Capítulo 7

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Pedro Narrando.

Fico pousadão em mulher com atitude, que não fica fazendo mimimi para conquistar o cara e que principalmente tem aquele olhar que te prende de primeira.

Na segunda feira, no bar, eu fiquei intrigado com aquele assunto que surgiu na mesa entre a Rita e o Erick, a respeito de uma tal de Betina. Não demorou muito para eles me contarem qual era a dela e só pela foto que eles me mostraram dela, fiquei mais curioso ainda para saber qual era daquela doida. Se eu vejo algo ou alguém que me atrai eu vou atrás sem medo, ainda mais se eu estiver solteiro.

Já havia mais do que só alguns dias que eu tirei a minha aliança do dedo e disse pra Juliana que a nossa vibe já havia chegado ao fim. O que me partia o coração era ver o rosto triste da minha filha, Sofia. Minha coroa estava me dando maior moral, dizendo que agora seria bom para eu e a Ju crescermos, pra colocar tranquilidade de uma vez por todas na cabeça da nossa menina e até mesmo minha irmã estava curtindo mais a minha presença em casa.

Meu pai já é falecido, já tem uns cinco anos que Deus levou ele pra melhor, tudo de bom que meu coroa pode ter feito na terra ele fez e eu sou grato demais por isso. Sonho dele era ver eu e a minha irmã crescidos na vida, trabalhando pelo nosso, estudando, se formando e agora lá do céu ele está podendo nos assistir integralmente.

E é por isso que tudo o que eu faço é pensando na minha filha, quando a Ju chega mandando conversa que a nossa menina sente minha falta em casa ou que ela chorou de saudade, eu já fico com a cabeça a milhão e acabo voltando pra Ju.

O sexo já não é mais o mesmo, a gente já não se toca mais da mesma forma e não pela rotinha, mas porque foram tantos problemas que até mesmo uma viagem só nós dois fica sem graça. Não tem mais o encanto. O príncipe que eu era pra ela há uns 3 anos, eu não sou e nem sinto vontade de ser também.

― Muito obrigada pela cerveja mais cedo. – A Betina falou ao abrir uma das long neck em sua mão e colocou a minha frente logo assim que sentamos em uma mesinha do lado de fora do bar.

Pedro: Ritinha não sabe nem guardar segredo. – Ri.

Betina: Uma hora ou outra eu ficaria sabendo, não acha? – Ela sorriu abrindo sua cerveja e deu um gole. Fechei a mão ao redor da minha cerveja trazendo-a mais para mim e antes de dar o primeiro gole dei um sorriso de lado encarando-a.

Pedro: Não tem problema em saber, o lance mesmo era que eu queria chegar em tu sem ela abrir o verbo.

Betina: Agora já era.

Pedro: E aí, Betina? Posso saber qual é a tua?

Betina: Qual é a minha? – Ela jogou seu peso para trás na cadeira, olhou rapidamente para o lado e voltou a atenção para mim - Eu que tenho que fazer essa pergunta, não acha?

Pedro: Ah... Eu não tenho nada que vá te interessar, mas fiquei intrigado nesse teu rolo lá com os caras.

Betina: Ah ficou? – Ela riu um tanto sem graça – A rádio fofoca por aqui tá firme e forte.

Pedro: Se acostuma porque ela nunca para.

Betina: Vou ouvir alguma fofoca a seu respeito?

Pedro: Nem fodendo... Sou tranquilão na minha. – Ri apoiando meus braços na mesa e a olhei melhor. Ela tinha uns traços bem definidos, um sorriso bonito, seios no padrão que me satisfaz, até então boa de papo, é... Acho que dá pra render com ela.

Betina: Não senti muita firmeza nessa sua fala agora.

Pedro: Por que não cara? – Ri.

Betina: Geralmente quem mais fala que é tranquilo é quem tem mais o que esconder.

Agora eu quero irOnde histórias criam vida. Descubra agora