Capítulo 31

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Gente, em homenagem ao mês da prevenção contra o suicídio, deixarei um texto que mexeu muito comigo para vocês lerem!

Lembrem-se, vocês nunca estão sozinhos e, pelo menos uma pessoa no mundo ama vocês, lute pela sua vida! <3

"No ensino fundamental, tinha um garoto no meu ônibus que sempre corria o mais rápido possível para casa, tropeçando. Nós riamos dele todos os dias. Nós não sabíamos que ele corria porque ele queria ter certeza de que sua irmã não tinha se suicidado enquanto ele estava na escola.

Um dia, ele faltou na escola. Uma semana depois, ele voltou. Ele tinha parado de correr"


ARIEL

No mesmo dia a tarde, fomos passear pelos lugares que eu mais amava na minha cidade. O que se resumia em mato, mato, mato e mais mato, porque era só isso que tinha lá. Mas mesmo assim eu ainda amava aquela cidadezinha que pode ter muitas, mas coloca muito mesmo, gente podre, mas ainda assim era linda. Sabe quando você parece não ter o que gostar em um lugar, mas mesmo assim gosta, porque tem coisa para gostar? Então...

Levei Roberto a tantos lugares que ele parece ter amado e mesmo com muita dor naquela região, no caso cu, eu consegui lidar bem. Eu estava apenas um pouco incomodado pois estava ardendo muito, mas eu sou doido desse jeito. É meu jeitinho vegano e, infelizmente, não tem no Brasil. Desculpa meninas e meninos também!

Visitamos um riacho que eu amava, que tinha águas cristalinas e em volta a vegetação era linda, pois a natureza moldou de um jeito que eu nem consigo explicar. Havia bananeiras e algumas mangueiras ao redor dele, umas goiabeiras e umas laranjeiras também. Essas árvores, por ficarem em lugares bastante molhados, produziam frutos por todo o ano, mesmo em períodos de seca, já que ali parecia ser um lugar que não era afetado por isso. Aquele riacho nunca secou, agora o motivo eu não sei. As pedras também eram umas coisas lindas, porque elas davam um ar bastante rústico ao lugar e, misturado com as plantas e os matos, parecia um lugar de uma pintura que só existia na cabeça do criador.

Ele achou o lugar lindo e, como estava com o celular, tiramos várias selfies, estas, que o mesmo fez questão de postar em suas redes sociais. No Instagram, em apenas dez minutos, já tinham 30 mil curtidas! Uma marca meio louca, e o mais louco é que ele me marcou e começou a chover seguidores para mim, que tinha 3 mil seguidores, pulou para 15 mil. Quase não acreditei, mas é sempre legal receber pessoas novas em nossas redes, menos aqueles caras que na hora que aceitamos, mandou fotos das rolas. Deus, isso é muito estranho!

Depois levei ele a uma cachoeira que ficava meio escondida e, ali, tiramos quase uma sessão inteira de fotos. Caramba, estou até impressionado por estar fotogênico, porque tem dias que meu Deus, dá até medo de tirar uma foto e morrer de um ataque do coração. Mas isso deve ser normal de todo mundo, não é? Se não for, pelo menos finge!

- Vamos embora agora, porque eu estou cansado e você vai ligar para a recepção e mandar ligarem para uma farmácia para comprar uma pomada para assadura. – Digo para Roberto e o mesmo me olha com um sorriso debochado no rosto. O devolvo um olhar fulminante!

- Eu, quando terminamos, disse para não sairmos e ficarmos no quarto, mas eu também nem digo nada, porque você é muito do maluco. – Diz e pega em minha mão, para sairmos dali.

Ao chegarmos no hotel, faço ele ligar na hora para a recepção. Se bem que eu deveria ter ligado eu mesmo, e ainda gemesse, porque com certeza ela ligaria para minha mãe. Não seria um afronte, seria O AFRONTE!

- Okay, eu espero. Obrigado! – Diz ele finalizando a ligação e eu já vou olhando para ele com um olhar inquisitivo.

- E aí? Que horas irá chegar? – Pergunto e já vou me abraçando a ele. Que deita na cama e me puxa para cima de si.

Azar de te amar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora