Fugi daquele lugar, fui para longe, onde eu podia ficar sozinho. Eu havia atirado mesmo? Comecei a chorar de desespero, não por ter atirado, mas para onde iria agora depois de tudo o que tinha feito.
Passei um tempo em um rio que passava perto de lá, e fiquei conversando com Kady.
_Por que você fez isso? Eu não ia atirar... - Falei com a voz trêmula do choro.
_Eu percebi que não ia puxar o gatilho, então fiz meu trabalho! Hahaha.
_Mas, você... Se você não pode me dominar, por que está aqui?
_Eu sinto que você é forte, até ao ponto de me bloquear, mas os tempos vão ficar difíceis para você, e ficarei aqui para te ajudar!
_Como assim?? Te bloquear, e você me ajudando? - Falei, limpando o choro.
_Sim, bloquear, você pode deixar eu te ajudar usando minha força, ou se não quiser, você pode me trancar, não deixando eu te usar, entende agora? Eu o escolhi, pois sabia que era forte! - Falou como se estivesse falando sério, agora não sabia se acreditaria nele, ou o que mais eu ia fazer para fugir.
Voltei apé para casa, quando cheguei, vi que estava sozinha, minha mãe não estava mais uma vez, eu estava começando a achar estranho, minha mãe não era de sair, agora todo dia encontro a casa só, mas melhor assim, tinha mais conforto sem ela, podia conversar em voz alta.
Falta muito pouco para eu não duvidar mais de Kady, aliás, ele, não sei explicar, conseguiu fazer com que eu encontrasse a força necessária para matar cada um, e ter minha vingança, as vezes não era nem vingança, só a vontade de descontar minha raiva.
Os dias passam, eu já não queria ir para a escola, só ficava trancado no meu quarto. Após o que ocorreu na casa de minha namorada, não sabia mais o que ia ser de minha vida dali para frente, mas achava muito estranho, nem a polícia bateu em minha porta, nem Mariza havia me ligado, o que mais me deixava preocupado era que o pai delas podia ter feito algo, foi aí que em minha cama, deitado e pensado, me veio a cabeça.
_Putz, meu Deus, o pai delas deve ter feito algo, nossa, que bosta, e agora, o que foi que eu fiz?? - Falei levantando da cama correndo para pegar a moto de minha mãe e descer na casa de Mariza, mas quando sai para fora, a própria Mariza me esperava no portão.
_Ma...Mariza? O que faz aqui? - Perguntei meio bobo.
_Precisamos conversar Leny, tem muita coisa a ser resolvido! - Falou séria olhando nos meus olhos. Saímos para conversar, andando pela estrada da fazenda, ela me contou tudo o que sentia.
_Amor, sei que sua paixão por mim é grande, sei também que sua cede de vingança é maior, mas você tem noção do que fez? - Perguntou-me com uma voz doce.
_Desculpa negah, é que não suporto ver uma mulher sendo agredida e não poder fazer nada, ainda por cima é minha sogra...
_Mas você não pode sair resolvendo tudo assim! - Ela falava como se tudo estivesse bem, na maior tranquilidade.
_Mas você sabe, né, meu amor?! Que só faço isso com quem merece. - Falei olhando para ela, meio sem graça.
_Sei sim meu bem, e você me prometeu que nunca ia encostar em mim para me bater, disso eu levo com muita certeza, pois confio em você! - Falou pegando em minha mão. Naquele momento, senti que ela me amava mesmo, aliás, eu fiz tudo aquilo com o pai dela, e ela veio conversar comigo. Nós falamos tudo o que estava preso na garganta, e também me contou o que havia acontecido com o pai dela. A mãe dela não me denunciou por que Mariza não deixou, o pobre coitado foi internado e passa bem, pois a munição só acertou no braço, e ela entendeu que eu o odiava.
Kady nessa história já estava ficando chato pra mim atura-lo, mas começava a sentir confiança por ele também.****"Obrigado por ler!*****
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Leny
ParanormalComo todos os dias rotineiros de minha vida pacata, era apenas um garoto simpático, feliz, alegre no dia a dia, calmo, sem muitos problemas, mas que de vez em quando, ficava com uma fúria impressionante, pois existia um ser dentro de mim, que foi cr...