A Assassina Do Rei (Livro 1)

Capítulo 26 - O novo rei.

Eu estava quase tendo um ataque de nervos. John não havia retornado ainda, e eu estava enfurnada em meu quarto. O sol já estava nascendo e eu não havia dormido nada, na verdade nem tentei. Tudo que havia acontecido ainda estava vivo em minha memória. O olhar dele para mim, seu ódio, a forma como eu o matei. Essas imagens passavam por minha mente a todo momento, e muito diferente do que eu sempre imaginei, não me sentia melhor por tê-lo matado. Ao contrário, eu me sentia... vazia. Mais vazia do que nunca, e muito preocupada com o que poderia acontecer com o meu filho.

Alguém bate em minha porta, e pela forma agressiva que as batidas aconteciam eu sabia exatamente o que iam me dizer. Assim que a abro vejo um dos guardas parado ali, seu rosto estava tomado pela perplexidade, e ele parecia muito chocado.

— Vossa alteza... acabamos... bem... não sei como informar isso, mas é preciso que seja dito de uma vez. O rei foi assassinado, ele foi encontrado morto na biblioteca.

Fiz o que pude para demonstrar veracidade em meu choque.

— O que? O rei... ele foi assassinado?

— Sim, e... bem... agora precisamos enviar uma carta ao príncipe para informa-lo o que aconteceu. Quero dizer agora ele é o novo rei, mas... enfim, o que precisa ser feito é isso e também uma investigação sobre o que aconteceu com rei, não é?

— Sim, faça isso. Mande um dos conselheiros mandar uma carta para John, e assim que eu trocar minha as minhas vestes eu vou conversar com os conselheiros para saber exatamente o que deve ser feito.

O guarda assentiu e fez uma reverência igual a que ele fazia para rei. Então era isso, agora eu havia me tornado a rainha da Escócia. Suspiro pesadamente, e troco o meu vestido. Aquela era a primeira vez que eu ia me encontrar com os conselheiros, e eu teria que fazer de tudo para ser discreta. Precisava manter a polidez, e fingir total choque com que aconteceu. Assim que saio de meu quarto vejo uma correria pelo palácio, todos pareciam não saber exatamente o que fazer, e quando me viam faziam uma reverencia significativa. Assim que paro em frente a sala dos conselheiros, os guardas abrem a porta dupla de madeira e eu entro, o caos continuava ali.

— Senhores. - Falo para anunciar minha presença.

Eles se assustam, e me reverenciam como todos os outros.

— Alteza...quero dizer... Majestade. - Disse Byron, ele era amigo de John.

— Eu tive notícias sobre o que aconteceu com o rei, isso foi realmente chocante. Temos algum suspeito?

— Não. Na verdade, estávamos a sua espera. A carta já foi enviada ao princ... bem... ao novo rei, e ele vai demorar um pouco para recebe-la. - Um dos conselheiros responde.

Assenti.

— Bem... precisamos fazer uma investigação para descobrir quem matou o rei.

— È isso que iremos fazer, precisamos fazer isso e também preparar o enterro do rei.

— O que eu acho que aconteceu é que o rei da França queria se vingar do príncipe de alguma forma, e mandou que alguém matasse o rei. - Disse Byron.

— Bem... pode até ser, mas eu duvido muito que o rei da França se arriscaria dessa forma, ainda mais matando o rei, seria mais fácil para ele me matar, assim ele atingiria John de forma certeira.

— A senhorita tem toda razão. - Concorda Byron.

— Bem... acho que agora precisamos aguardar a volta de John. Ele é quem deve decidir tudo que será feito no enterro do pai, e a investigação já pode se iniciar quanto mais cedo descobrirmos quem matou o rei, melhor será para todos.