Especial 100k de leituras e 12k de votos

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Parte final do especial! 

Gente, eu queria dizer que eu vou começar a revisar o livro, mas não vou retirar a publicação, certo? 

Não esqueçam de votar :) <3

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Quando chegaram na porta do orfanato, se identificaram para o segurança, que os identificaram e permitiu sua passagem. Não estavam mais nervosos, agora estavam animados e até mesmo cantavam algumas músicas dentro do carro, coisa que Ariel estranhou Roberto fazer, mas deixou seus comentários de lado.

- Bom dia, senhores! – A diretora do orfanato chegou ali os cumprimentando. Ela era uma negra do cabelo cacheado. Era extremamente linda! Os dois a cumprimentaram com um sorriso e a seguiram, quando ela os chamou para sua sala. Apesar de já terem estado ali, agora era uma sensação diferente no estomago. – Eu preciso que vocês assinem um documento que é essencial para que o Mario seja retirado do orfanato. – Os dois assentiram mais do que rápido e ela sorriu, vendo como eles estavam ansiosos. Não era sempre que os casais realmente gostavam de adotar alguma criança. Muitas vezes era apenas para salvar o casamento ou porque algum dos dois não pode ter filhos que foram gerados por si.

O documento tinha quatro páginas e demorou um pouco para que os dois assinassem, pois Roberto estava lendo o que aquilo dizia. Aquele era o seu lado profissional falando mais alto. Sempre analisava seus contratos para que na frente não sofresse consequências de seus atos impensados. A tinta da caneta preencheu as quatro linhas de seu documento rapidamente, enquanto nos de Ariel demorou mais porque ele estava caprichando para que sua letra ficasse linda.

- Muito bem, senhores. – A mulher estava sorrindo largamente, enquanto verificava os documentos em suas mãos para que não tivesse nada errado. Verificando que tudo estava dentro de ordem, pegou o telefone de sua mesa e discou um número, dizendo que já estava tudo certo. – Como tudo já foi dito a vocês pela assistente social, eu não vou repetir tudo o que ela disse, porque sei que ela é bastante profissional. Entretanto, vocês não podem esquecer que uma criança que passou um tempo em um orfanato não vai agir da mesma maneira que as outras. Ela vai ficar mais retraída de início e vai se soltando aos poucos... – Foi interrompida por três leves batidas na porta. – Entre!

- Senhora, aqui está o Mario. – A secretária trouxe o garoto franzino e de olhos curiosos, que entrou com sua mochila de algum desenho que nenhum dos dois conseguia identificar qual era de início. Mario olhava para os dois sorrindo e se aproximou deles devagar, abraçando Ariel, que o pegou em seu colo, sussurrando um oi.

- Mario, você lembra que eu falei que você estava quase saindo daqui? – Ele concordou. – Então, você já tinha me dito o quanto gostava do Ariel e do Roberto e agora eles vão ser os seus pais, como você me perguntou. – Disse o mais informal possível, com as palavras que uma criança de sete anos entendesse.

- Eu já sabia! – Falou orgulhoso de si mesmo. Os outros sorriram. – Papai Ariel já tinha me dito. – Ariel quis chorar por ser chamado de papai, mas se controlaria, porque da primeira vez que Mario o havia chamado de pai, foi na penúltima visita e isso não havia sido a melhor coisa que poderia ter acontecido. De ele chorar, claro, pois ser chamado de papai foi o sentimento mais gratificante que ele já sentiu em sua vida. Mas a criança não entendia bem o choro dele e achou que tinha feito algo errado, aí começou a chorar junto, mas foi de desespero por achar que não seria adotado mais uma vez.

Foi gasto um bom tempo explicando o motivo de Ariel ter chorado e aos poucos o garoto voltou a se acalmar, fazendo Ariel ficar mais calmo junto com ele. Depois de meia hora ele já estava alegre outra vez e brincando com alguns brinquedos que Roberto havia comprado para ele. Quando começaram o processo de adoção há um tempo atrás, a casa não dispunha de quartos o suficiente para que os dois filhos tivessem seus quatros próprios e como a família também sempre ia para lá passar o fim de semana, decidira que iria construir um novo cômodo.

Azar de te amar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora