Capítulo 18

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Pov. Alexia

Meia hora depois estamos em um restaurante luxuoso. Estávamos em um terraço, onde podemos ter a belíssima vista do mar. Tudo é muito bonito e eu não consigo parar de sorrir.

- “Seu pai reclamou comigo por não convidar eles para o casamento” - Gabriel murmura. - “Ele me ligou hoje de manhã.”

Meu sorriso se apagou quando ele mencionou o meu pai.

“Quanto descaramento da parte dele.” -

Esse assunto me incomoda um pouco. Não quero pensar sobre esses dois. Não vale nenhum pouco a pena.

- “Alexia...” - ele fez uma pausa me olhando nos olhos. - “Sei que eles nunca foram bons com você, mas se você quiser continuar vendo eles, não vou te proibir de nada.”

- “Eu não quero ver mais eles, Gabriel. Eles me usaram para pagar as suas dívidas, eu os odeio.” - digo sentindo um pouco de raiva.

Ele simplesmente assente.

- “É compreensível. Vou proibir a entrada deles em nossa casa.”

Nossa casa. Meu coração dá um salto diante de suas palavras. Eu seguro as suas mãos entrelaçando os nossos dedos.

- “Muito obrigado” - eu digo. - “Que planos você tem comigo ao seu lado?”

Ele suspira.

- “Eu já te disse, só preciso de uma esposa.”

- “Eu sei, mas eu gostaria de te conhecer mais” - eu admito. - “Você me agrada.”

Ele me olha com um sorriso.

- “Você também me agrada, pequena. O que exatamente você quer saber sobre mim?”

- “Eu não vi a sua mãe no casamento, porque? Sei que o seu pai está morto porque ele deixou esse testamento, mas...”

Quando mencionei a sua mãe, a expressão do rosto de Gabriel mudou drasticamente.

- “Eu não quero falar sobre eles.”

- “Gabriel...” - começo a dizer sem entender essa mudança repentina de atitude.

- “Esqueça esse assunto, Alexia!”

Parece que esse é um tema delicado, e decido não insistir mais nesse assunto. Com o tempo ele vai começar a confiar em mim. O garçom nos serve o nosso café da manhã, e estava tudo uma delícia. Eu estava morrendo de fome.

Quando terminamos de comer e fomos direto para o seu carro. Para onde ele vai me levar agora?

Gabriel dirige em silencio pelas ruas movimentadas, desde aquele momento que mencionei a sua mãe, percebi que seu humor decaiu um pouco. Suspiro pesado. Não devia ter tocado nesse assunto tão delicado. Eu e essa minha boca grande...

Depois de alguns minutos de viagem, noto que estamos saindo da cidade e olho para Gabriel sem entender o porque.

- “Para onde você está me levando?”

- “Vamos visitar o meu avô” - ele responde. - “Você precisa saber que ele é um homem muito difícil.”

Ele diz mantendo os olhos na estrada, mas posso ver a forma que ele aperta o volante.

- “Eu não vou fazer você passar vergonha, Gabriel. Vou agir como se eu fosse a esposa perfeita.”

Ele sorri e acaricia a minha perna.

- “Eu não me equivoquei quando te escolhi como esposa” - ele olha sorrindo para mim e volta a sua atenção para a estrada.

Eu disse que vou agir como a esposa perfeita, mas na verdade estou muito nervosa.

E se eu fizer algum tipo de besteira?

E se ele não gostar de mim?

Eu preciso parar de pensar nisso e me acalmar, para acabar não fazendo merda.

Um Verdadeiro Amor (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora