Boa leitura!
Nome do capítulo : Pesadelo de Natal.Sarah Montserrat
Madeline estava apática ao meu lado, as unhas enormes e vermelhas já não existiam, e bom, eu não estava falando com ela.
Eu sei que era idiota e infantil da minha parte ignorar a existência da única pessoa que esteve comigo esse tempo todo, mas eu não conseguia olhar Madeline sem sentir vontade de esmurrá-la.
- Eu já pedi desculpas - Madeline suspirou pesado e eu a olhei, assentindo.
- Eu sei.
Ficamos em silêncio por um tempo e ela deu um sorriso triste.
- Se você cuidasse melhor da sua filha isso não ia ter acontecido - eu sabia que mais cedo ou mais tarde ela iria soltar uma dessa - você não fica um dia inteiro com a sua filha sem conseguir misturar trabalho.
- A questão, Madeline, é que eu sou mãe solteira. Eu trabalho igual uma condenada para poder dar tudo do bom e do melhor para ela.
- E eu cuido dela. Cuido como se fosse minha própria filha, Sarah. Eu também amo a Sunshine, não precisa ficar jogando na minha cara que eu deixei a menina sumir, não foi porque eu quis, você sabe disso. Pode ter sido descuido meu, mas eu nunca faria de propósito. Para de jogar que eu sou ruim para a sua filha na minha cara, você sabe que é mentira. Eu estive com você desde sempre, porra, desde sempre. Você acha que eu não quero ver ela bem? Que porra.
Engoli em seco e olhei Madeline, negando com a cabeça.
- Mas ela estava sob seus cuidados, eu te pago para cuidar da minha filha, não para deixar ela sozinha.
- Me pagar era o mínimo que você tinha que fazer, depois de tudo que eu fiz por vocês duas, eu parei minha vida quando a sua parou, sempre te dei todo suporte do mundo, você é uma ingrata, Sarah.
- Eu não pedi sua ajuda.
- Você queria o que? Que eu te deixasse na rua grávida? Você é minha melhor amiga, Sarah. E eu sei que agora você tá nervosa e preocupada, mas eu estou rezando e fiz o possível até agora. Dá um tempo!
Madeline estava a ponto de chorar, ela se levantou da poltrona e saiu do quarto, batendo a porta.
- Madeline, desculpa! - tentei chamá-la, mas a única coisa que ela fez foi sumir no corredor - droga…
Me levantei devagar e calcei o par de chinelos, eu havia me descontrolado com a Madeline e eu sei o quanto a minha ignorância deixou ela mal.
Mas quando fui abrir a porta, dei de cara com Justin. Eu sei que não era a coisa certa de se pensar, mas de madrugada ele fica ainda mais bonito.
- Onde você pensa que vai? - Justin cruzou o cenho, me fitando.
- Achou a Sun? - Olhei em seus olhos e ele abaixou o olhar - ela não estava esperando na delegacia? - ele ficou em silêncio e me sentou na cama - Justin, onde a minha filha está?
Ele me abraçou e eu quase apaguei de desespero ao sentir seu corpo tremer em cima do meu, como se estivesse soluçando compulsivamente.
- Justin, fala porra! - o afastei, olhando seu rosto e ele estava rindo - o que é engraçado?!
- A Sun me contou que seu dedão do pé é menor que os outros, igual ao dela.
Fiquei sem entender, mas na hora que eu vi o meu cotoquinho passar pela porta, a única coisa que eu fiz foi abrir os braços e esperar minha filha me abraçar.
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Do que somos feitos
FanfictionDada a minha sentença, mantive-me por cinco anos sem iluminação alguma, a não ser a mísera fresta que ousa cruzar a fechadura da solitária. Alguns diriam que a iluminação ali é um sinal de esperança. Eu não acreditava nisso até o verdadeiro "pedaço...