Capítulo 19

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Betina Narrando.

1 mês depois.

― Tu fica toda gostosa com a minha blusa. – O Pedro chegou por trás passando seu braço pela minha cintura, antes dele encostar sua boca no meu pescoço eu já estava arrepiada pelo calor que eu não havia me acostumado.

Betina: Vou sair assim mesmo tá bom? – Olhei para o nosso reflexo no espelho sem sorrir.

Pedro: Bora, padaria é ali embaixo.

Os dias passaram com pressa, mas não os trocaria por nada nesse mundo. A minha fase de adaptação na casa acabou, tudo o que eu achava de estranho eu passei a me ver fazendo semelhante aos meninos, exceto pela coça que ainda ganho do Miguel no FIFA. A saudade de casa vinha principalmente nos finais de semana que eu costumava ficar com a minha mãe e a minha vó, mas o querer não conviver mais com o meu padrasto me faz ficar umas horas na ligação com minha mãe ou minha vó que tudo se ajeita no meu coração.

A amizade que aos poucos estava construindo aqui, seja na faculdade, no meu ambiente de trabalho ou com os meninos da casa me faz querer estar aqui e isso está se tornando importante para mim. Eu aprendi a me dar uma nova chance de conhecer outras pessoas sem esquecer aquelas moram no meu coração e visitam meu pensamento todo dia.

Definição para o que tenho com o Pedro ainda não encontrei, também não estou a fim de procurar. É gostoso passar os dias com ele, participar da rotina dele, eu aprendo muito o tempo inteiro e ele não me impede de ensinar pra ele também. Ele havia deixado claro para mim que não entraria no relacionamento agora, mas também não abriria mão de mim por isso e eu compreendi. Não estava com vontade de me prender logo agora que descobri minha liberdade e o Pedro não fica toda hora marcando em cima. Ciumento que pelo amor de Deus quando estamos juntos, mas quando saio com os meus amigos não fica torrando meu saco ligando toda hora. Minha mãe estava em cólicas querendo conhecer o Pedro, saber tudo dele, blabla, eu evitava isso o máximo que podia já que ainda não havia tomado coragem para dizer que havia perdido a virgindade.

Quem não quer ser sacaneado, simplesmente não sacaneia. Na teoria essa é uma das falas que me regem, mas na prática... Desde o dia da Pool Party que eu passei a negar os caprichos do Miguel, mas ainda ele me atraia somente com olhar. Ele não investia mais como antes, de pegar no meu corpo e mostrar o quanto está me desejando com seu pau duro.

Mas ele não disfarçava o olhar cafajeste quando me pegava de olho nele, fazia questão de exibir aquele olhar de desejo dele e para me provocar saia como quem não queria nada. Isso aumentava na academia, ele me dava uma carona todas as manhãs para o trabalho e propositalmente ele arrumava um jeito de tocar na minha coxa, me convidava para comer e o jeito que ele me atraia para dentro de seu papo me dava vontade de ser fodida por ele ali mesmo na mesa. Se olhar é pecado, o inferno já tem meu espaço garantido.

A surpresa foi meu apego a Rita e ao Erick. 24h um perturbando o outro, contando dos babados e das fofocas dos rolês. O que só me deixava intrigada era que a Rita não falava mais com o Noah, por causa de uma briga que tiveram e ninguém sabia o motivo. Achei bem estranho, mas respeitei o momento dela. Meu hino era ver o Erick fingindo ser cem por cento hetero a presença do Noah e do Miguel, como eles moravam na casa a tanto tempo e não havia percebido a piranha que é Erick? E o pior, sem necessidade, porque os meninos são de boa em relação a isso. Mas respeito o medo do Erick de achar que a amizade entre eles vai mudar e eu noto o quanto isso o machuca, presenciei isso de perto uma vez e agora tudo que queria era ver o Erick sendo feliz a maneira que ele desejava. Tanto ele quanto a Rita ficaram sabendo de primeira mão que eu não era mais virgem e foram comigo ao ginecologista. Deus me drible de uma gravidez e o Pedro começou a marcar em cima antes da nossa segunda foda que não demorou a acontecer. Levei uma coça para me habituar a atual mudança e eu fiquei feliz de ter um ginecologista paciente com todas as minhas perguntas. Eu já havia ido outra vez com a minha mãe, em uma época infeliz da minha vida, mas não aconteceu nada demais, apenas um simples exame. Não ia me aventurar a tomar qualquer remédio por conta própria e a Ritinha sustentou meu pensamento.

Agora eu quero irOnde histórias criam vida. Descubra agora