Capítulo 16

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Peu: Essa tua carinha de inocente engana ninguém tu sabe bem né?

Elisa: Você tem que ficar em minha defesa e não na acusação.

Peu: Posso fechar com tu por hoje, Elisa? Tu já tá grandinha já, preciso nem ficar repetindo as paradas pra tu.

Elisa: Amo quando o fogo no teu rabo fala mais alto do que o amor por mim. – Ri me afastando – Vai gostoso, vou ficar bem aqui com os meninos.

Viana: Ihhh teu irmão te liberou é? – Ele riu se aproximando e segurou na minha cintura – Tá com Deus irmão.

Elisa: Tu te orienta, Viana, que eu quero voltar pura pra casa.

Peu: Cuida da minha irmã ein teu porra. – Ele encostou um punho no peito do Viana, riu e saiu andando.

Eu nem queria que o Pedro caísse fora né? Uma coisa que eu amo é deixar o João puto de ciúmes, porque aí a foda é bem boa, na raiva eu amo mesmo. Ele estava de papo com o Plínio e como quem não queria nada eu comecei a dançar aquele reggaetón no capricho bem de frente pra ele, rebolando no ritmo da música e caprichando no charme e no sorriso. O Well veio dançando de quebradinha para o meu lado, já querendo me sarrar, mas parei ele na metade do caminho, porque se ele viesse por trás era morte na certa.

Elisa: Sossega. – Sorri e dei dois passos para trás, mas não satisfeito ele segurou na minha cintura.

Well: Pode nem dançar contigo. – Ele riu fazendo uma carinha de dengo – Teu irmão vai te matar não, pode ficar suave que uma dança não dá em nada.

Elisa: Nem por isso. – Dei uma piscadinha me afastando e voltei a dançar como se não tivesse rolado nada.

Eu só queria uma amiga minha aqui comigo, mas as piranhas já meterem tudo o pé para outro rolê, nem rola chamar em cima da hora pra cá. Minha garrafa já estava pelo final, fui até a mesa pra pegar outra, aproveitei pra dar uma passada de olho no Peu.

― É o que Pedro? – Ri olhando para ele e os meninos olharam na direção.

João: Tá achando que o moleque é fracote? – Ele estava pegando firme a morena, não era aquele beijinho "Oi vamo fechar?" e já comecei a ligar os pontos de que essa é o tal esquema que um dos meninos falou. Eu gosto assim, desapego da embuste modo on. Orgulho desse meu irmão da porra.

Elisa: Caralho, meu irmão tá bem demais.

Viana: E tu não tá não?

Elisa: Queria estar, porém tô vendo que só vou ficar bêbada mesmo. – Finalizei a garrafa de beats, deixei a vazia junto das outras e a cheia que tirei do balde já fui tentando abrir.

Well: Tu não nega de quem é irmã mesmo. – Ele segurou na minha garrafa já tentando pegar pra abrir – Deixa eu abrir, pequena.

Senti aquele calorzinho básico de quando outro corpo se aproxima do teu e pela sombra que fez em cima de mim já vi que era o esquentadinho.

João: Dá licença, Wellington. – Ele falou com a voz firme, puxou a garrafa das nossas mãos e pegou na minha cintura – Bora, Elisa.

Well: Relaxa mano, eu hein.

João: Fica na sua, beleza? – Rolei os olhos ao respirar fundo e fui andando enquanto o João me guiava.

Elisa: Precisa de cena não, o moleque é amigo po. – Puxei a garrafa já aberta da mão do João e ele ficou quieto. Foi um custo pra passar pela galera e eu não fazia ideia de onde aquele doido estava me levando. Entramos dentro da casa e estava um fumacê denso e doido do caralho, cheiro forte ao mesmo tempo adocicado – Eita que o negócio aqui tá bom.

Agora eu quero irOnde histórias criam vida. Descubra agora