36 Capítulo

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"Dizem que quando morremos, vamos para o purgatório onde aparece nossa vida como um filme. Cada parte dela, cada erro e acerto. E suas escolhas te levarão para o paraíso ou para o inferno. Mas também dizem que quando morremos é como se estivéssemos dormindo, tudo se apaga que nunca volta.

A morte para muitos pode significar liberdade. Para aqueles que sofreram e ainda sofrem na terra, morrer é o paraíso. E para mim a morte é simplesmente uma passagem, você se vai e pronto. Agora pra onde? Ai você vai saber quando morrer. "

- Minha autoria, Karina Vitória.

    Barulho, escuto gente falando, mas não é como se estivesse ali. É como se estivesse fora do meu corpo, sem poder ver ninguém. Cada movimento não é correspondido por meu corpo. Descanso novamente e apago, lembranças e mais lembranças.

- Pedala querida  - Tião diz me apoiando na bicicleta.

- Vovô não sei pedalar - Digo com medo.

- To aqui, vou está de apoiando - diz colocando uma mão na minhas costa.

   Começo a pedalar, sentindo o vendo batendo no meu rosto, forte. E continuo, quando me viro não vejo mais meu avô.

- Olha pra frente e finge que to te apoiando - Ele diz de longe.

   Faço o que ele mandou, continuo pedalando, sem nervosismo, sem medo, porque sei que meu avô está me olhando. E só isso basta. Então quando dou a curva, esqueço de aperta o freio e acabo batendo na parede. Meu avô vem correndo até a mim e eu to rindo sem parar.

- Se machucou? - Meu avô me olha nos olhos, preocupado.

- De novo vovô - Digo me virando pro lugar de onde vim.

- Essa é minha garota - Tião diz sorrindo pra mim. Me pego olhando seu sorriso por um logo momento, até voltar a pedalar.

    Escuto de novo algumas vozes, não consigo reconhecer. Sei que alguém ta falando alto, mas ainda não consigo entender nada. Estão me perco na escuridão novamente.

- Pra você - diz olhando nos meus olhos, tão linda.

- O que é isso Juliana?

- Abra e vai ver.

   Seguro na minha mão uma caixa, quando começo a abrir vejo um diário, preto e grande, tem um lugar pra por a caneta e tem senha para abrir.

- Um diário?

Sem ControleOnde histórias criam vida. Descubra agora