Capítulo 3 - Ajuda de uma bruxa.

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Acordei cedo naquele dia e fiz tudo que Regina havia ordenado. Contanto que eu fizesse tudo de maneira perfeita, poderia desaparecer pelo resto do dia que ela nem ao menos se importava. Subi em meu cavalo marrom claro, e cavalguei direto para o local da reunião dos rebeldes, nós sempre ficávamos em casas abandonadas para que nunca fôssemos descobertos, pois vários rebeldes já haviam sido mortos por ordens do rei. Fazer uma conspiração contra a monarquia era estritamente proibido por motivos óbvios, e quem se atrevesse a fazer isso ia direto para a guilhotina. Eu pouco me importava com isso, a morte seria pouca coisa para mim, já havia sido testada de tantas formas que nem me preocupava com a minha própria vida. Só esperava ficar viva o suficiente para acabar com a vida do rei.

Quando cheguei ao local deixei meu cavalo preso a uma árvore para que ele não escapasse e segui direto para a casa, ela era velha, muito velha. Era de madeira, mas algumas delas estava quebrada, e o mais incrível é que aquela casa caindo aos pedaços estava cercada por árvores e arbustos verdes e lindos. Era como se o tempo tivesse passado apenas para a casa e não para o que estava em volta. Bati na porta três vezes e disse nosso código de entrada, me liberaram em seguida.

A maioria dos rebeldes estavam lá, e pelo menos noventa por cento deles eram homens, eles bebiam cerveja e conversavam animados, mas outros deles estavam do outro lado e falavam de maneira séria. Arcos, flechas e espadas se espalhavam numa mesa grande de madeira, precisávamos sempre estar preparados.

Evan pai de Kaleb, que conversava com alguns homens de maneira séria, sorriu ao me ver, ele veio até a minha direção e me abraçou de maneira acalorada. Ele era o líder dos rebeldes, e se não fosse por ele nosso povo não teia chance de ter uma voz para ser contra a tirania do rei.

Essa é a nossa menina de ouro pessoal. — Disse de maneira orgulhosa. Todos sorriram para mim. Eu era como uma deusa para eles, a melhor guerreira, e a que mais queria acabar com o rei. — Demorou para chegar hoje. Regina anda abusando muito de sua paciência? - Preguntou ele.

Assenti e suspirei pesadamente.

— Há momentos em que quero arrancar a cabeça dela com minha espada, mas eu seria presa por isso, então já desisti da ideia.

Ele riu.

— Você sabe que pode ir para minha casa se quiser. Lá você será tratada como uma princesa, você sabe que é como uma filha para mim e para Amélia.

— Eu sei, senhor Evan, mas acontece que não posso deixar Regina contar com a vitória antes do tempo. Não posso deixa-la desfrutar de tudo que meu pai deixou para mim, seria uma maneira de dizer que sou fraca, e isso eu nunca fui. Nunca desistirei de nenhum objetivo mesmo que seja difícil e complicado o caminho para chegar até onde quero.

— Você tem razão, mas só quero deixar bem claro que se algo acontecer, pode ir para a minha casa sem pestanejar.

— Obrigada por tudo, sem a ajuda do senhor nada teria sido possível. Muito menos tudo isso. - Falei apontando para todos que estavam ali. Então me lembrei de algo. — Kaleb lhe contou o que aconteceu ontem?

Ele balançou a cabeça negativamente.

— Não, nós voltamos de uma longa viagem, e ele apenas disse que havia treinado com você á tarde.

— Bem, nós queríamos ter feito isso, mas algo aconteceu pelo caminho. - Sussurrei. — Eu encontrei dois homens tentando matar uma pessoa, e sabe quem era? O príncipe John! - Falei baixo para que ninguém ouvisse.

Seus olhos se arregalaram.

Mas o que aconteceu depois? Eles o mataram mesmo?

— Não. Claro que não. Eu os impedi, defendi o príncipe e lutei contra os homens. Eu salvei a vida dele, e ele só ficou com uma ferida na perna.

A Assassina Do Rei (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora