Azar de te amar (Romance Gay)

Capítulo 38

Espero que esteja bom e do agrado de vocês que leem. 

Desde já eu peço para clicarem na estrelinha e comentarem - Porque o Wattpad voltou ao normal. - 

Boa leitura, pudimzinhos do tio! 

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ROBERTO

Ver como Ariel ficou chateado ao ver aquela mulher dando em cima de mim ontem foi uma alegria, porque até hoje eu tinha sido a única pessoa a ter algum acesso de ciúmes neste relacionamento. Na verdade, não foram apenas alguns, foram muitos! Porém, ontem eu vi um rosto muito decepcionado dele direcionado a mim e não havia sido igual aos outros que ele já tinha me jogado. Como na vez que eu quase saí no murro com um cara que estava olhando para a bunda dele e também quando eu caí na gargalhada ao ver uma criança caindo de cara na areia do parque. Foi diferente porque eu havia sido um dos pontos causadores.

Acordar e não o ver ao meu lado hoje foi como um baque para mim. Estava muito acostumado a acordar e ficar o observando dormir e em como seu rosto suavizava suas expressões, de como ele ficava fofo quando dormia com a mão na bochecha e como ficava engraçado quando ele se babava a noite. Eu digo que dormi, porém tinha que ser entre aspas este dormir, porque a coisa que eu menos fiz a noite inteira foi dormir. Na minha cabeça ele podia terminar comigo e isso me deixava maluco a ponto de ficar sentado em frente ao seu quarto durante uns minutos tentando escutar algo.

Isso poderia ser uma via de mão dupla, porque eu não escutei e fiquei aliviado por ele não estar tão triste assim e estar dormindo. E se ele fizesse um barulho que eu pudesse "confundir" com o barulho de choro, eu passaria a noite me culpando.

Não sou uma das melhores pessoas do mundo e nem vou ficar fazendo média dizendo que eu não estou morrendo de arrependimento pelo que aconteceu ontem, pois como podem ver, arrependimento é uma coisa que de ontem para agora não saíram de dentro de mim. Arrependimento por ter deixado aquela mulher sentar, por ter deixado que ela me tocasse, por ter deixado minha bolinha de neve ter visto isso e arrependimento por ser tão burro e baixo a ponto de ter medo de expulsar ela da nossa mesa, assim como Ariel já fez na minha frente quando alguém dava em cima dele.

Espanto esses pensamentos da minha mente e levanto da cama, indo em direção ao banheiro que ficava em nosso quarto. Vou para baixo do chuveiro e tomo um banho demorado, que está sendo como uma espécie de libertação de todos os meus pesadelos que estava tendo acordado. Pelo menos por enquanto eu esqueço um pouco de tudo!

E essa merda poderia ter sido tão diferente se eu, esse bunda mole do caralho tivesse coragem de dizer que ela estava atrapalhando. Que consideração eu precisava ter com ela? Nenhuma! Eu não a conhecia e não lhe devia o mínimo de educação da minha parte. Eu bem que deveria ter deixado a Ana quebrar a boca dela enquanto ainda estava em tempo, porque agora, olha o que está causando isso tudo.

Escuto a porta do quarto abrindo e meu estomago se enche de uma sensação que comparo mais com uma dormência. Era ele! Como eu sempre deixo a porta do banheiro encostada, consigo escutar um pouco do barulho que fazia no quarto e não tinha como eu não reconhecer aquela passada no chão. Era uma coisa tão maluca, mas eu acho que até seu passo eu aprendi para o reconhecer em qualquer lugar.

- Já está saindo do banheiro? – Pergunta ele em seu tom de voz normal e eu me tremo na base. Ariel com raiva eu sei como lidar, mas agora Ariel com raiva e agindo normal? Isso eu não sei lidar mesmo! É uma coisa de se estranhar.

- Estou, mas se quiser pode entrar. – Digo a ele e vejo que a porta do banheiro é empurrada. Ao entrar ele nem olha para mim, apenas reto para o espelho. Senti o peso de sua indiferença de longe. Baixo a cabeça e saio do banheiro para deixa-lo mais a vontade.