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Continue correndo. Só... Continue correndo!

Eu tentava focar a atenção na estrada de terra, tentava me concentrar na respiração ofegante e batimentos enlouquecidos... Mas era impossível. O barulho dos galhos secos quebrando quando eu os pisoteava mal me chegava aos ouvidos. Não quando os grunhidos e suspiros da última noite pareciam ecoar na minha mente.

Não adiantava.

Apesar de todos os esforços, meus pensamentos me arrastavam de volta para a cama de Harry.

O jeito como ele me olhou, a forma como me assistiu... Como se tocou. Nós dois nos tocamos frente à frente, alimentamos o prazer um do outro. Aquele momento tinha sido nosso. E foi o mais errado, safado, estranho e inevitavelmente gostoso da minha vida.

Deus... Tinha sido tão bom!

Depois de ter deixado aquilo acontecer, eu conseguia sentir que estava perdida. Só tinha atiçado mais a minha curiosidade.

Eu acordei uma hora depois de ter fechado os olhos. Com a respiração descompassada e corpo suado, em alerta e desperto. O prazer recém descoberto impregnado na pele.

Por um instante, eu achei que tinha sido um sonho maluco, que de jeito nenhum aquilo podia ter acontecido de verdade. Mas, assim que meus olhos encontraram a figura de Harry desmaiada ao meu lado na cama, eu fui forçada a engolir a verdade.

Ele estava dormindo tranquilamente, o peito subindo e descendo no ritmo calmo e profundo da sua respiração. Engoli em seco, meus olhos desobedientes acompanharam os rabiscos negros das suas tatuagens, descendo por seu braço que estava mais próximo a mim do que eu gostaria. Sua mão chegava a encostar na minha perna, como se estivesse ali apenas para se certificar de que eu estava ao seu lado.

Não demorou para que eu passasse a fitar seu peito e as covinhas do seu abdômen, acompanhando os músculos até chegar às entradinhas que sumiam para dentro da boxer. Encontrar suas veias agora relaxadas me fez arfar com a lembrança de uma hora antes, quando estavam saltadas e firmes enquanto ele corria a mão por si mesmo, dando-se prazer e assistindo-me contorcer à sua frente.

As mãos começaram a formigar, querendo tocá-lo, e aquilo foi o sinal que eu precisava para deixar claro que ficar ali naquela cama com ele era perigoso. Então, mesmo com o céu escuro lá fora, eu me obriguei a levantar. Acordei, forçada, e tratei de manter a mente ocupada fugindo das memórias da nossa madrugada que insistiam em me assombrar.

Com todo o cuidado para não acordar o capiau, arrastei-me para fora dos lençóis e corri para o banheiro. Lavei o rosto e troquei de roupa, optando por uma blusa soltinha e um short, rendida ao calor exagerado da fazenda.

Zanzando pela casa silenciosa, procurei qualquer tipo de passatempo em uma tentativa de distração... Suspirei cansada quando percebi que, para me manter ocupada demais para pensar, eu teria que trabalhar. Teria que cumprir tarefas da fazenda e fazer coisas que eu nunca achei que faria. Mas, a julgar pelo que aconteceu na noite, fazer coisas que eu nunca achei que faria estava se tornando um hábito.

Peguei ovos no galinheiro, torcendo o nariz e prendendo a respiração, olhando para todos os lados ao mesmo tempo, certificando-me de que nenhum daqueles demônios sob penas chegasse perto de mim. Tive um pequeno momento quando encarei o tão odiado galo maldito, responsável por me acordar todas as manhãs. Quase sorri ao imaginar como ele ficaria dentro do forno da cozinha.

Fuck Me [HS]Onde histórias criam vida. Descubra agora