Azar de te amar (Romance Gay)

Capítulo 20

Gente, me desculpem, pois eu ia postar o capítulo 20 horas, mas eu comecei a assistir vídeos da Lady gaga e esqueci. É a verdade, então não tem porque mentir!

E sobre o que eu publiquei lá no meu quadro de mensagens que precisaria da ajuda de vocês, então... Lá no final do capítulo respondam uma coisinha sobre o capítulo. Certo? Conto com vocês!

Essa foto da mídia, é a mesa que o Roberto fala mais abaixo.

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ROBERTO

Já haviam se passado alguns dias desde que havíamos ido até a empresa, e nestes dias estamos trabalhando muito com os contratos, revisões de vários tipos e eu ainda tenho que conseguir tempo para o fisioterapeuta, psicólogo e Ariel. Claro, pois, mesmo ocupado, preciso dar atenção a ele, pois nossa relação está evoluindo a quilômetros por dia. Depois daquele banho de língua que eu ganhei em certa parte do meu corpo, acabamos por ficar bem mais íntimos, mesmo ainda não tendo nada muito sério. Não que eu não queira, porque eu quero e muito! Mas sim, porque Ariel mesmo demonstrando uma parte bem safada, vejo que ele esconde bastante traumas e eu não quero ser mais um desses em sua vida. Como ele me disse que nunca tinha namorado com ninguém, só ficado uma vez, que foi a vez que sua mão descobriu, tinha se fechado para qualquer coisa deste tipo, e eu, como cavalheiro que sou, o entendi perfeitamente e não forçarei a barra.

Ultimamente, mesmo ele não querendo comentar nada, vem tendo pesadelos diários sobre o que sua mãe o fez, expulsando-o de casa. Muitas das vezes, sou acordado a noite pelos seus gemidos sôfregos e, na maior parte das vezes que acordei, ele estava chorando, mesmo ainda estando dormindo. Nunca o acordei, e nem pretendo, pois é uma vontade dele lutar contra seus demônios sozinhos e se ele quer assim, não interferirei, por enquanto. Pois em muitos casos de abandono, a pessoa tende a se tornar depressiva e, em alguns casos específicos, pode se passar vários anos até que essa depressão apareça. E, se isso acontecer, tenho que está bem preparado psicologicamente e fisicamente para ajudá-lo. Este é um dos motivos pelos quais estou me esforçando cada vez mais na fisioterapia.

Saio dos meus pensamentos com ele me chamando da cozinha, para que eu fosse até lá e comesse um pedaço de bolo de cenoura que ele tentou fazer pela internet. Eu sempre como tudo o que ele faz, porque, mesmo na maioria das vezes a maioria das coisas fiquem uma bosta, sei que foi feito com carinho e muito esforço de sua parte. Larguei os papéis que estavam ali comigo e empurrei levemente uma espécie de alavanca bem pequena que tinha em minha cadeira de rodas que eu comprei faz uns dias, a outra que eu tinha foi doada a um asilo carente, junto com um cheque para reparos no local, já que antes de fazer as doações, pesquisei bastante até encontrar um lugar que precisasse mais, pois mesmo que todos precisem, na maioria das vezes, o governo ajuda uns e aos outros não.

Como estava dizendo antes de me perder em pensamentos, empurrei a alavanca, e segui rumo a cozinha que, por incrível que pareça, estava com um cheiro mais do que delicioso, se é que existe uma coisa mais que deliciosa. Fui até a mesa, onde estavam ele e o bolo que o mesmo fez e coloquei minha cadeira adequadamente em seu lugar. Agora vocês podem me perguntar: Mas como assim, a mesa não é de um tamanho maior que uma cadeira de rodas? Como você alcançará? A resposta é simples: Antes de eu vir para cá, ou seja, me mudar... Eu mandei fazer uma mesa rústica de madeira, uma mesa que ao invés de ter cadeiras de tamanho comum, tinham seus acentos feitos em dois bancos, que ficavam um de frente para o outro e as duas cabeceiras da mesa ficassem vazias, assim, eu poderia mover minha cadeira para qualquer lado, sem precisar tirar uma cadeira ou outra para a minha entrar.

Quando chego na mesa, tinham dois pratos nela, um para mim e outro para ele, que, ao me ver, foi logo cortando um pedaço bem grande, lotado de cobertura de chocolate e colocou no meu prato, dizendo para eu comer porque estava ficando muito magro e que isso era apenas falta de comida. Sorri, mas acenei positivamente, pois ele pensou em mim e eu gostei muito de saber deste detalhe. O mesmo ainda colocou um copo de suco de laranja pra que eu pudesse tomar acompanhado com o bolo, e quando eu disse copo, quis, na verdade, dizer a jarra inteira pois aquele copo era gigantesco. Esperei ele colocar sua comida também e após ele ter se servido, comecei a comer. E o que estava com um cheiro delicioso, estava com um gosto melhor ainda. Desta vez ele acertou cem por cento na receita e não errou uma coisinha se quer.