5 capítulo

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Se passaram quatro meses, eu amava cada momento. Tinha criado bastante intimidade com Scott, porém nem de longe era calmo, muito pelo contrário, ele era muito ignorante e irritante, às vezes me chamava para almoçar apenas para descontar todo o estresse que ele estava passando. E hoje não foi diferente. Sentado em uma cafeteria próxima a empresa ele começou.

- Você podia parar de me fazer esperar? Estou a meia hora aqui sentado olhando a parede te aguardando - Seus olhos azuis me encaram com raiva - Eu odeio isso!

- É mesmo? - reviro os olhos.

- E isso também - ele segura minha mão e aperta forte, tento tirar ela do alcance de suas mãos fortes, mas não consigo.

- Me solta agora Scott - digo dessa vez com firmeza - Ta estressado? Já pensou que talvez, mas só talvez, você conseguir uma mulher iria aliviar isso? Sabe o nome disso? Falta de sexo garotão.

- Pode ter certeza que não é isso - diz soltando minha mão - Vou na sua casa hoje fazer uma visita.

- Nem pensar, não quero você enchendo meu saco em casa também, já basta por telefone e no horário de almoço.

- Eu não estou perguntando para você se posso ir, eu vou.

- Coitado... - penso no que dizer - ... Augusto ficou de aparecer lá hoje.

- Desmarca então.

- Não - estava mentindo, nunca convidaria Augusto para minha casa, às vezes converso com ele quando o encontro, mas nada demais.

- Qual o seu problema? Eu já disse que ele não vale a pena.

- E quem vale Scott? Ninguém vale a pena. É a realidade. Agora por favor se acalma.

- OK - ele solta minha mão que começara a ficar dormente, estalo os dedos e não digo durante o almoço esperando o momento de ele se acalmar.

- Ta mais calmo? - dou um meio sorriso para ele, seus olhos azuis não deixam transparecer nada.

- Sim, estou. Mas é serio que você convidou Augusto para sua casa?

- Não - digo rápido demais.

- Então por que disse que ele ia? - ele franze a testa.

- Por que achei que assim você não iria - digo sincera.

- E por que não posso te visitar?

- Porque você é meu chefe, não diretamente, mas é e você sabe disso, querendo ou não. Minha casa é humilde para você garotão. Você nunca me convidou para ir na sua e já quer ir na minha?

- Não seja por isso, vou na sua hoje, depois você vai na minha.

- Por que você quer ir?

- Não posso conhecer sua casa?

Não respondo. Porque na verdade eu não sei oque eu quero, por um lado eu queria que ele não aparecesse por motivos óbvios, mas pelo fato de ele ser lindo e eu ainda está carente não ajudou muito nas minhas decisões. Dei de ombros, na volta do almoço Scott me deixou na galeria, resolvi meus trabalhos tranquilquarto. No final do dia estava moída, não tinha dormido direito e era sexta feira meu momento de descanso.

- Ta mortinha hoje né Sofia - Dan aparece na minha mesa enquanto arrumo minhas coisas para ir embora.

- Nem me fale - digo cansada - estou cheia de sono.

- Vai dirigir assim? Não seria melhor pegar um táxi?

- Não. Da para ir.

Abraço ele forte antes de ir embora da galeria, dou meio uma dormida no ombro dele, até que percebo e levanto o rosto sonolento para  ele. Dan fica insistindo para eu ir de táxi, mas não aceito e vou em direção a garagem, ele faz cara de quem não ta nada satisfeito, mas fazer oque? Não vou deixar minha belezinha aqui. Quando estou na porta do carro procurando a chave dentro da bolsa, escuto alguns passos e quando olho para frente vejo Scott. Com seu terno sobe medida, gravata azul escura deixando seus olhos azuis mais claros, ele sorri pra mim, então abraço o carro e encosto a cabeça nele e me entrego ao sono.

Sem ControleOnde histórias criam vida. Descubra agora