Miguel: Oi? O que foi? – Olhei assustado, olhei para todos os cantos, não havia notebook e nem roupa no chão. A luz estava ligada e a Betina estava muito bem vestida do meu lado na cama. Meu coração estava batendo acelerado pra caralho e eu olhei pra tela do notebook e mostrava a tela normal do filme antes de dar play.
Betina: A gente pegou no sono, enfim, o filme acabou faz tempo. – Ela bocejou e se espreguiçou. Meu pau estava latejando de tão duro dentro da cueca, bicho chega estava magoado.
Miguel: Puta que me pariu, Betina... – Levantei da cama assustadão com o sonho que havia tido e havia sido tão real que não era possível.
Betina: Qual foi, Miguel? Estava sonhando comigo? – Ela abriu um sorriso para me provocar e alternou o olhar entre meu cacete e meu rosto.
Miguel: Ah tá. – Rolei os olhos e fui até o banheiro jogar uma água gelada no corpo. Que mina é essa rapaz? Atenta o juízo dos outros até nos sonhos.
Eu fiquei debaixo da água gelada até conseguir me manter sobre o controle, assim que sai, me sequei e vesti a mesma roupa. Na minha cabeça só se repetia as cenas daquele sonho que para mim foi tudo mais do que real. Que horas eu peguei na porra do sono que eu não lembro?
Dei uma escovada nos dentes pra tirar aquele gosto enjoado da boca e sai do banheiro. A Betina continuava na minha cama mexendo no meu notebook, peguei meu celular do carregador e olhei a hora, já passava de 1h.
Betina: Tá mais tranquilo? – Ela olhou para mim sorrindo.
Miguel: Aham. – Deitei na cama que costumava ser do William.
Betina: Vou para o meu quarto dormir. – Ela levantou da cama pegando seu celular.
Miguel: Qual foi? Dorme aí. – Falei – Não precisa ficar pra lá sozinha.
Betina: Tá com medo de que algum ladrão entre aqui e me roube?
Miguel: Fala isso nem brincando, mina. – Sorri.
Betina: Vou só pegar meu travesseiro e a minha coberta.
Miguel: Pra que se já tem a minha? Aquieta o rabo aí. – Levantei da cama e fui guardar o notebook.
Betina: Não sabia que estava me convidando para dormir contigo.
Miguel: Se demorar pra aceitar eu retiro. – Enfiei o notebook dentro da capa dele, deixei dentro da minha parte no guarda roupa, apaguei a luz e fui pra cama. A Betina ficou sentada nos pés e me olhando no escuro – Qual foi?
Betina: E esse canto maravilhoso? – Ela deu uma risadinha.
Miguel: Nem fodendo, canto é meu rapá.
Betina: Não sabe ser educado?
Miguel: Vou te mostrar minha educação nesse instante. – Peguei na perna dela e puxei pra ver se ela vinha logo deitar.
Betina: Aproveita e faz uma massagem aí.
Miguel: Que massagem o que, ihhh, tá sem assunto Betina?
Betina: Já tá chato de novo, não aguento esse teu humorzinho. – Ela riu vindo deitar do meu lado, botei o braço pra ela deitar em cima e ela virou para mim.
Miguel: Tá olhando o que hein? – Virei o rosto pra ela e sentir a respiração dela leve.
Betina: Me deixa dormir nesse cantinho maravilhoso. – Ela fez uma voz boba enquanto fazia beicinho e eu fiquei olhando pra ela sem crer que aquilo era sério mesmo.
Miguel: Vou ganhar o que com isso? – Arqueei uma das sobrancelhas.
Betina: Tudo é na base do interesse agora é?
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Agora eu quero ir
RomansaTraumas psicológicos levaram Betina deixar o interior de São Paulo e buscar uma vida melhor na capital. Mas para isso acontecer ela precisou mentir sua verdadeira identidade. ✓ História publicada originalmente no VK no dia 2 de dezembro de 2017 e fi...