Arrastei a cama do Erick, tirei a colcha, guardei dentro da parte do armário onde ele e a Betina costuma guardar roupa de cama.
Betina: Bem prendado, gostei. – Entrou rindo no quarto enquanto eu terminava de ajeitar o lençol das duas cama, apenas assenti, ela jogou meu travesseiro em cima da cama e voltou para fechar a porta. Deitei na parte da cama do Erick e assisti a Betina vestir uma blusa sua seguido de um short larguinho. A luz não demorou a ser apagada e ela veio para a cama. Me aproximei dela na cama e passei meu braço por sua cintura.
― Não disse que rolaria toda essa proximidade. – Sussurrou baixinho.
Miguel: Posso tocar em você mais não?
Betina: Não. – Aproximei mais ainda meu corpo do dela, quase fazendo com que o corpo dela colasse ao meu e senti a respiração dela roçar no meu peito.
Miguel: Se for pra dormir juntos tem que ser do jeito certo.
Betina: E o jeito certo é tão perto assim?
Miguel: Só quero desse jeito. – Abri um sorriso de lado, abaixei a cabeça e beijei sua testa. Ela não negou mais nada, então fui a envolvendo em meus braços e ela fez meu braço de travesseiro, nossas pernas acabaram entrelaçadas.
Tracei vários caminhos pela costa da Betina por dentro de sua blusa, ela estava quietinha com o rosto enterrado em meu peito, mas sabia que ela estava acordada. Me limitei a ir até a sua cintura, pegando sem colocar muita pressão nela. Deixando sua costa, fui acariciando seu braço que estava em cima de mim, na altura de seu pulso estava a pulseira que ela usava dia e noite.
― Não tira nem para dormir? – Toquei na pulseira, passando meu polegar de leve enquanto mantinha firme a pegada em seu pulso.
Betina: E precisa?
Miguel: Não é que precise, mas...
Betina: Eu ganhei de uma pessoa muito especial, se eu tirar é como se eu estivesse pelada, sabe?
Miguel: Disso eu já sei, você já me disse outra vez, mas quem é essa pessoa?
Betina: Vamos dormir, Miguel?
Miguel: Foge do assunto não, fala pra mim.
Betina: É que eu não gosto de falar sobre isso.
Miguel: Você nunca fala de nada, Bê.
Betina: Hm... – Ela subiu seus braços fazendo-me tirar a mão de seu pulso e os envolveu no meu pescoço – Você fala muito também né – Ironizou.
Miguel: Eu não escondo nada.
Betina: E eu escondo?
Miguel: Me responde você essa, até porque você foi a única que chegou aqui e falou bem pouco da sua vida.
Betina: Eu falei da minha mãe, do meu pai e do meu irmão sim.
Miguel: Estou a fim de saber mais, só aquilo não me deixou satisfeito.
Betina: Infelizmente é com isso que vai ter que se contentar.
Miguel: Por enquanto.
Betina: Mala. – Ri baixo – Você não tem o que fazer e fica tirando com meu juízo.
Miguel: Juízo? Você tem isso desde quando?
Betina: De fato, se eu tivesse nem aqui você estaria.
Miguel: Já que eu estou aqui e juízo você não tem mesmo, por que não falar menos e fazer algo melhor? – Sussurrei pegando na cocha dela e trazendo pra cima da minha cintura.
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Agora eu quero ir
RomanceTraumas psicológicos levaram Betina deixar o interior de São Paulo e buscar uma vida melhor na capital. Mas para isso acontecer ela precisou mentir sua verdadeira identidade. ✓ História publicada originalmente no VK no dia 2 de dezembro de 2017 e fi...