prólogo 2

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um dois três ....respiro com dificuldade, sempre é assim essa é minha rotina eu apanho, ela sempre me machuca.
Agora só sirvo como sua cobaia para seus feitiço ruim.
Sua ervas envenenam o meu corpo todos os dia,  sem descanso algum para mim,
Fico tão fora do ar que não consigo reagir as suas surras diárias.
Umas das suas surras acabou de acontecer, e só teve pausa por quê seu telefone tocou.

Sinto- me tonta, suas ervas estão cada vez pior,  algumas delas as vezes me fazem sentir dor.
Tusso e logo em seguida vem uma ânsia de vómito, fazendo colocar a pouca coisa que ela me dá para comer no dia.
Hoje a surra não foi tão demorada, e dou graça por seu telefone ter tocado.
As surras diaria costumam ser mais longa e demorada.

Minha mãe começou a sua tortura comigo quando eu tinha completado 12 anos, mas antes não era assim, eu via o amor nos seus olhos,  ela me tratava como sua princesa, vivíamos nos mudando muito, mas eu era feliz, felicidade essa que não existe a muito tempo....
Ela era esforçada,  lembro que as vezes passava madrugadas em claro, para fazer suas ervas medicinais, para  nunca deixar passar fome.
Mas nos meus 12 anos tudo mudou. Sua pele foi a primeira coisa a ficar diferentes, depois sua personalidade, seu humor, pouco a pouco ela foi se transformando, deixando de a mãe que eu conhecia.
Dai por diante não demorou para a tortura começar.

Demorei um pouco para entender o porquê minha ter mudado tanto, e resposta estava sempre na minha frente.

Ela tinha se entregado para as trevas, tinha se tornado aquilo que um dia abominava, uma bruxa negra.
Hoje não a vejo como minha mãe, agora ela só é uma mulher que usa de suas ervas para me fazer mal.

No nosso mundo existe categoria,  nivel de bruxa.

A primeira é a branca, a mais poderosa, porém rara, até agora não ouve caso que ela realmente existe ou existiu,  então também pode ser apenas uma lenda no meio das bruxas.

A segunda são as normais, trabalham com ervas, mas sua magias vem de fonte boas,  energias da natureza. Quanto mais velha mais poderosa.

A terceira são as negra,  costuma ter como fonte as trevas o que acabas as deixando com a aparência ruim e o cheiro insuportável.
E são muito ruim não possuem nenhuma bondade dentro de si.

Respiro profundamente, e é inevitável não sentir dor, o chute que ela me deu antes de sair desse quarto foi muito forte.
As lágrimas que antes derramava não derramo mais, acostumei tanto com a dor que elas secaram, hoje sinto como eu fosse apenas uma casca vazia,  apenas esperando um dia ela se enjoar de mim e me matar.

Me arrasto até a porta com a intenção de fechar,  quem sabe assim,  por hoje, ela não me bata mais,  não custa sonhar não é mesmo?
Mas antes que eu possa realmente pensar em fechar a porta,  o diálogo do mostro ao telefone me chama atenção.

-Amanhã poderá vim busca-la o senhor vai gostar dela, será um boa puta, já que não despertou como bruxa.

Sua últimas palavras foram proferidas com nojo, mas que culpa tenho de não ser bruxa?
Mas agora ela chegou a limite,  ela vai me vender para ser uma prostituta?

A ficha não caiu ainda. não.... Não, ela não pode fazer isso com sua única filha.

Acabo por rir com meus pensamento, é claro que ela pode fazer isso, ela deixou de ser minha mãe a muito tempo, ela não de importa mais comigo.

O vida a minha,  acabarei agora em um prostíbulo,  já não chega o tanto que eu sofro.?

Ela entra no quarto no repente,  me assustando,  ela sorri para mim, mostrando seus dente podre.
Sua pele está sem cor seus olhos brilha em pura maldade e devagar como uma malditas tortura ela se aproxima de mim. Ela se abaixa pegando meu rosto sem delicadeza nenhuma forçando a olhar para ela.

-Seu ser inútil finalmente irei me livra, já estou cansada de olhar para essa sua cara de humana! Não serve para ser bruxa como eu, então será uma puta.

Não sei o que ouve ou o que aconteceu, mas uma raiva tão grande me dominou, um brilho forte começou a sair do meu corpo fazendo o monstro se afastar, me olhando pela primeira vez com temor. O brilho foi ficando cada vez mais forte,  ao ponto de não dar para ver mais nada. Quando o brilho desaparece, vejo minha mãe jogada em um canto do quarto. Olhei para a porta, a barreira que ela havia feito para me mater presa tinha desaparecido, não pensei duas vezes, juntei o resto de força que eu tinha e fugi daquela prisão sem olhar para traz.

*****

fazia horas que estava andando sem rumo, a chuva  caia densa faz um bom tempo, estava cansada parecia que aquela luz tirou toda minha força.
Ainda por um bom tempo eu caminhei, mas estava muito cansada, já estou caminhando a um bom tempo,  tentando deixar uma distância grande de onde eu fugi.
Avistei uma viela escura, fui em sua direção,  sentei perto de uma caçamba  de lixo, estou muito cansada não vou conseguir andar mais, estou molhada da chuva também,  mas não me importo com isso.
Ao sentar respirei,  e nem tive força para tirar o gatinho de olhos azul que subiu no meu colo e se aconchego, mas nem assim consegui sorrir

-você está bem moça?

uma voz doce de uma mulher perguntou

como eu estaria bem, será que ela não viu meu estado, só consegui abanar a cabeça de um lado para o outro como uma negativa para sua pergunta, e não demorou muito para eu me entregar a mais completa e reconfortante escuridão. 

Ceo  vampiro (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora