Agora eu estava tentando buscar respostas para tudo o que eu havia descoberto, meu pai volta do nada, e o que ele fazia na casa da minha namorada? Como ele sabia que namorava ela? Que loucura.
Voltei para casa, e não sabia o que fazer, a raiva estava fazendo de mim sua cobaia, só matando qualquer um, Hário, minha mãe, o meu colega, e quem é o próximo? Fazia até eu pensar de um jeito diferente, de um modo que ninguém humano normal conseguiria pensar.
Meu pai chegou logo depois, e nós dois ficamos sentados, um de frente para o outro, olhando fixamente para os olhos dele, e ele o mesmo, até parecia uma aposta de quem não podia piscar.
_Tá bom... "Pai", já que você não vai falar nada, eu... - Ele me interrompeu, parecia que ele só estava esperando eu começar para ele me interromper de novo.
_Leny, eu sei que é difícil para você, difícil compreender tudo em volta, mas você vai se acostumar, vai chegar uma hora que você vai utilizar isso que você chama de demônio! - Falou tentando me animar, mudar esse clima entre nós dois.
_Você não intende, não é? Não é você que está sendo capacho desse imundo!!! - Falei fora de sério.
_Leny, você... NÃO É SÓ VOCÊ... - Começou a gritar - EU TAMBÉM PASSEI POR ISSO, E SOFRI MUITO, PERDI MEUS PAIS TAMBÉM, E OLHA, ESTOU AQUI, SABE POR QUE?? EU TENHO A ÚLTIMA MISSÃO, CUIDAR DE VOCÊ!!! - Falou gritando, e teletransportou-se dali.
Eu havia acreditado nele, com muito medo, é claro, mas sentia que ele falava a verdade. Vi também nos olhos dele que dentro do meu pai, tem um demônio, então pensei que podia tentar livrar-me eu e meu pai dessa, mas teria de pensar logo.
Agora queria saber onde encontraria meu pai, para pedir desculpas a ele, afinal, acho que deve ter sofrido igual a eu, ou talvez pior. Fiquei horas e horas pensando em tudo o que aconteceu, foi tão rápido, acabei com minha vida em poucos dias, ou melhor, acabei com minha vida quando aceitei Kady em mim.
Meu telefone toca:
_Leny... Eu pensei muito, e quero... Quero que venha aqui para a gente conversar, e se der, a gente se entende, pode ser? Pode aparecer aqui em minha frente? Eu acredito em você! - Falou Mariza.
_Mariza? É você mesmo? Eu fiquei tão feliz em ouvir sua voz... - Falei alegre, ela era a única que me deixava feliz, e me acalmava.
_Venha aqui, estou te esperando, em minha casa, meus pais saíram...
_Amor, já estou aí... - Falei teletransportando para lá.
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Leny
ParanormalComo todos os dias rotineiros de minha vida pacata, era apenas um garoto simpático, feliz, alegre no dia a dia, calmo, sem muitos problemas, mas que de vez em quando, ficava com uma fúria impressionante, pois existia um ser dentro de mim, que foi cr...