13 capítulo

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Desembarquei no aeroporto Santos Dumont, William disse que estaria uma menina de mais ou menos minha idade me aguardando com uma placa escrito meu nome - Elena. Ela quem vai me ajudar a me locomover pelo rio por um tempo e explicar como devo agir, como teria que me comporta na presença da familia Realize quando isso acontecesse.

    Como combinado ela me aguardava no desembarque com a placa, fui até ela, se apresentou e logo me levou para pegar minha bagagem com as coisas pessoais que trouxe. Me levou primeiro para o hotel Copacabana Palace. Sem querer conversa pois estava estressada e cansada, pedi para que me desse licença para descansar. Fui logo tomar um banho no banheiro luxuoso do hotel, quando acabei coloquei apenas um roupão e sai, fui até a janela e vi a paisagem linda. Namorando um pouco ela e sentindo a brisa do mar que batia em meu rosto eu resolvi colocar uma roupa e descer para curti a praia. Coloquei um short e uma blusa florida com um chinelo e desci, fui indo em direção ao mar, estava começando a escurecer, mas só de está ali em contato com aquela natureza linda já me animava. Sentei na areia e fiquei pensando em como minha vida vai mudar daqui pra frente. Tenho que me acostumar com o nome Elena Will e tentar ser convincente nas minhas histórias caso alguém me pergunte. Mas agora é o meu momento, fui para o mar com roupa e tudo, e mergulhei, me sentindo em casa no lugar que realmente é muito familiar pra mim. Rio de janeiro é um lugar lindo, cheio de pontos turísticos, porém nunca tinha ido antes, apenas via pela televisão e internet.

    Depois de ficar bastante tempo no mar eu resolvi sair, já estava ficando escuro. E assim que pus o pé na areia eu senti que aquela ali, não era Sofia e sim Elena Will.

    Voltei para o prédio pingando, mas acho que é bem natural isso naquele hotel, pois ninguém falou nada ou o fato de ser bilionária tenha ajudado. Tinha que começar a mudar meu guarda roupa. Tomei outro banho e coloquei outro roupão, escutei uma batida na porta.

- Entre - digo para quem quer que fosse.

- Olá Elena - A menina no aeroporto me cumprimentou - já podemos começar?

- Claro - digo dando de ombros.

- Vamos começar pelo básico - Qual seu nome?

- Elena Will - Digo firme.

- De onde veio?

- Chicago.

-  Por que está no rio de janeiro?

- Vim conhecer a cidade natal de meu avô.

- Como sabe falar português?

- Meus pais sempre incentivaram estudar outros idiomas. E português era a mais importante, afinal é a língua materna de meu avô.

- Qual idioma sabe falar?

- Inglês, português, espanhol, francês e italiano.

- Seu avô fazia o que?

- Dono de cassinos, casa de shows e ceo de algumas empresas.

- Morreu como?

- Câncer.

-  Seus pais?

- acidente de carro.

- Maravilha - diz aprovando - agora vamos começar. Amanhã vamos fazer um passeio pela cidade, te mostrarei cada canto e irei te apresentar cada pessoa que vão poder ajuda-la se caso precise. O que você precisa saber da familia realize é que tudo indica que estão com sérios problemas financeiros, o que significa que estão procurando alguém que possa servi de "ajuda" e é ai que você entra. Eles já sabem que você está na cidade, e estão loucos atrás de você. Porém você vai em um casamento em comum que eles, é um casamento falso e você é a amiga da noiva. Vai bolando sua melhor performance, pois essa vai decidir se você entra para o grupo deles, ou não. Começando pelas roupas, agora nada de você ir comprar roupas em qualquer loja, você tem um estilista, e vai morar em um prédio aqui próximo de frente a praia por pouco tempo, até conseguirmos uma casa perto da casa dos Realize. Não dê vexame, lembre-se que você tem classe e é mimada, mas não burra. Retrucar se for preciso. Ok?

- Ok, qual seu nome? - Pergunto

- Dyla.

- Obrigada Dyla

- Nada, agora vá dormi, amanha o dia será longo.

Deitada na cama do hotel eu começo a pensar no que preciso fazer a partir de agora, o rumo de meus pensamentos vagam por todo meus momentos da infância, lembro que meu avô me disse uma vez uma coisa que agora sabendo da sua vida, faz sentido.

- Vovô, por que você não confia no papai? - Meus olhos estão concentrados nos de meu avô.

- Minha querida, confiança é um luxo que não me permito ter.

E foi exatamente por ela que ele caiu, a confiança o matou e por amar alguém que não foi leal com ele, que não foi sincera. A confiança é conquistada durante várias e várias conversas, mais pode ser perdida por uma única palavra ou uma única atitude.

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