Como pude ser tão rápido? Nem piedade tive, nem deixei tempo para explicação. Rapidamente voltei para casa, e entrei em meu quarto, minha mãe perguntou milhares de vezes onde fui, mas falei que não havia feito nada. Enquanto isso, o velho conseguiu chegar em casa com seu carro, e foi socorrido pela sua família. Ele não sabia dizer o que tinha acontecido, pois estava bêbado e não acreditara no que tinha visto. Eu não o matei, não sei por qual motivo, mas consegui me segurar para não matar ele, tive uma certa pergunta em minha cabeça, será que devo mata-lo? Acho que lembrei de Mariza. Mas da próxima vez, não me escapa.
No outro dia de manhã, Mariza me ligou.
_Leny? O que aconteceu com meu pai, você viu? - Perguntou preocupada.
_Aquilo foi só um aviso... Da próxima ele não me escapa!
_Leny?? Você tá maluco? Olha, eu vou falar o que não queria, mas você está me forçando a isso... - Começou a chorar.
_O que... Amor? Tu tá chorando? - Comecei a me preocupar.
_Leny, eu estou terminando com você... - Falou desligando o telefone. Agora sim as coisas estão ficando complicadas de mais.
Passei o resto da manhã trancado em meu quarto, pois agora não gostava de sair com sol, a noite se tornou meu dia. Nesse momento, pensava que não tinha mais ninguém a meu favor, mas lembrei de uma pessoa, Hário.
_Mano, tem um tempo pra conversar? - Liguei perguntando.
_Mano... Tem uma coisa a seu respeito... Cola aqui... - Falou Hário de um jeito estranho.
Cheguei em sua casa, fui de moto, mas o que me esperava não era bom. Quando desci da moto, ele retirou um revólver e apontou para mim, falando.
_Eu confiava em você, cara, mas olha o que tu fez? Matou meu amigo! - Falou gritando.
_O que? Eu não matei ninguém, que amigo? - Perguntei desesperado, pois parecia ter descoberto.
_As câmeras não mentem, você... Não sei de que jeito fez aquilo, mas era você... - Falou quase puxando o gatilho.
_Mano, deixa eu te explicar... - pow, atirou contra meu peito, mas não senti dor alguma, e quando olhei, o buraco já havia sumido, aliás, a cicatrização é instantânea. Olhei para ele, mas senti pena de mata-lo, então peguei minha moto e sai correndo para casa, Hário ficou imóvel por um tempo, aliás, ele atirou em mim, mas não caí.
Cheguei em casa desesperado, meu melhor amigo e minha namorada, já não estava do meu lado, e ao mesmo tempo, a raiva de matar Hário... Mas a verdade estava certa, quem é o monstro aqui?
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Leny
ParanormalComo todos os dias rotineiros de minha vida pacata, era apenas um garoto simpático, feliz, alegre no dia a dia, calmo, sem muitos problemas, mas que de vez em quando, ficava com uma fúria impressionante, pois existia um ser dentro de mim, que foi cr...