23 Capítulo

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Meu avô um dia, quando estava de visita na sua casa, lembro que estávamos vendo TV que acabava de passar a morte de várias pessoas, assassinadas por um mesmo cara. Todas pessoas inocentes, era bastante pequena para entender.

- Vovô por que esse homem fez isso? - Olho em seus olhos, chorosa.

- Os monstros não estão mais em baixo da sua cama querida, ainda existe muitos por ai e eles estão por toda parte, só que agora eles não ficam mais escondidos e sim se misturando com o nosso povo...

    Abro os olhos, com a luz forte novamente, mas me sinto melhor, a dor que sentia antes, se foi. Olho para meu braço e vejo que não to mais conectada a nenhuma máquina e o soro não está mais me ajudando. Já se passaram dois dias, e esses dois dias foi o meu momento, de ficar na minha e não falar nada com ninguém, a não ser com os médicos. Estêvão não saiu do meu lado por um minutos se quer, apenas quando dormia, o que fazia com frequência, e agora entendendo minha mãe.

     A dor e o sofrimento se misturavam dentro de mim. O ódio e a vingança queimavam em meu sangue, queria matar meu pai, não importava mais nada. Não percebo que tem pessoas no quarto, até lagrimas escorrerem por meus olhos, de frustração.

- Amiga, não fica assim - Anna está lá, olho para o lado e a vejo e ao seu lado está, Taylor, Estêvão e Scott.

  Não digo nada, só levanto a mão e enxugo meus olhos, me viro para o lado oposto, procurando meu celular que vi ontem ali. Mas não está ali.

- Está procurando isso? - Estêvão pergunta. Só olho pra ele - Não faz isso.

Estendo a mão para ele, e não digo nada. Ele fica me observando e não diz nada, então chega perto de mim, e a sala fica em silêncio. Ele coloca o celular na minha mão, e quando puxo ele continua a com a mão lá, sem deixar que pegue, estreito os olhos para ele, então ele tira a mão. Ligo para o número e demora um pouco até ouvir a voz familiar.

- Oi querida - Escuto a voz da minha mãe me causa um alivio e também uma dor, fecho os olhos querendo que todos saíssem, mas quando abro de novo eles estão lá me observando.

- Desculpe - Digo seca - por não ter ligado. Lembra um vez que disse que nunca iria deixar de fazer algo por você?

- Sim querida, não estou entendo. O que aconteceu?

- Aconteceu nada - digo dura olhando pra frente - Mas vou quebrar uma promessa sua...

- Não estou entendendo....- minha mãe fica em silêncio e começa a falar alto - O que ele fez com você?

- Comigo nada - digo - mas com outra coisa ele fez. E ele vai pagar mãe, nem que tenha que morrer eu vou pegar ele - começo a gritar e a chorar, Estêvão tenta pegar o celular da minha mão - Tira a mão Estêvão.

- Calma - ele olha pra mim e olho para o outro lado, Anna me observa como se estivesse vendo outra pessoa, Scott fica sem dizer nada. Só me observa, Estêvão segura meu rosto e me faz olhar pra ele - Você não é nenhuma mimada Sofia, quero que me dê o celular e não diga mais nada. Não assuste sua mãe.

- Assustar? - Digo sentando na cama, começo a rir  - Mãe você está ouvindo isso? Ele ta dizendo que estou assustando a senhora. Assustado mamãe a senhora vai ficar, quando eu matar aquele filho da PU.....

Estêvão pega o celular da minha mão, e fica me observando sem dizer nada, coloca o celular no ouvido.

- Olá - diz calmo - Não ligue para o que ela ta dizendo, vou cuidar dela, ela quer que você fique bem.

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