PRIMEIRO SANGUE A ESCORRER

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Estava indo tudo bem, os dias estavam tranquilos, os desentendimentos parados, e o namoro seguia, e agora ela também sabia do demônio em mim, tomei coragem e contei tudo para ela, mas do jeito que ela olhou, não havia acreditado, pensou que era brincadeira.
Passou muito tempo que não via Mariza chorando...aliás, quem é Mariza? Minha namorada, desculpe não contar e explicar sobre minha namorada, é que estou me acostumando novamente em falar dela. Mariza é minha namorada, faz um tempo atrás, ela havia me traído, mas tudo passou, e hoje em dia, parece me amar de verdade. Ela veio de um "mundo" bem diferente do meu, os pais dela discutem muito, e de vez em quando, vejo boatos de que o pai dela bate na mãe, eu já disse para ela, se eu descobrir que ele está maltratando sua mãe, vou mata-lo com minhas próprias mãos, e fodasse nosso namoro, minha cede de vingança é maior do que o amor que sinto por ela.
E não é que ela entrou no bus chorando, aquilo me ardeu o peito, pois nunca tinha visto ela daquele estado, toda ralada, chorando rios, e vindo em minha direção. Perguntei desesperado o que tinha acontecido, mas sem respostas, e continuei a perguntar rapidamente quem fizera aquilo com ela, mas nem se quer olhava para mim. Aquilo me ferveu o sangue, fiquei furioso, até chegar ao ponto de pedir para descer do bus, falei para o motorista seguir viagem, e fui em direção a casa dela, pois não tínhamos andado muito. Desci do ônibus e fui andando vagarosamente até a casa dela, cheguei devagar e observei que só estava a mãe dela sentada no sofá, toda machucada. Entrei sem falar nada, ela já sabia que namorava com a filha, mas nunca tive intimidade para contar. Conversamos um pouco e vi que a coisa estava séria, porque ele batia muito nas filhas e na própria mãe.
Quando estava quase saindo para ir atrás, olha quem aparece na porta, tudo sujo, bêbado e barbudo, sim, o pai, meu querido sogro, o homem que mais quero matar em minha vida, apareceu em minha frente, e minha ira subiu violentamente, parecia que já estava pronto para mata-lo, até que ele me falou baboseiras, coisa de bêbado, e sacou uma arma de sua cintura, ele olhou bem fundo nos meus olhos, e disse-me que ia matar se continuasse a namorar sua filha, como ele descobriu? Mas isso não vem ao caso. Não fiquei nem com um pingo de medo, só a raiva que aumentava em meu corpo, até que agi por impulso, pulei em sua direção, derrubando assim a arma de sua mão, e tentei pegar, mas entramos em uma briga corpo a corpo, em que levei muitos murros, mas de tanta raiva, dei um golpe tão forte que desmaiei o velho. Sai correndo em direção a arma, peguei, e apontei na direção dele, agora tinha notado que havia desmaiado, e já estava abaixando o revólver, quando Kady resolve agir e faz me puxar o gatilho sem intenção. A bala foi em direção ao braço do velho, e a mão de Mariza tinha visto aquela cena toda.
_O que você fez??? Você o matou! - Gritou a mãe, correndo para ajuda-lo.
_Eu não quis atirar, eu juro, eu só ia passar um susto nele...e... - Sem palavras, sai correndo, agora nem sei para onde iria.

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