Capítulo 7

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Pov. Gabriel

Não sei o que dizer ou o que pensar. Nunca pensei que um pai seria capaz de vender a própria filha por causa de uma divida.

Observo a garota que chora como se tivessem arrancado a sua pele e houvesse quebrado todo o seu ser. Mas é óbvio que o imbecil do Gregório não se importa nenhum pouco com ela.

Devo tirá- la daqui e levá-la para a mansão, assim poderei tentar convencer ela de que a melhor opção é estar ao meu lado. Seus pais não a querem e eu preciso dela para poder herdar toda fortuna do meu pai.

Será um grande negócio para nós dois e ambos. sairemos beneficiados.

- “Escuta preciosa” - me aproximo dela e seguro o eu braço. - “Devemos ir agora mesmo. Seu pai não se importa com você.”

Ela me olha com os olhos cheios de lágrimas.

- “Por favor... não.”

A mulher de Gregório fala irritada.

- “Anda, vai logo.”

A garota se coloca de pé e limpa as suas lágrimas de maneira furiosa. Ela está tremendo de raiva e posso ver a determinação em seu belo rosto.

- “Esta claro que eu nunca importei para vocês” - sua voz termina em um soluço. - “A partir de hoje vocês estão mortos para mim.”

Eu não esperava essa reação, mas eu gostei.

A garota vai até a porta e nem sequer olha para trás. Deve ser duro viver em uma família onde ninguém te quer, mas prometi a mim mesmo que mais nada faltaria a ela.

Tento tomar o mesmo caminho que ela, mas a voz de Gregório me interrompe.

- “Sabe Gabriel. Agora quem está me devendo é você” - ele ri. - “Ela vale muito mais do que eu devia a seu finado pai."

Aperto minhas mãos em punhos e tento acalmar a minha fúria.

Definitivamente este homem está louco. Estou a ponto de mandar ele para o inferno, mas eu fico quieto. A garota será muito útil e surpreendentemente a quero do meu lado. Esses bastardos arruinarão a sua vida se continuar aqui.

- “Esta bem Gregório” - minha voz é fria. - “Te enviarei dinheiro durante seis meses.”

- “Porque por seis meses? Melhor que seja por um ano.”

Filho da puta!

- “Você está se aproveitando da situação, mas está bem.”

Gregório parece satisfeito e sua mulher sorri amplamente.

- “Ela é sua agora e não aceitamos devolução” - ela murmura e logo fecha a porta da casa na minha cara.

Estou totalmente atordoado.

Quando olho para a garota, seu olhar esta perdido e vejo uma lágrima escorrer por sua bochecha. Ela parece tão frágil e indefesa. Isso deve ser devastador para ela.

Que tipo de pais são esses imbecis? Um animal ama mais e protege as suas crias do que esses dois.

Me aproximo do carro e abro a porta para ela

- “Entra” - eu ordeno.

Ela obedece e se senta no banco do passageiro, uma vez dentro do carro, conduzo a toda velocidade nos afastando desse bairro medíocre.

- “Sinto muito pelo que aconteceu...”

- “Alexia” - diz ela num sussurro suave. - “Meu nome é Alexia.”

Alexia é um nome bonito para uma garota bonita.

- “Bom, Alexia” - prossigo enquanto conduzo. - “Sei que isso tudo é muito difícil para você, mas prometo que não vou te machucar."

Ela soluça.

- “Meus pais jamais se importaram comigo.”

Fico em silêncio sem negar esse fato. Mas ela deveria estar agradecida por afastá-la desses loucos.

- “Você terá tudo ao meu lado” - eu digo para ela. - “Mas antes eu preciso te fazer uma proposta.”

Um Verdadeiro Amor (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora