Maithiúnas

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As fadas são justiceiras. Elas gostam de se envolver nos assuntos dos mortais com frequência, e dar sua punição como assim achar que se é merecido. Há inúmeras lendas que contam sobre a justiça das fadas contra a humanidade, e elas quase nunca apresentam benevolência.

Se você cometeu seu pecado, elas irão lhe punir. Não importa quanto tempo passe, não importa para onde fuja. Elas vão lhe achar, elas vão lhe enganar em falsa segurança, e vão lhe fazer pagar pelo que fez.

Da mesma forma se você conseguir ganhar o respeito delas, não importa seu infortúnio, você estará protegido. Enquanto você tiver seu respeito, sua vida será prospera.

— E o que acontece se uma fada te amar e depois não amar mais?

— Espere grandes desgraças na sua vida, mo sionnach beag, pois uma fada nunca esquece, e sempre cobrará seu preço.

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A PRIMEIRA LEVA DE FERIDOS HAVIA CHEGADO AO HOSPITAL com queimaduras severas, alguns com sinais de inalação de fumaça. Um deles estava com as pernas esmagadas, e havia sido encaminhado imediatamente para a sala de cirurgia.

Kushina dava as ordens ao redor, tratando dos mais graves antes de encaminhá-los. Alguns eram apenas um pouco mais velhos de que seu filho.

Minato não havia retornado, sabia que o marido só viria trazendo o filho dos dois.

—Levem esse para a sala de emergência!

Você prometeu Minato, você prometeu.

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— Você parece bem cansada, Kushina.

Mikoto olhou a amiga de forma preocupada. Fazia uns bons anos que não a via, as duas morando de lado opostos do país, mas nunca haviam parado de se falar por telefone e email. Uma conferência na cidade havia lhe dado a oportunidade de uma visita surpresa.

—Tenho pegado muitos plantões. —Kushina sorriu, mas notou que não era um sorriso que alcançava os olhos acinzentados. Franziu os lábios, colocando a xicara de chá na mesa e a olhando de forma penetrante, a sobrancelha erguida inquisitivamente; — Jesus, Itachi puxou mesmo a você nisso ai, de ler a alma das pessoas, mulher.

—Não vai me distrair. Kushina.

A ruiva suspirou passando a mão nos cabelos recentemente cortados, colocando também a xícara na mesa.

—Minato e eu...estamos tendo problemas.

Mikoto tentou não parecer surpresa. Era difícil acreditar que aqueles dois, que claramente idolatravam o chão que o outro pisava, podiam ter algum problema no casamento. Parecendo ler seus pensamentos a outra riu, sem humor.

— É, eu sei. — Ela passou a mão no rosto cansado. — Nós dois andamos muito estressados ultimamente, às vezes perdemos a linha nas discussões sobre de quem é a culpa.

—Isso é sobre Naruto. — Não era uma pergunta. Kushina havia falado sobre os problemas do filho durante as ligações. Mikoto tentava colocar a imagem do adolescente problemático no menininho que conhecera há tantos anos, mas não conseguia.

Ela havia visto Naruto durante três vezes na vida. Um quando ainda estava grávida de Sasuke, outra logo quando o sequestro aconteceu e Kushina precisou tanto de si quando descobriu tudo, e uma terceira durante um ato de um ano da morte de Jiraya, cinco anos atrás.

—Ele foi expulso de mais uma. — Kushina franziu a sobrancelha. — Minato...não está nada feliz. Ele disse algumas coisas bem duras outro dia.

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