Daidí

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Avisos: Menções sobre abuso infantil, abuso sexual, ataques de pânico e violência.

Eu nasci dentro de um carro a caminho do hospital, em meio a uma tempestade na noite de ano novo. Daidí estava viajando, tentando chegar a tempo para comemorar a virada, e eles estavam esperando meu avô vir buscá-los para a casa dele e da minha vó, mas a chuva estava muito forte e ele estava muito atrasado.

Tio Naa e ela estavam sozinhos quando as dores vieram, mais de um mês antes do previsto. Na época eles ainda moravam em um apartamento pequeno, recém saídos da universidade; nem mesmo conheciam os vizinhos.

Tio Naa estava ainda trabalhando na provisória dele, mas nenhuma ambulância chegaria a tempo por conta da tempestade. No meio do caminho, para completar tudo dando errado naquela noite, uma árvore estava caída na estrada. Eu fico imaginando o quanto havia sido assustador para ele, só com 15 anos na época, ouvindo a irmã gritando no banco de trás, dirigindo em uma noite de tempestade, igual a que havia matado meus avôs.

Mam guiou ele durante todo o parto, enquanto esperavam a ambulância ao menos chegar até lá, ou meu avô conseguir os alcançar.

Eu nasci faltando 3 minutos para 1998. Meus pulmões não estavam funcionando direito ainda, e não tinha nem forças para chorar. Os dois conseguiram me manter vivo o suficiente para a ambulância chegar com meu avô, e quando ela chegou foi bem a tempo, porque minha mam estava em um estado ruim também. Os médicos não achavam que a gente ia sobreviver.

Tudo deu certo no fim, mas minha mam acabou não podendo ter mais filhos, e eu passei quase um mês internado. Ninguém gostava muito de falar daquela noite, por razões óbvias.

Quando alguém falava, no entanto, meu avô sempre comentava, com o olhar perdido, sobre como o teto do carro deles, apesar da tempestade, estava cheio de corvos.

11 anos atrás

FOI MAIS FÁCIL DO QUE DEVERIA RASTREAR O NÚMERO DA TAL BABÁ. Minato sabia que eles deviam ser sequestradores amadores, só a procura de dinheiro. E este era o pior tipo, inexperientes, que não conseguiam se controlar, se levavam pelos sentimentos, pelo medo. E que se levaram pela beleza de seu filho, e com o olhar erótico de adulto, acabaram destruindo a inocência de seu Naruto, o machucando de uma forma que não sabia se ele um dia seria capaz de se recuperar.

Essa era a pior parte, e a que fez com que ligasse para Fugaku Uchiha e pedisse reforços, queria todos os agentes que conseguisse cercando cada um dos envolvidos. Queria todos presos, ajoelhados aos seus pés, para que pudesse os olhar. E matá-los. Com a maior frieza que tivesse, com o pior ódio que uma pessoa poderia ter.

— Sr. Namikaze! Sr. Namikaze! As tropas estão em ação, pegamos já dois... — seu assistente, Jake Gloudfield, apareceu ofegante na sala de comandos. — Estão sendo trazidos para a área de detenção, Senhor.

— Ótimo. — Respondeu ainda olhando a tela enorme à sua frente, onde era monitorado o telefone da tal babá, Anne. Ela ainda não tinha sido capturada, tudo porque ele não havia permitido. Tinha um plano em mente. Pelas as informações que receberam, ela e o namorado estavam feridos e procuraram ajuda.— Mantenha-os detidos. Na cela especial, quero informações, o mais confiáveis e viáveis possíveis. Quero saber que comandou toda essa desgraça, como, quando e onde. — Se virou ao rapaz que atento e sério, escutando as ordens. — Vou sair com Uchiha, quero cinco equipes comigo. E sigilo, Jake.

Passou pelo rapaz que se manteve de pé, tenso, e logo ao se ver sozinho saiu correndo dali para cumprir as ordens de seu superior.

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