Especial

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Olá meus amores, tudo bem com vocês? Comigo está maravilhosamente bem! 

Queria convidar vocês para lerem meu novo livro, Enigma e vamos logo para um especial pequenino. 

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ARIEL

Saímos do quarto de hotel depois de três dias consecutivos que só parávamos de transar quando íamos comer, tomar banho e dormir. Dias que, para mim, não demoraram muito tempo para passar, levando em conta que estava muito ocupado olhando para o rosto de Roberto quase que o tempo todo e, na maioria das vezes, estava com minha cara enfiada no meio de suas pernas e me concentrando mais em chupar o seu pau até fazer com que ele gozasse bem fundo em minha garganta.

- Bom dia, senhores! – O garçom chegou em nossa mesa e nos cumprimentou. – Os senhores desejam um café da manhã completo de recém-casados ou preferem algo mais leve, para não passarem mal durante toda a viagem que farão?

Olhei em direção a Roberto e o mesmo já entendeu o que eu queria. Digamos que desde que nos conhecemos, havia passado bastante tempo, mas eu continuo quase que igual, mudando apenas alguns hábitos que começaram a me fazer mal.

- Nós iremos querer o completo, por favor. – O garçom assentiu e saiu de onde estávamos, dando o papel com nosso pedido e o número de nossa mesa. – Você quer fazer o que primeiro?

- Nós temos quantas opções? Digo, temos que ir na Praia de Mundaú e Flecheiras primeiro, certo? – Roberto assentiu e eu coloquei minha mão em meu queixo. – Então já temos o nosso primeiro lugar que devemos ir. Entretanto, nós ainda precisaríamos ir alugar um bugue e, claro, um guia que nos levará até lá.

- Certo.

Nosso café da manhã chegou e vi algumas pessoas olhando estranho em nossa direção, mas eu não liguei e continuei dando minha atenção apenas a Roberto. Quando estávamos vindo em direção a esse paraíso, passamos o voo inteiro conversando sobre o que havia acontecido e em como eu havia ficado chateado e, principalmente, triste por toda a situação. Entretanto, como Roberto mesmo me disse e fez questão de repetir até entrar em minha cabeça dura – como ele mesmo disse -, eu não tive culpa de nada e nem de ser como eu era e muito menos de me fazer ser ouvido pelas outras pessoas.

Na maioria das vezes elas não entenderão, pois somos diferentes do que elas consideram normal e por esse motivo que elas nos estranhavam. Eu não chamo isso de estranhar, eu chamo isso de ser uma pessoa que fica cuidando muito da vida das outras pessoas e esquecem de cuidar da sua própria vida e eu, ainda bem, que não sou desse jeito. Vivendo minha vida e gostando e me divertindo com quem eu quero, do jeito que eu quero e sem me meter na vida de ninguém.

A família de Roberto me ama e me adora, a minha família – Agatha e meus tios – também me amam e sempre me protegem de todas as coisas, tenho Letícia e meus amigos, mais precisamente o Alex. Então o que eu tenho que temer? Absolutamente nada, porque no momento em que você recebe carinho e é educado – mesmo que você mesmo que se educou – a não distratar ninguém por conta de nem uma de suas – muitas – diferenças, fica fácil de se manter feliz, mesmo que de vez em quando algumas pessoas façam com que eu me sinta oprimido por gostar de alguém do mesmo sexo.

É triste perceber que existem muitas pessoas que são más e que me matariam apenas por ser e me afirmar como gay, bicha, veado e mais outros adjetivos que os mesmos usam. Mas chega a ser pior, você ter de conviver com pessoas que se fazem de tolerantes, de paz e amor, porém sempre tenta colocar você para baixo, dizendo coisas que fazem com que a pessoa se sinta completamente nada... Jesus, quanta lamentação!

- Vamos logo, porque eu tenho que tomar um banho de mar e pegar um sol, porque esses dias trancados dentro do quarto não ajudaram em meu bronzeado e se chegar lá sem um bronze maravilhoso, dona lê me mata e me frita. – Levanto da mesa e Roberto se levanta junto, pega em minha mão e saímos restaurante a fora.

Azar de te amar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora