Capítulo 40

26.7K 1K 225
                                    

Miguel Narrando.

A Tessália e a Camila são veteranas do curso de Agronomia, elas moram juntas desde o início do ano passado e acabou que eu e o Noah pegamos amizade com as duas. Elas são bem de boas, tranquilonas e faz falta uma amizade dessas.

Sem condições ficar olhando a Betina dançando, perdi até o fio da conversa e parei pra olhar. Dançando de frente pra mim, rebolando gostoso, até esqueci da raiva que ela me fez passar.

Tess: Não é Miguel? – Falou chamando minha atenção e logo os três caíram na risada.

Miguel: É sim po. – Concordei sem nem ter ouvido e coloquei meu copo de bebida na boca bebendo de gole em gole.

Camila: Não creio que Miguel cachorrão tá apegado de novo.

Tess: Até eu me apegaria, se Betina me der mole eu talarico o Miguel.

Miguel: Tenta. – Eu quieto sou quase um santo, nem rendi pra aquele papo dela porque disso já me bastava o Caleb atentando o meu anjo da guarda a semana inteira. A Ritinha veio sorrindo largamente a minha direção e com os olhos apertadinho. Bêbada, brisada, míope ou os três? Segue a dúvida. Ela me abraçou pela cintura, beijei sua testa e ela virou para as meninas.

Ritinha: Qual é a boa desse papo de vocês que tá rendendo? – Lá vem, só virei a cara pra rir e voltei a atenção para o meio do papo.

Tessália: Papo é pra render né? – Riu.

Ritinha: Com certeza, vocês chegaram na de vocês, fiquei curiosa pra saber.

Miguel: Olha que linda, aprendeu a disfarçar ciúme foi?

Ritinha: Aprendi com você mesmo, lindo. – Ela deu um puxãozinho na minha barba e se afastou de mim ficando entre mim e a Camila.

Camila: Pegar mania de Miguel é o fundo do poço, né mesmo?

Miguel: Tá me detonando já cedo?

Ritinha: Oi linda, humilhou o Miguel e eu já estou considerando. – Tem risada mais gostosa do que a da Ritinha? Não demorou muito ela já estava de papo toda aleatória com as meninas que seguiram a vibe dela. Peguei meu celular pra ver por onde a Emilly estava que me ligou um pouco chateada por causa do Jean. Olhei as minhas mensagens no Whatsapp, mas de primeira estava uma mensagem da minha mãe. Não rolei os olhos por respeito, mas não vi pé nem cabeça na mensagem. Odeio quando ela vem querer exercer autoridade em cima de mim.

MENSAGEM

Rosa: Boa noite, Miguel, eu sei que essa semana você e o seu pai não conseguiram se entender, mas eu ainda acho que nós podemos conversar novamente. Espero você aqui amanhã pra gente almoçar.

Miguel: Se eu acordar na hora, eu vou.

Rosa: De todas as formas, esperamos você.

Miguel: Uhum.

Não queria esquentar minha mente com essas paradas logo agora, mas eu já não estava com muito clima pra ficar no rolê, mas bateu os problemas de casa. Afastei-me do pessoal, fui para o bar pegar mais bebida e quando consegui voltar, sentei num caixote. Dali eu observei a Betina, meu olhar seguiu a raba dela, tentei nem disfarçar, ela rebolando só me fez lembrar do que ela faz no meu pau. Chega subiu um calor, só de ficar pensando. Dei mais um gole na minha bebida, só não desejei algo mais forte, porque ia pegar pra dirigir mais tarde com ela. Por um instante olhar pra ela me tirou daquele meio, das tretas fúteis que eu estava tendo com os meus pais e mirei na cintura de mola que essa mulher tem. O que ela faz com essa bunda, mulher nenhuma faz, fiquei pousadão na dela, no seu cabelo se movendo conforme seu corpo balançava. Ela parou no ritmo da música ao mesmo tempo que as meninas, quando o beat voltou e elas voltaram a tremer a bunda. A Betina desceu até o chão e ao subir exibiu a poupa da raba. De longe eu vi o Caleb voltar depois de um bom tempo que já tinha sumido, parou a Betina e entregou uma latinha de cerveja pra ela que agradeceu com um sorriso. Ele falou alguma coisa no ouvido dela, os dois ficaram rindo e logo o Caleb saiu andando. A Betina olhou para mim e viu que eu estava a observando abrir sua latinha. Ao invés dela voltar a dançar, sorriu sem tirar os olhos de mim, mexeu em seus cabelos, ajeitando-os que não demoraram a cair pela sua costa e quando a música mudou ela voltou a dançar mudando seu sorriso para um bem mais malicioso.

Agora eu quero irOnde histórias criam vida. Descubra agora