Fuck Me [HS]

17.2

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Eu estava com as pernas tremendo.

Não era apenas pela brisa fria daquela noite que estava me atingindo em cheio enquanto eu permanecia ali, em pé e sozinha ao lado da cerca que marcava o início da fazenda de Harry.

Não era só porque eu estava apenas de vestido, sem nenhum agasalho, esperando por Zayn.

Era porque eu não conseguia parar de pensar na boca daquele maldito.

Era isso que ele queria, não era? Impregnar na minha mente, me envenenar completamente por ele. E era exatamente assim que eu me sentia, ele tinha conseguido.

Eu fitava um ponto insignificante no céu estrelado, sem realmente enxergar muita coisa, apenas revivendo os momentos que eu tinha experimentado mais cedo em sua cama. Apenas relembrando a sensação quente de ter sua língua deslizando por mim, de sentir seu hálito contra o meu sexo e o seu líquido morno se derramando na minha barriga.

Respirei fundo e troquei o peso de perna, olhando no relógio para constatar que eram sete em ponto. Zayn estava chegando. E isso me aliviaria bastante, estava esfriando mais e eu não queria pegar uma gripe.

Eu não teria que estar naquela situação, esperando Zayn sozinha na estrada, se Harry não tivesse inventado aquela regra estúpida.

"Eu não quero aquele imbecil dentro da minha propriedade" foi o que ele disse.

Determinou que, se eu queria realmente sair com Zayn, deveria esperar do lado de fora da fazenda.

A outra regra que ele criou foi que eu tinha que estar em casa até a meia-noite, como a droga da Cinderela. Rolei os olhos e gargalhei, mas, quando ele não me acompanhou, dei-me conta de que aquilo realmente era uma regra.

Eu falei que não daria ouvidos a um absurdo daqueles, mas ele disse que trancaria a porta à meia-noite comigo dentro ou fora da casa. E, se eu estivesse achando ruim, poderia ir dormir no galinheiro aquela noite.

Respirei aliviada quando enxerguei os faróis se aproximando, me cegando momentaneamente. A caminhonete diminuiu a velocidade até parar ao meu lado. Zayn parecia confuso quando desligou o motor, deixando o veículo no meio da estrada. Desceu e veio na minha direção.

— O que está fazendo aqui fora sozinha?

Ele parou à minha frente, curioso. Os glóbulos castanhos brilharam quando ele os correu por meu rosto, se divertindo com a minha expressão abobada. Mas a culpa não era minha. Ele estava impecável.

Os cabelos compridos estavam levemente atrapalhados, dando-lhe um ar casual enquanto a seriedade marcava suas vestes. Ele estava com uma camisa social preta, coberta por um blazer da mesma cor que o estava dando um charme de tirar o ar. A calça jeans também era escura, envolvendo suas coxas e marcando um volume extremamente interessante por baixo do seu zíper.

Zayn Malik parecia um verdadeiro homem, daqueles de comercial de perfume que nos deixa suspirando nas tardes de domingo.

— Bom... Você disse que a estrada tinha virado nosso ponto de encontro, então... – dei de ombros, sorrindo sem graça, sabendo que ele não cairia nessa.

Ele suspirou e apertou os lábios, passando os olhos por mim de um jeito reprovador, notando que eu estava encolhida e arrepiada.

— Ele fez você esperar aqui, não é? – adivinhou, começando a desfazer seus botões.

Abri a boca para responder, mas perdi a voz quando ele se aproximou um pouco mais, passando os braços ao meu redor para me envolver com seu blazer, colocando-o sobre os meus ombros.