Capítulo 2 - Salvando o príncipe.

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Escócia, abril de 1500

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Escócia, abril de 1500

Os anos passaram com tanta rapidez, e eu os vivi por puro instinto de sobrevivência, mas somente eu sabia o quão difícil era. Todas as noites eu sonhava com o assassinato do meu pai, com o olhar de demônio que o rei possuía ao mata-lo. E o prazer que o deu ao me causar aquelas marcas nas costas. Eu o odiava mais do que tudo nesta vida, e só passava pelo inferno que a minha vida era com a esperança de que um dia eu pudesse me vingar por tudo que havia acontecido. Eu queria tirar a vida dele com minhas próprias mãos, e faria o que fosse para conseguir fazer isso.

Me olhei no espelho e suspirei, agora com meus vinte e um anos, eu realmente tinha sido abençoada com a beleza. Meus olhos verdes eram exatamente como os do meu pai, e em contraste, minhas feições delicadas e meu cabelo loiro eram como os de minha mãe. Eu era exatamente como ela, exceto pelos olhos. Mas a verdade é que eu pouco me importava com minha beleza, já Hannah e Gertrude morriam de inveja de mim, e eu sabia bem que era muito mais bonita que elas, mas diferente delas eu não precisava usar o meu corpo feito uma mercadoria para conseguir um bom marido. Eu pouco me importava se ia morrer solteira ou não. Meus objetivos eram outros completamente diferentes. Tanto que eu havia me juntado a alguns anos a rebeldes que eram contra o rei, e com eles havia aprendido tudo que precisava. Eles me ajudaram não só a como me defender usando um arco e uma espada, mas também a ter uma perspectiva de que em algo o rei teria um ponto fraco e era naquilo que eu me agarrava, na esperança de um dia achar esse tal ponto fraco para acabar com ele.

Apago a vela que iluminava o meu quarto, e abro as cortinas e as janelas. O dia estava lindo, o sol e o céu azul deixavam tudo de maneira pacifica e perfeita. Arrumo os livros que havia deixado na mesa pequena e arrumo também minha cama. Saio do quarto indo direto para a cozinha, Sara, a mulher que Regina havia contratado para fazer as comidas já estava por lá e sorriu ao me ver.

— Querida, que bom ver você, pensei que fosse a senhora Regina.

Sorrio para ela.

— Regina só acorda depois das dez. Ela diz que precisa conservar seu sono de beleza e se não tiver pelo menos quatorze horas de sono, fica com a pele mais velha.

Sara ri com gosto.

— Sua madrasta faz coisas muito peculiares.

— Eu concordo plenamente.

Pego um pedaço de bolo e começo a comer. Naquele dia precisava fazer diversas coisas que Regina havia exigido. Precisava lavar as roupas dela e de suas filhas, e também limpar cada centímetro da casa. Minha vida não era nada fácil. Ela basicamente me tratava como uma escrava, e só não me fazia fazer a comida também porque eu cozinhava tão bem quanto um pato. E ela odiava a minha comida, então fez o esforço de gastar dinheiro para contratar Sara. Eu só aguentava tudo aquilo para não acabar tendo que viver na rua, mas não ia aguentar por muito mais tempo. Precisava de um plano urgentemente, para conseguir chegar até o palácio e finalmente me vingar do rei.

A Assassina Do Rei (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora