Capítulo 18 - Lia

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Aproveitei pra Ligar para Chloe, antes que eu não conseguisse fazer isso. Tocou umas duas vezes e ela não atendeu, na terceira já estava desistindo quando...

- Alô?

- Chloe é a Lia.

- Isso eu sei boba, fala rápido porque eu pedi pra ir ao banheiro.

- Tá bom. Olha, no meio da aula eu saí da Universidade com o Jonatan...

- Pera aí, repete com quem?

- Jonatan...

- Ah Lia sério, não podia esperar o encontro depois das aulas?

- Tapada, não tem nada a ver com isso. O Joanatan viu a Brenda falando com uma garota da minha sala e esta logo me deu uma garrafa de água. Jonatan achou que fosse planejado, já que eu ouviu as duas conversando e me levou até um laboratório pra saber se tinha algo na água.

- E tinha?

- Sim, tinha um veneno.

- O que? Como aconteceu isso? Que veneno? Quem é essa outra garota? Que eu bato nela agora e na Brenda ainda arranco os olhos.

- É a Giovana da minha sala, ela estava conversando com a Brenda antes de me dar a garrafa. Mais tarde te conto tudo, não fica preocupada e estamos saindo do laboratório agora.

- O Jonatan te salvou mesmo.

- É, agora volta pra aula. Tchau.

- Tchau. - Desliguei o telefone.

Jonatan me olhava com uma expressão indignada.

- Malditas! - Jonatan exclamou enfurecido. - Eu avisei Lia, tinha algo errado nisso tudo e agora você tem a prova.

- Se seu objetivo era jogar na minha cara que estava certo, conseguiu. Quer que eu grite aos quatro ventos que você conseguiu o que queria?

- Não Lia, não. Eu quero que você acredite em mim quando eu disse algo.

- Eu digo o mesmo pra você.

- Essas idiotas que ameaçaram a sua vida merecem ser julgadas criminalmente pela consequência dos seus atos.

- Que consequências? Eu nem bebi um gole dessa água.

- Graças a mim, mas elas tem que ser processadas pela tentativa de envenenamento. Eu posso fazer isso por você.

- Mas eu não quero. Não quero ser a responsável por mais ódio da Brenda e se eu processá-la, só acarretaria o sentimento mais indomável de vingança dela por mim. E de inimigos eu já estou cheia! Se eu tivesse bebido a água concordaria com você, mas Deus vai fazer justiça aqui na Terra e ela será punida pelos seus atos. Posso até comentar com a família dela ou com a escola, mas processá-la não.

- Então vamos dar um jeito de ela se expulsa dessa universidade. Você vai contar na direção.

- Eu vou, mas não pra ela ser expulsa, apesar de que chances não vão faltar. E por agora já deu de falar dela.

- Já que matamos aula seria legal fazer alguma coisa.

- Claro, eu vou pro meu apartamento e você pro seu e cada um se diverte.

- Lia...

- Jonatan! Não somos amigos.

- Nem inimigos.

- Eu não teria tanta certeza. Agradeço a você por ter... salvado a minha vida.

Minutos depois que chegamos ao edifício, eu pedi obrigada mais uma vez e subi o elevador sem esperar por ele. Quando entrei em casa, o silêncio reivana, não tinha ninguém. Aproveitei pra dormir um pouco e quando acordei, foi porque ouvi o barulho de uma criança pulando na minha cama e pelo impulso que atingiu a cama, parecia que tinha corrido. Já com a roupa de casa, Arthur me olhava com curiosidade.

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