa. Tomo um banho demorado antes de deitar. Quando acabo me sinto renovada, coloco minha camisola e vou para minha cama, demoro um pouco para dormi, William marcou pra amanhã falar comigo.

     Me lembro uma vez que Dominick me disse uma frase que me deixou irritada na época:

- Você é como um buquê, pois são flores mortas num lindo arranjo, muitas vezes com espinhos. Quem muito se aproxima de você, muito se machuca.

Lembro que tinha ficado arrasa com isso, mas já vi muito fim do mundo e na manhã seguinte estava tudo bem. Hoje em dia não me importo com isso, nem um pouco.  Sempre questione onde sua lealdade está. As pessoas que você confia vão esperar por isso, seus maiores inimigos vão desejar isso e aqueles que você mais estima, vão, sem falhar, abusar disso.

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