Capítulo 10

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Então gente, voltei! Em alguns dias, vocês terão uma surpresa! Qual? Não irei contar!

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ROBERTO

Chegamos na casa da minha mãe bem rápida, e entramos, encontrando os dois sentados perto da piscina, tomando suco de manga. Pedi a benção dos dois e logo em seguida nos sentamos junto com eles e engatamos em uma conversa divertida sobre como minha irmã e sua família estavam e o motivo que decidiram vir para cá, quando eles estavam contando que se mudaram, pois queriam que os filhos tivessem mais contato conosco. Pois, como morávamos muito longe, ficava difícil e era bastante raro nos vermos.

Ana- A gente percebeu que eles sentiam muita falta de vocês, e como não havia nada que nos prendesse lá, decidimos vir morar aqui junto com o pai e a mãe, porque eles ficam toda hora reclamando que estão sozinhos, então agora eles conviverão com dois furacões. – Fala e eu olho para bela, essa menina é fogo. – Que os jogos comecem!

Como estava suando bastando, disse a eles que trocaria de roupa, para ficar mais à vontade, pois ainda estava com meu terno, e o tecido dele é quente pra caramba. Subi até onde fica meu quarto, e peguei um calção de seda, uma camisa regata e um chinelo, em seguida voltando até onde eles estavam. Ah, esqueci de falar que eu também havia colocado uma sunga, para dar um mergulho na piscina mais tarde e relaxar um pouco, pois a vida de um empresário não é fácil. Quando desci, já ouvi Ana fofocando para minha mãe sobre o Ariel, e eu já não gostei, pois ela parece está muito animada para cima do que é meu. Espera, o que eu estou pensando? Estou ficando maluco e acho que é culpa do sono, pois não tenho dormido muito.

Ana- Mãe, você já viu o novo secretário do Roberto? Ele é um pitéu, não é?

Mãe- Sim, minha filha. – Minha mãe concorda e após, continua. – Você viu aquelas bochechas dele? Que fofinho! Me deu vontade de apertar elas.

Ana- Até a belinha gostou dele, acredita? Fiquei chocada quando ela disse que queria um secretário igual ele. – Diz sorrindo, aliás, gargalhando. –

Mãe- Mentira! Serio?

Ana- E minha reação foi igualzinha essa. Já que ela sempre tende a não gostar de gente que ela não tem costume.

Isso é verdade, a belinha não gosta mesmo de pessoas de fora. Toda vez que tem alguma festa ou jantar, temos que ter bastante atenção nela, pois a mesma não vai com a cara de quase ninguém. Já com Ariel, ela quando entrou na minha sala já falava dele, coisa que eu estranhei bastante, mas, como ela disse, gostou dele pois o mesmo é fofinho, igual seu urso.

Pensar nisso, me fez lembrar da vergonha que ela me fez passar, me perguntando se eu não o achava fofo também. E é claro que eu tive que responder positivamente. E o pior: Na frente dele., mas se não respondesse, provavelmente, ela não falaria comigo por um século, pois odeia ser contrariada quando se trata de seus assuntos.

Ana- E a Laura, ainda trabalha lá, Roberto? Eu já te falei que não gosto daquela mulherzinha. – Fala e faz um gesto de vômito. – Ela não me desce. Toda vez que a vejo, fico com vontade de arrancar aquele mega hair falso.

- Não, Ana, ela não trabalha mais lá. – Digo com alívio na voz, pois não aguentava mais a mesma. – Acredita que ela ficava demitindo o pessoal da limpeza sem motivo algum? E nenhuma dessa passava por mim.

Ana- Que vagabunda! Ela...

Ana ia falar, porém, meu telefone começou a tocar e olho o número, vendo que era da empresa, do número de telefone fixo do meu andar. Atendi e Ariel me falou do que se tratava, e eu apenas disse para trata-los com muita má vontade. Mas claro que não foi essa a palavra que usei.

Ana- Quem era, Roberto?

Mãe- Algum problema, meu filho?

- Era o Ariel, e não, mãe, não tem um problema, tem dois. E os dois tem nomes!

Mãe- Deixa eu adivinhar, Laura e o pai dela, reclamando por ela não estar mais empregada lá. Estou certa? – Aceno positivamente com a cabeça e ela revira os olhos. – Não quero ela recontratada, e se recontratar, quero ela limpando tudo! Aquela vadia não merece estar em um cargo de poder, ela é muito suja.

- Eu não penso nem nessa hipótese. Não quero ela dentro da empresa novamente, mas se o pai dela ficar fazendo força para colocar ela de volta, vou fazer uma oferta para comprar a parte dele.

Ana- Faça isso mesmo, irmão. Aquela mulherzinha não pode sujar nossa empresa. – Fala e eu já concordo com ela. – Imagina se algum deles entram na justiça contra nós? A empresa sofreria as consequências de uma forma muito forte. Como por exemplo: A gente sempre pregou nas normas que todos deviam ser respeitados e nos nossos discursos, sempre pregamos igualdade entre todas as pessoas. Com uma coisa dessas, no mínimo, perderíamos 60% dos valores das ações.

- Sim, Ana, mas já estamos entrando em contrato com eles, e, para recompensá-los por esse preconceito sofrido, pagaremos as faculdades, cursos profissionalizantes, ou qualquer coisa que eles faziam antes. Pois eu já soube que alguns não estavam conseguindo mais estudar por causa disso.

Deixei o assunto de lado, pois eu tinha que resolver isso logo, para que não se prolongasse mais do que eu já deixei que fosse prolongado. Subo ao meu quarto e troco de roupa, vestindo o terno que eu estava, quando cheguei. Desci as escadas e meu pai falou:

Pai- Filho, não tenha dó. Use de tudo o que você pensar, planejar, articular, não sei..., mas não deixe que eles contornem a situação e voltem para a empresa.

- Pode deixar, pai. Eles não terão poder algum na empresa, enquanto eu estiver vivo.

Saí de casa e meu pai mandou que eu fosse com o motorista, mas como eu já tinha vindo de carro até aqui, não achei que seria necessário, por esse motivo, neguei. Não ia ficar dando um trabalho fora do comum para ninguém, quando eu tenho um carro, posso dirigi-lo e a empresa não fica muito longe.

Depois de algum tempo dirigindo, estava bastante concentrado em encontrar alguma coisa para tentar recuperar a parte que nós vendemos para eles, e para que os mesmos não tenham direito a nada da minha empresa. Não havia percebido, mas tinha ultrapassado um sinal vermelho, e só me dei conta disso, quando senti uma batida forte no lado da porta do passageiro e senti o carro capotar várias vezes no ar, para em seguida, cair no chão. Eu ainda estava acordado, quando escutei vários carros parando, então, algumas pessoas vieram até meu lado e perguntaram se eu estava bem, no que eu respondi que sim, e pedi para ligarem para alguém da minha família. Estava a todo custo tentando ficar acordado, mas, devido a dor que estava sentindo na cabeça e nas costas, só disse para eles ligarem para Ariel, para que o mesmo avisasse minha família, ainda escutei mais ao fundo alguém ligando para um ambulância, porém, não escutei mais nada, pois acabei desmaiando.

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