Capítulo 32 - Perdão e amor.

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John Philip Stuart

— Há uma maneira de trazer Elara de volta. - Disse Kaleb como se tivesse se recordado de algo.  

— Sim, há uma maneira. Elara é amiga de uma bruxa chamada Emma, Elara salvou a vida dela uma vez, nada mais justo do que ela trazer Elara de volta.

Aquilo ao mesmo tempo em que trouxe esperança, ainda me dava medo. Trazer alguém de volta? Mesmo a pessoa já estando morta?

— E... você acha que isso é possível?

— Ela é muito poderosa, eu tenho certeza que sim. Mas com toda certeza terá um preço, ela é não vai fazer isso sem algo em troca.

— Eu darei o que for necessário, não me importa o preço, se ela trazer Elara de volta darei a ela tudo que ela desejar.

Ele assentiu.

Então vamos?

Concordei com a cabeça, e pego Elara nos braços. Levo-a até a carruagem, e tento deita-la da melhor forma possível, e então sento-me do outro lado, o rapaz senta-se perto de mim, e a olhava como se fosse o mais precioso diamante. Ele devia ama-la muito, realmente. Ver Elara daquela forma, completamente sem vida e seu vestido tomado pelo sangue era desesperador, eu queria que ela jamais tivesse feito aquela loucura. Era para eu ter morrido, mas ela se pôs em minha frente, e me salvou mais uma vez. Eu não duvidava mais de seu amor, como poderia? Ela havia perdido sua vida por mim. Eu sabia de todas as escolhas erradas que ela havia feito, e suas mentiras também, mas ainda restava algo bom e verdadeiro, que era o nosso amor. Ela teve seus motivos para querer se vingar de meu pai, e conseguiu o que queria, e eu agora vendo de outra forma não sentia pena dele, a raiva e rancor de Elara eram compreensíveis, seu pai for morto em sua frente por um motivo ridículo. Meu pai foi muito cruel com ela, e eu precisava superar tudo que aconteceu, ou jamais iria conseguir seguir em frente,

Após momentos de puro silêncio e medo, finalmente chegamos ao local. Eu desci da carruagem e não vi nada além de árvores e o verde da floresta.

Emma, precisamos de sua ajuda. Elara foi ferida. - Gritou, Kaleb.

Eu fiz o mesmo que ele e comecei a chama-la também. Depois de algum tempo uma casa de madeira surgiu em minha visão. E a tal bruxa saiu de lá, o rosto tomado pela preocupação.

— Oh, meu Deus! Você não, Elara. - Disse ela olhando elara dentro da carruagem. — Tragam ela para dentro, rápido.

Eu corri de volta para a carruagem, e trouxe Elara para a casa, deitei-a no sofá que Emma indicou, e ela começou a examina-la, tocou seu pulso e estalou a língua com pesar.

— Ela está morta, vocês chegaram tarde.

— Sim, mas você pode fazer algo, não pode? Pode traze-la de volta? - Pergunto de forma urgente.

— Nunca tentei fazer isso. Não é todo dia que te pedem para trazer alguém de volta do limbo da morte. Mas por ela eu tentarei, só que tem um porém, preciso que o senhor faça algo por mim também.

— Me peça o que quiser e eu farei. - Respondi solene.

Ela sorriu satisfeita.

— Quero que libere a mim e a todas as bruxas de usarmos nossa magia de forma livre, sem que precisemos nos esconder como eu tenho feito a anos. O senhor me deve isso, ainda mais agora que é rei, pode fazer o que quiser.

— Contanto que nenhum mal seja feito contra qualquer pessoa, por mim tudo bem.

— De acordo, majestade. Mas a algo mais, na verdade isso realmente depende do senhor agora.

A Assassina Do Rei (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora