Sem Controle

26 Capítulo

Toda minha vida eu quis uma família normal. Mas quando digo normal, quero dizer, sem muitas brigas, onde eu possa me apoiar. Porém nunca aconteceu isso comigo, porque parece que depois da morte de meu avô as coisas resolveram piorar. Na verdade eu nunca chamei Billy de pai, a não ser quando era pequena. Eu sempre me perguntei o motivo de tanto ódio de mim. Como se eu tivesse feito algo para ele. Quando me olhava, era como se eu fosse alguém que ele odiasse. Conforme o tempo eu queria viver fora de casa, minha mãe era o único motivo que me prendia. E nessa de querer viver pro mundo, eu conheci realmente ele, o mundo. Desde o mais perfeito ao mais horrível lugar.

       Acordei com uma dor no corpo louca, aquela que você sente que passaram um caminhão por cima de você. Mas no decorrer do dia eu já estava muito melhor. Gideon veio me ver e quando deu de cara com Estêvão na cozinha não ficou nada alegre. Mas não disse nada e nem precisava.

    Quando Gideon foi embora fiquei sem fazer nada, Estêvão saiu também e não consegui saber pra onde realmente ele foi. Fui até meu quarto pegar meu notebook e fiquei fazendo algumas pesquisas. Primeiro sobre Estêvão.

   No site dizia que criou-se em um familia que tem dinheiro, porém morreram e então herdou a grana toda e algumas empresas espalhadas pelo mundo. O que não parece ser a cara de Estêvão comandar empresas. Quando olho para ele penso em praia, não que ele tenha muita cara de vagabundo.

    Próxima pessoa foi Scott. As notícias mais recentes foi de uma foto dele com uma suposta namorada, curiosa, fui ver a foto. E sem ficar surpresa vi Maria ao seu lado em um restaurante, vendo a data vi que foi a dois dias. Eles pareciam feliz. Porém eu ainda continuo sentindo raiva da situação toda.

    Marlon Realize, diz no site que é dono de varias empresas e CEO da maioria. Muito bem influente, conhece várias pessoas famosas, casado com Elizabeth tendo três filhos. Busquei escândalos, mas não encontrei nada.

    Samanta, muito conhecida por ser dona de algumas galerias de obra de artes, casada com um homem que se chama Éden, que é bancário. Pelo que parece a vida é perfeita, nenhum filho, casamente calmo, nenhum escândalo. Não que tenha sido publicado.

     Meu celular começa a tocar. Fecho o notebook, deixo em cima da mesa e vou atrás do celular. Quando o encontro vejo que é o antigo número: Scott. Deixo chamar até que pare, depois volta a ligar.

- Fala - digo mostrando impaciência.

- Preciso conversa com você

- Sobre o que?

- Como assim sobre o que? E nós dois?

- Que nós dois, não seja ridículo. Não temos mais nada - falo indo para a varanda - E você melhor do que eu sabe muito bem isso, pelo jeito você e Maria então bem firmes.

- Eu amo você Sofia, eu não consigo dormi direito, quando nem sei o que aconteceu com você. Só em imaginar que você tinha um...

- Esquece isso - digo fechando os olhos - talvez nem fosse seu.

- Você disse que só dormiu comigo.

- Tchau Scott.

- Você dormiu com Estêvão né? - sua voz fica diferente - Eu vi como ele manda em você no hospital, vi quando você fez o que ele mandou.

- Não tem nada haver isso - digo, escuto um barulho atrás de mim, quando me viro vejo Estêvão. Ele vai até uma cadeira da varanda e se senta me observando

- Claro que tem - diz irritado - Você quer mesmo dizer que vocês não tem nada? Então se não foi ele, foi aquele cara, qual nome dele?

- Se você falar quem eu to pensando...