Eu não gosto de ver o Miguel brigando, nem discutindo, nem nada. Eu gosto dele quando me beija ou só de observar ele rindo com os amigos. Era só o que aquele nojento do William queria, tirar a nossa paz e ele conseguiu. Eu levantei as pressas, não me importei com chuva e só em fazer o Miguel parar. Os dois rolavam pela lama que se formou no gramado, tanto um quanto o outro desferiam socos contra o outro. Mal o William deu um soco no Miguel, que ele o pegou pela garganta e pressionou sua cabeça contra o chão socando seu rosto.
Betina: MIGUEL PARA COM ISSO! – Eu não queria chorar, nem ter que gritar, saberia que não adiantaria. Ele assim não escuta, não quer saber, sai fora de si.
Will: ARROMBADO DO CARALHO. – Ele botou o Miguel no chão e enfiou a mão na cara dele que na hora botou o William no chão, segurou-o pela gola da camisa e batia em sua cara que com efeito a cabeça batia no chão. A chuva espalhava o sangue dos dois, em abundância o do Willian.
Miguel: ERA DISSO QUE VOCÊ ESTAVA SENTINDO SAUDADE NÃO É? – Ele prendeu o rosto dele no chão segurando-o pelo cabelo. enquanto imobilizava os braços dele. O nariz do Will estava afundado na poça de água que ali se formou enquanto o porco se debatia. Meu corpo inteiro tremia em meio ao choro. Tentei inúmeras vezes puxar o Miguel em vão.
Will: Me solta. – Falou entre os dentes fazendo a água borbulhar e ele tossir por ter se engasgado.
Miguel: Você não gosta de se meter com a mulher dos outros? Tem que gostar de apanhar também.
Betina: MIGUEL PARA COM ISSO, VOCÊ VAI MATAR ELE. – Tentei o puxar pelo casaco, tirá-lo dali, mas foi quando ele bateu seguidas vezes na cara do William que tentava revidar com fúria. O Miguel não parou de bater até os seguranças e uns estudantes chegarem pra separar os dois.
Segurança: Vamos parar com essa palhaçada. – Ele falou algo e bem firme prendendo o Miguel pelos braços enquanto o outro segurança puxava o Wiliam do chão.
Miguel: ME LARGA, MEU ASSUNTO COM ELE JÁ ACABOU!
Betina: Miguel, por favor. – Me aproximei dele botando onde havia ferido em seu rosto e ele virou a cara para não me olhar.
Miguel: Cai fora.
Betina: Vamos pra casa, tá bem? – Solucei.
Miguel: Tá chorando por que caralho?
Segurança: Cala a boca, moleque.
Betina: Para de piorar a situação. Moço, por favor... – Olhei para o segurança que só negou com a cabeça. Os seguranças arrastaram o Miguel e o William pra algum lugar. Nervosa eu liguei pra primeira pessoa que veio a minha cabeça.
Ligação.
Caleb: É uma péssima hora pra você ter ligado, mas já que atendi, faça valer a pena.
Betina: Caleb, por favor...
Caleb: Por que você está chorando?
Betina: Levaram o Miguel, vão chamar a Polícia.
Caleb: Betina onde você está?
Betina: Na faculdade.
Caleb: Estou indo para aí agora.
– Sai dessa chuva. – Fui tirada dali sem nem ver quem era – Uma menina te ouviu gritar do banheiro e foi atrás dos seguranças, morena. – Eu sabia que era o Pedro ali, mas eu não conseguia ver nada ao meu redor e tremia de nervoso.
Betina: Eu preciso ver ele. – Funguei sentindo muito frio.
Pedro: Agora não, espera ele se acalmar.
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Agora eu quero ir
RomanceTraumas psicológicos levaram Betina deixar o interior de São Paulo e buscar uma vida melhor na capital. Mas para isso acontecer ela precisou mentir sua verdadeira identidade. ✓ História publicada originalmente no VK no dia 2 de dezembro de 2017 e fi...