Acabou que fomos para em um hotel bem fodinha por sinal, o Miguel veio para o banheiro tomar banho junto comigo e nos resumimos em carícias enquanto a caia por nosso corpo. Meu corpo parecia até ímã para o Miguel, parecia que ele tinha necessidade de me tocar e eu queria ser tocada de todas as formas. O jeito possessivo que ele pega no meu corpo, me olha, me doma, acaba me tirando de mim. Antes de irmos dormir, só sequei meu corpo e fui nua pra cama junto com ele.
Betina: Miguel? – Passei a mão pelo seu rosto até chegar no pé de sua orelha.
Miguel: Estou ouvindo. – Falou já com os olhos fechados.
Betina: Não é nada. – Eu não tinha nada para dizer, mas parecia que eu queria dizer algo. Meu consciente sentiu necessidade de dizer algo ao Miguel ao vê-lo ali na cama, mas me calei e virei de costas pra ele que passou seu braço pela minha cintura.
Acordei ao lado do Miguel na cama do hotel e ele ainda dormia. Me inclinei pra fora da cama, equilibrando o peso do meu corpo ao segurar na cabeceira. Peguei meu celular, voltei a deitar e logo recebi um longo beijo do Miguel no meu pescoço fazendo uma leve cócega com sua barba.
Betina: Acorda pra gente ir. – Falei preguiçosa deixando meu celular cair entre a gente e fui abraçar ele.
Miguel: Tá com pressa de ir embora já?
Betina: Por mim eu nem iria.
Miguel: Então aproveita. – Me enfiei mais para baixo, encostando no peito dele pra sentir mais de seu cheiro. Senti a mão dele passar pela minha costa até que ele me fez levantar o rosto para que pudesse me beijar com calma – Bom dia.
Betina: Bom dia. – Selei nossas bocas.
11h tomamos coragem pra sair do hotel, eu com aquela vergonhazinha básica. Quem não sente um pouco né? Na hora do fogo até vai, mas pra ir embora são outros quinhentos. Quando chegamos em casa, o Noah estava deitado no sofá assistindo Globo Esporte e tudo estava muito quieto.
Betina: Bom dia, bebê. – Falei ao passar pelo Noah, fui pra cozinha tomar meu anticoncepcional que já estava na hora. Se eu deixasse pra tomar depois do banho, poderia esquecer e isso eu não quero nem fodendo, né mesmo? Ao sair da cozinha, fui seguindo para o meu quarto. Por incrível que pareça eu não estava com sono, talvez mais tarde eu sentisse quando de fato os meus ânimos se acalmassem. Depois da surra de piroca que o Miguel me deu, quem que dorme tranquilamente? Eu estava ainda vivendo toda a nossa madrugada na minha cabeça.
Miguel: Pessoal já foi embora?
Noah: Foi agora pouco, Caleb foi deixar as minas em casa... – Ouvi a conversa deles até entrar no meu quarto, o Erick estava mais morto do que vivo em sua cama, fui direto para o meu guarda roupa catar algo que preste pra vestir e ir para o banho.
Erick: Nossa querida isso são horas?
Betina: Tenho hora pra chegar em casa agora?
Erick: Nossa, mas deve tá arrombada até o cu.
Betina: Erick cala a boca. – Ri, não sei porque eu ainda espero descrição do Erick – Miguel está ali na sala, pelo amor.
Erick: É só a verdade. – Riu besta.
Miguel: Inclusive estou aqui no corredor. – A voz do Miguel soou no quarto quando ele passou por ele, mas até ele ficou rindo da besteira que o Erick disse.
Betina: Af racha minha cara de vergonha.
Erick: Rachada só a buceta.
Betina: Cala a boca, Erick. – Peguei um rímel e taquei na cara dele.
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Agora eu quero ir
RomanceTraumas psicológicos levaram Betina deixar o interior de São Paulo e buscar uma vida melhor na capital. Mas para isso acontecer ela precisou mentir sua verdadeira identidade. ✓ História publicada originalmente no VK no dia 2 de dezembro de 2017 e fi...