dezesseis

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Dakota
- A Gigi veio me perguntar se eu estou namorando você, eu quase engasguei... você tem alguma coisa a ver com isso? - Jamie me puxa na hora do intervalo para o estacionamento dos professores, e eu começo a rir ao ouvir.
- Nada a ver com isso.
- Você não tem jeito Dakota.
- E você descobriu isso agora? - Pergunto e ele ri me dando um selinho.
- Vai pra sala.
- Minha mãe me mandou uma mensagem falando que meu pai quer conhecer você.
- Beleza, hoje?
- Vou ver com ela, de qualquer forma me da uma carona? To cansadona.
- Dou sim princesa. - Ele fala e eu agradeço indo pra sala.
Mando a mensagem pra minha mãe que concorda e diz que vai fazer um jantar hoje.
Na hora da saída eu vou até o estacionamento e encontro com Jamie que conversava com a professora Elizabeth, que assim que me ve abre o sorrisão.
- Oi Dak.
- Oi professora.
- Tava falando aqui com o Jamie do simulado da escola, estuda hein? Vai estar difícil.
- Pode deixar. - Sorrio, ela fala mais algumas coisas pra Jamie e então entramos no carro pra ir embora.
- Estava pensando em alugar um flete. - Jamie fala no caminho.
- Por que? A casa da sua mãe não está boa?
- Está, mas eu acho que está na hora de eu ter meu cantinho né.
- Se você quiser eu vou atrás de um com você.
- Tem aquele na rua do seu apartamento, no começo.
- Pensou você morando na mesma rua que eu? Seria meu sonho? - Falo e ele ri segurando a minha mão enquanto dirige com outra.
Chegamos em casa e ele da um suspiro nervoso, chamo o elevador e quando entramos dou um beijo nele.
- Fica tranquilo, meu pai tem essa pose de bravo mas ele não mata nem uma barata, você conquista ele aos poucos.
- Espero que sim. - Ele fala e eu seguro sua mão entrando em casa.
- Cheguei família.
- Oi filha, oi Jamie. - Minha mãe aparece me dando um beijo e depois beijando Jamie.
- Oi sogra. - Ele fala e ela ri.
- Fica a vontade Jamie.
- Oi... - Meu pai aparece e Jamie segura mais forte minha mão, seria cômico se não fosse trágico.
- Oi, boa noite como vai? - Ele fala apertando a mão do meu pai.
- Bem. - Meu pai responde simples, e minha mãe pra cortar o clima anuncia que o jantar estava na mesa.
Fomos todos para a mesa de jantar, e meu pai passou o jantar inteiro calado, o que me deixou desconfortável, mas em compensação minha mãe e Jamie não paravam de tagarelar um segundo se quer, ele contava um pouco sobre sua família, e minha mãe contava as brigas que tinha na minha fazendo eu ficar morta de vergonha e Jamie morrer de rir.
Era como se meu pai não estivesse na mesa, ele estava pensativo e isso me preocupava já que ele era tão calmo e gente boa na maior parte do tempo.
- Estava ótimo o jantar sogrinha, muito obrigado. - Jamie fala a abraçando.
- Magina querido, você pode voltar quando quiser.
- Pode deixar que voltarem, Boa noite. - Ele fala olhando pro meu pai, que dá apenas outro aperto de mão e vai pro quarto.
- Vou com ele até o carro tá? - Aviso minha mãe que concorda.
Descemos e fomos até seu carro, ele me puxa me dando um abraço apertado e me beijando logo em seguida.
- Ele não me bateu é um bom sinal?
- Ele está muito pensativo, não esperava que ele seria assim quando arrumasse meu primeiro namorado.
- Verdade, bom... Eu já falei de você para meus pais, e meu pai quer que eu leve você no aniversário da minha sobrinha que é no final de semana, você vem?
- Nossa, nem conheci seus pais e já vou conhecer assim a família inteira? Quer me matar de vergonha? - Pergunto e ele ri.
- Eles vão amar você, sério. - Ele fala e eu concordo dando um selinho nele.
- Certo, como devo ir vestida?
- É uma festa de criança você vai como você quiser.
- Ta bom.
- Agora deixa eu ir amanhã eu acordo cedo, boa noite minha linda.
- Boa noite amor, até sábado.
- Até, e ah... semana que vem você vê o flete comigo?
- Claro que vejo.
- Ta bom. - Ele entra no carro e quando passa por mim da uma buzinadas.
Subi, e quando entrei meu pai estava assistindo televisão, passei por ele e sentei do seu lado.
Ficamos em silêncio até que ele resolve falar.
- Ele é muito educado, eu vou acostumar só me da um tempo. - Ele fala quebrando o silêncio e eu sorrio concordando.
- Ele é legal, torce pro mesmo time que você... Eu cresci pai, mas eu sempre serei sua menininha. - Falo e ele olha pra mim com os olhos vermelhos.
- Eu sempre quis uma filha menina, eu falava pra sua mãe que eu queria que ela fosse parecida comigo e grudada comigo, e você sempre foi como eu sonhava... Eu só não consigo aceitar que você cresceu.
- Eu cresci e isso é ótimo né? Vocês me criaram da melhor forma possível pai, e eu crescer era uma lei da vida, agora aos poucos eu vou conseguir tomar minhas próprias decisões, mas eu sempre serei sua cara e grudada com você. - Falo e ele ri, eu deito em seu peito e ficamos assim assistindo um filme aleatório que passava na tv, eu entendia o lado dele e ficava feliz em saber que aos poucos ele se acostumaria com Jamie.

Too good at goodbyes Onde histórias criam vida. Descubra agora