Especial 100k de leituras e 12k de votos

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Olha só... e tiveram pessoas que acharam que eu não ia voltar, não é mesmo? 

Surpresa pra vocês e pra mim também, que decidi de última hora escrever esse capítulo e retornar ao mundo do meu sereinho. 

Essa é a parte um e as outras vão sair quando eu escrever KKKK como eu disse, não foi planejado, então pode demorar um pouco, mas não vai ser muito. 

Quando o especial acabar, eu vou começar a corrigir os capítulos, porém eu não vou retirar o livro do ar, certo? 

Um beijo e vão ler o meu novo livro: É QUE EU... TE AMO! Ele conta uma história de uma personagem transexual, mas como todas as minhas histórias, ela também não é nada convencional! 

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Na jornada para a adoção final não é fácil, tem-se muitas barreiras que precisam ser quebradas e muitas crianças que saem magoadas no final, mesmo aquilo não sendo o que você queria. As crianças do orfanato Luz solar não eram tão diferentes das outras, o que diferenciava tudo era que a maioria dali tinham irmãos, sejam eles maiores ou menores, o que dificultava mais ainda o processo de adoção para o casal. Como já haviam pesquisado antes, muitos casais ou pessoas solteiras tendem a optar por um filtro quando se trata de uma adoção, escolhendo por crianças abaixo de um ano, brancas, loiras e de olhos azuis. Todas as outras que fugiam desse padrão, tinham chance mínima de conseguirem uma família.

Ariel e Roberto, por outro lado, não começaram sua jornada de adoção com base nas crianças que eles queriam. No tipo ideal de criança que eles queriam. Eles precisavam sentir uma conexão com a pessoa que seria sua "cria", como dizia Ariel. Entre os dois, o que mais estava ansioso e com borboletas no estomago era o mais gordinho – que já tinha ido no banheiro três vezes só naquela manhã e tudo por culpa da ansiedade que teimava em atormenta-lo. Roberto sempre foi e continuava sério e sem demonstrar toda a sua vontade de sair dali correndo para o orfanato.

A adoção já havia sido oficializada uma semana atrás, porém, ainda precisavam esperar um pouco até que os documentos fossem alterados e sofressem as mudanças jurídicas que eram necessárias para que nenhum problema maior acontecesse. Eles entendiam, mas apesar de tudo, não queriam ter que esperar. Ariel, coitado, até passou o resto do dia que recebeu a notícia da adoção e todo o choro só ficou pior quando Roberto teve que contar que ainda precisariam esperar mais uma semana para buscar os filhos. Claro que tiveram alguns pontos que temos que frisar: Ariel queria matar Roberto por dizer que era uma semana, Ariel estava com olheiras enormes debaixo dos seus olhos por não conseguir dormir e Ariel queria passar o dia beijando até mesmo os pés de Roberto por estarem construindo uma família.

Roberto era sério e sempre dizia coisas sérias, mas Ariel ainda duvidava daquela conversa que ele dizia querer ter muitos filhos com ele e morar em uma casa de campo... (?) não se lembrava muito bem como aquela conversa tinha sido, pois já fazia bastante tempo desde aquele dia que estavam na mesa grande, na cozinha. Dois anos? Um ano? Não lembrava, realmente. Passar os dias com Roberto nunca eram monótonos e o fazia querer continuar vivendo sem um calendário, no meio do mato em uma casa em cima de uma montanha, sem nenhum outro vizinho.

- Será que pode parar de bater esse pé toda hora? Está me irritando! – Roberto soltou depois de respirar fundo. Já havia tentado se acalmar há muito tempo. Perdera a conta de quantas respirações fundas ele já havia dado para não arrancar as duas pernas do marido.

- E será que você pode calar a boca e me apoiar nesse momento de tensão? – Rebateu zangado. – Sabia que sua mãe falou pra mim que não acha que você é carinhoso comigo? Eu tive que dizer para ela em detalhes em como você é carinhoso comigo. – O outro gemeu em desaprovação e bateu com a cabeça nos braços que estavam apoiados ne mesa. Agora, com aquela revelação, ele conseguia processar os olhares e sorrisos que sua mão direcionava à Ariel.

Azar de te amar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora