Capítulo 36

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AAAAAAAA

ARIEL

Estava uma pilha de nervos no caminho ao salão onde a festa aconteceria. Nossa festa de conclusão está sendo, até o momento, uma puta sacanagem de ambas coordenadoras que organizaram tudo junto aos diretores da faculdade. Uma queria uma coisa que a outra não queria e vice-versa, no final, nós, os alunos que não estávamos dentro da coordenação da festa ficamos sabendo por último. As outras coisas de uma formatura comum, fizemos antes mesmo de terminarmos a faculdade e quando digo antes, eu quero dizer muito antes. Essa festa tem que ser espetacularmente boa, sem nenhuma falha e que eu consiga me divertir até o último segundo, porque meu dinheiro suado vai ter que ser empregado de alguma forma hoje.

No momento ainda estou me arrumando dentro do carro. Aliás, me arrumando não, apenas vendo se tem alguma coisa de errado com minha roupa, meus dentes e essas coisas, pois quero sair muito divo da festa e não posso, de maneira alguma, tirar uma foto feia.

Falando em fotos, pelo menos uma coisa saiu como os conformes: O fotografo. A faculdade quem pagou ele, devido as bagaceiras que estavam acontecendo e como o reitor mesmo disse, nós não temos culpa de duas pessoas que se desentenderam, nós não temos culpa delas não saberem trabalhar em equipe e nós não temos culpa de, uma coisa que era para sair perfeita está saindo um puta lixo.

Desculpem pelas palavras, mas não acho que deveria estar menos chateado com algo assim. Caramba, é nosso sonho e por causa de briguinhas idiotas elas quase estragaram tudo e isso, nem de longe, é justo. A faculdade tem um nome muito bom nas medias que sempre saem sobre aprendizado das pessoas que ali fazem seus cursos. Muitos que estavam na mesma sala que eu, e eu também, estávamos, pois fizemos uma prova para bolsa e passamos, porém, teríamos que ter todos os gastos com livros, cópias e essas coisas que todas as faculdades tem. Trabalhamos muito e merecemos, no mínimo, uma festa de arromba de arrasar!

O local da festa consistia em um salão bem grande que tinha uma pista de dança, umas mesas colocadas em um jardim, muitas luzes e ele também era muito bonito de todos os ângulos que você consiga imaginar. Até os banheiros, coisa que costuma ser bem desorganizada e horrível em alguns lugares que pagamos, nesse não. O banheiro é todo muito arrumado, cheiroso, limpo, as cabines têm suas portas nos lugares e não quebradas, tinha papel higiênico – nem preciso dizer que estranhei bastante -, tinha um sabonete muito cheiroso e o mais importante, tinha um banco para quando alguém tivesse enjoado das caras de algumas pessoas da festa fossem até o banheiro e ficasse ali até que o nojo pela outra pessoa parasse.

Isso eu quis dizer que é muito perfeito para mim, já que tenho nojo das duas patricinhas que fizeram tudo isso com nossa festa de formatura.

Acho que já falei demais delas e não falarei mais por enquanto.

Acordo dos meus pensamentos com o movimento do carro parando e ali estávamos nós, parados em frente ao portão luxuoso esperando que um carro rosa passasse pelo portão. Confesso que achei bem extravagante e bonito. Falando nisso, esqueci de dizer que tinha um estacionamento enorme também, ao lado "de fora" do local. Coloquei esse de fora entre aspas, porque ficava fora do lugar que rolaria a festa, mas ficava dentro dos portões do local. Um pouco confuso e estranho, eu sei disso, mas o que posso fazer? Vi algumas pessoas dizendo que isso tinha sido construído por tal arquiteto famoso que eu nunca ouvi falar, mas por mais estranho que pudesse ser, e era, era uma coisa bonita. Em todas as paredes tinham plantas, e o mais incrível que achei foi ter um tipo de mini labirinto de plantas, igual os daqueles filmes de terror.

Apaixonei pelo lugar, porém eu fico quietinho e nem penso em contar ao Roberto, pois ele seria capaz de comprar todo o lugar e me dar, de tão maluco que ele consegue ser e não, eu não estou brincando. Roberto tem uma alma muito boa, é muito divertido, um amor, mas umas coisas dele me irritam. Vou dar alguns exemplos a vocês: Roberto sempre quer me agradar dando presentes caros, quando na realidade não precisa disso para que me agrade, se ele me desse um anel de coco eu amaria da mesma forma; continuando com essas coisas caras dele, um dia o bonito chegou em casa e vinha me trazendo uma caixa que continha o logotipo de uma grife que não direi qual, mas na hora que coloquei os olhos na pulseira fiquei com vontade de quebrar o pescoço dele igual quebra o de uma galinha.

Azar de te amar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora