Capítulo 14

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Julie Lander.

Sempre tentei me manter discreta em relação a minha vida pessoal, apesar de ser uma das ou á menina mais popular da escola e ficar com vários garotos, poucos sabem realmente sobre minha vida pessoal.

Única pessoa da faculdade que sabe realmente o mínimo sobre mim é o reitor da faculdade, isso porque não tinha como omitir dele também.

Depois do atentado que minha irmã sofreu acabou que não estou indo a aula direito, mas isso não me prejudica ate porque posso pagar uns nerds depois para fazerem alguns trabalhos pra mim.

Acordo cedo e vou mais um dia pro hospital, não estou deixando um dia se quer de ir visitar a minha irmã e minhas sobrinhas, já que é a única família que ainda me resta.

Converso um pouco com o Dr e ele me leva para vê-la como de costume, chego e fico conversando um pouco com ela mesmo sabendo que talvez não me estivesse ouvindo, ou estaria? Quem sabe...

-- Mana suas filhas estão cada dia mais lindas, estão um pouco parecidas com Enzo, tenho que assumir que você tirou a sorte grande ao conseguir cumprir nossa aposta de ficar com ele aquele dia na festa.-- dou alguns risos só de lembrar daquele dia maravilhoso.-- Você lembra que peguei aquele gato do Dylan né? Ele corre atrás de mim até hoje, acredita?!

Neste momento vejo minha irmã mexer o dedo, fico sem reação só de pensar que ela pode estar saindo do coma.  Não havia me preparado para isto, mesmo esperando muito que acontecesse já que ficar em um apartamento sozinha todos os  dias é horrível. Por mais que nós não combinamos totalmente, sua ausência me machuca.

No momento em que meu cérebro estava prestes a concluir algum raciocínio minha irmã abre os olhos, única coisa que consigo fazer é chorar e rir ao mesmo tempo. Grito o Dr para que venha testemunhar este momento de evolução da minha irmã.

Ele vem e conversamos um pouco até o momento em que ela sente uma grande dor de cabeça que a deixa "louca", saiu do quarto de minha irmã e deixo que cuidem dela.

Vou conversar com uma das enfermeiras que já se tornou uma colega, já que venho quase todos os dias aqui.

-- Oi Safira, como está? -- diz ela me recepcionando com um abraço.

-- Estou bem e você? Minha irmã acabou de sair do coma estou tão feliz mas ao mesmo tempo preocupada, pois ela sentiu uma forte dor de cabeça e tiveram que dopar ela para que se acalmasse.-- digo sentindo uma leve lágrima escapar do meu olho.

-- Isso é preocupante, mas calma irá ficar tudo bem, não precisa se preocupar, vamos fazer alguns exames já previstos e tudo irá voltar como era antes ou ainda melhor.-- diz ela me transmitindo nem que seja um pouco de tranquilidade, mas ainda assim sinto que ela está me escondendo algo.

Vejo Enzo se aproximando e mudo de assunto, ele não pode saber de tudo, não agora.

-- Enzo meu lindo, você por aqui? -- fiz o que sempre faço quando nos esbarramos no corredor da faculdade.

-- Sim Julie, estou aqui com Maggie. E você? O que faz aqui? -- diz ele como sempre, sendo direto. Mas não lhe direi a verdade.

-- E...u... Eu... Estava passando por aqui e decidi vir visitar minha velha amiga Safira.-- disse a primeira coisa que se passou pela minha cabeça no momento.-- Não é mesmo amiga? Mas já estou de saída. Foi muito bom revela, assim que tiver um tempo volto para visitá-la novamente.-- diz dando um beijo na bochecha de Safira que é sempre discreta desde quando nos conhecemos.

Decido ir tomar um café e esperar os resultados dos tais exames, pego meu celular e começo a conversar com alguns amigos, fico ali sem me dar conta de que o tempo estaria passando. E passou, inclusive, rápido demais.

Subo novamente para ver se tinham ficados prontos, Dr Igor deixou um recado na recepção para que assim que eu chegasse fosse direto ao seu escritório, assim o fiz. Bato a porta esperando que surja um '
"entre" e quando surge entro já esperando que ele me diga os resultados.

-- Com licença Dr, pediu para que viesse diretamente aqui? 

-- Sim, sente-se, como sabe sairam os resultados dos exames mas não são nem um pouco animadores.-- diz ele.-- Mas eu tenho que ver sua irmã agora vamos até lá que eu te falo quando chegarmos lá.

-- Tudo bem Doutor, seja como você quiser.-- digo o seguindo.

Chegando até o quarto da minha irmã após certificar que ela estava bem o doutor deu continuidade a nossa conversa.

-- Então Julie, como eu estava lhe dizendo os resultados não são animadores, através dos exames descobrimos que sua irmã está com um tumor cerebral grave mas ainda está no início, porém, isso não diminui sua gravidade.

T-u-m-o-r acho que essa é a palavra mais triste e pesada que alguém pode ouvir quando se tem um familiar no hospital.

Sento-me já não tendo forças pra me manter de pé, neste momento passa um filme de toda nossa vida em minha mente e meus olhos começam se encherem só de imaginar o pior.

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