KADY ENFRENTA MEU SOGRO

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Só com o amuleto estou seguro, mas até eu me concentrar para colocar novamente é difícil, até porque não sou eu mesmo que estou presente quando o tiro.
O poder de Kady é muito forte, mas consigo dominar, como se eu o usasse. Não sentia dor no momento, só uma raiva insana, uma vontade de ver sangue, e só.
_E agora, Kady, como vai ser daqui para frente? Eu me tornei um assassino a sangue frio, e não sou o mesmo de antes... - Falei com lágrimas escorrendo lentamente em meu rosto.
_Você só precisa ser esperto e não recair, mas qualquer emergência estarei aqui, e você saberá o que fazer! E mais uma coisa, você não é o mesmo, então precisa deixar tudo para trás e aceitar essa nova situação!
Fiquei imóvel, quando parei pra pensar que havia de largar tudo. Como iria ser agora, sou uma casca de um demônio... Maldito Kady, maldito acordo, maldita raiva que eu senti na hora, eu acho que estava começando a me arrepender.
_Ta bom, confio em você...Mas o que acontece agora? Não estou com sono, e estou inquieto...
_Vou te contar umas coisas, não sei se vão te animar, mas... Você não dormirá a partir de hoje, pois nunca mais sentirá sono, nem cansaço, nem um tipo de fraqueza, só em questão de fome ou ataques que atingirem sua fraqueza, mas ao contrário, nada te fará dormir! - Falou explicando.
_Intendo... Aliás, agora eu sou um demônio?
_Não, Leny, você só é meu hospedeiro, você continua sendo humano, mas diferente dos outros, só parte de você é minha!
_Ta bom! - Conversamos por um longo tempo e agora entendia um pouco mais sobre o que tinha me tornado.
Resolvi sair dali, aliás estava na casa da minha primeira vítima, então teletransportei-me para minha fazenda. Levei um susto quando vi o pai de Mariza perto de casa.
_Mãe, o que aconteceu? O pai de minha namorada estava aqui? - Perguntei entrando furioso pela porta da sala.
_Não, filho, ele está na vizinha! - Falou estranha.
_Estou por um triz para matar alguém... - Falei entrando em meu quarto. Fui à cozinha pegar uma faca para carregar junto a mim, para quando precisar cortar minha mão, e vi umas gotas de sangue.
_Mãe...O que são... - Olhei assustado para o braço de minha mãe.
_Que poha é essa mãe?? - Falei olhando furioso para ela.
_Não é nada! - Falou com poucas palavras.
_Não é nada?? Não é nada não, né?? - Quando vi já estava gritando. Saí para fora apressado, o pai de Mariza já estava saíndo com seu carro.
_A, não vai chegar em casa mesmo... - Falei retirando o amuleto, e em seguida fiz um corte em minha mão, fazendo escorrer sangue em todo meu braço. Em seguida teletransportei-me para a estrada onde o velho estava passando. Um tempo passou e lá vem ele, quando a luz do carro bateu em mim, ficou assustado e parou o carro, descendo com um revólver na mão.
_Quem é você? - Gritou pai de Mariza. Quando me viu, ficou assustado, mas não por me ver, ficou em ver minha situação, com o olho direito vermelho, com veias saindo dele, braço ensanguentado e com um sorriso maldoso. De repente, sumi de sua frente, e apareci atrás do velho, e com um golpe enfiei minha faca em suas costas, em menos de um segundo. Ele caiu ao chão, e logo se rastejou para dentro do carro, mas antes de ele meter o pé dali, eu falei sussurrando em seu ouvido.
_Eu falei para você, eu falei que ia voltar, e você vai morrer, rhum rhum rhum... - Então ele bateu a porta do carro e saiu disparado para casa.

LenyOnde histórias criam vida. Descubra agora