Capítulo 41

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Hey pipous, lembrem que eu love you e não me matem.

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ROBERTO

Já haviam se passado seis meses desde o desfile do Ariel e o que eu posso dizer é que suas coisas estão vendendo com água em um deserto. Isso, é claro, se o deserto tivesse um vendedor de águas! Foi necessário contratar a ajuda de uma fábrica para produzir os seus produtos, mas claro que ele levou os costureiros que o ajudaram para esta. Estavam tendo que trabalhar ao máximo para ser possível dar conta de demandas de mais de 200 pedidos por dia, sendo que o máximo que tinham em estoque eram 90 e Ariel achava que levaria um ano para vender aquilo, e na realidade, vendeu em três dias.

Um número bastante expressivo, levando em conta que seu nome ainda não é um nome de certo impacto na moda, estava tendo uma temporada de vários lançamentos de estilistas famosos e, ele lança e consegue várias pessoas que comprem, para ele, foi inacreditável. Para mim, foi apenas reconhecimento por seu trabalho duro e uma ajuda de Deus, vendo que ele já havia sofrido muito, então o recompensou pelo menos um pouco.

- Amor, acorda! – Digo o mexendo um pouco na cama e ele acorda bem rápido, diferente dos outros dias.

- Eu já estou atrasado? – Pergunta ele com um rosto inchado de tanto que dormiu.

- Não, você ainda não está atrasado e isso é uma dádiva. Vai logo para o banheiro enquanto eu vou fazer o seu café! – Ele me dá um selinho e se levanta saindo correndo para o banheiro, deixando a porta entreaberta.

Sigo meu caminho até a cozinha e, chegando lá, coloco água para ferver e vou buscar pó de café, que tinha acabado. Antes nós fazíamos tudo na maquina de café, mas hoje, sabendo do gosto único que o café tem, eu prefiro que ele seja passado de uma forma mais tradicional.

O barulho de água me desperta de alguns pensamentos nada puros e vou fazer meu café, agora que meu "ajuntado" também é um empresário de sucesso e um preguiçoso de mão cheia, tenho que fazer o café para nós dois. Ele agora está nesta mordomia, acreditam? Pois é, e eu virei um empregado feitor de café para que suas lindas mãos não caiam. Estou brincando, eu faço porque eu quero e gosto.

Além do que, eu também tenho que agrada-lo, pois quando eu não conseguia andar, ele sempre fazia isso para mim e sempre colocava a comida pra mim no prato. Por que? Porque ele não gostava de levar panelas de comida ou aqueles pratinhos para a mesa, pois segundo ele, seria muito mais trabalhoso limpar aquele monte de trapo que colocaria em cima da mesa, do que as panelas.

- Nossa, que cheiro mais gostoso... e eu não estou falando do café. – Diz ele me dando um beijo em meu pescoço e, em seguida, dando uma risadinha por notar que fiquei arrepiado.

- Nossa, mas o senhor acordou hoje como um romântico incurável. Escutou Roberto Carlos? – Pergunto com deboche, e sorrio vendo seu rosto tomando uma expressão de nojo. Ele odeia músicas românticas e as do rei principalmente.

- Roberto, vê se não me estressa! – Diz ele fazendo um bico que ficou a coisa mais fofa do mundo. Pego meu celular e coloco na câmera, quando ele está distraído olhando para algo atrás de mim, eu tiro uma foto sua. – Roberto, apaga isso agora! Nossa, eu não acredito. Me dá aqui! – Vem para cima de mim tentando pegar meu celular, mas eu levanto minhas mãos e, como ele é mais baixo do que eu, não consegue alcança-lo.

- Ué, amor. Pega! – Digo e ele me olha com um olhar fulminante.

- Roberto, você já tem fotos minhas ridículas, precisa ficar tirando mais a todo instante? Pelo amor de Deus, eu juro que eu não tiro fotos de você babando e posto no Instagram. – Diz ele com suas duas mãos juntas e agora eu fico confuso. – Opa! Falei demais.

Azar de te amar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora